Dos ensinamentos
espíritas, qual o mais impactante?
ASTOLFO
O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com
Certa vez,
conversando com um amigo que se iniciava nas lides espíritas, depois de longa
atuação como médium em uma instituição umbandista, surgiu a seguinte questão: que
tipo de informação colhida nos ensinamentos espíritas tinha sido mais
impactante e relevante em nossa vida?
Tanto ele quanto nós, que já havíamos
conhecido o Espiritismo na infância, expressamos naquela oportunidade o que
sentíamos terem sido realmente os ensinamentos mais importantes que, até então,
havíamos assimilado graças à doutrina espírita.
A reencarnação foi o primeiro ensino
lembrado por ambos.
De fato, saber que já tivemos inúmeras
experiências reencarnatórias, e ainda poderemos ter a oportunidade de retornar
à cena, para retificar os erros do passado e construir um futuro melhor, é algo
extraordinário.
A morte foi o outro tema citado a
seguir e que, sem dúvida, não poderia ser esquecido. Ter perfeita compreensão
de que a morte não existe, ou seja, é ocorrência que afeta apenas nosso corpo,
mas em nada interrompe o curso de nossa vida, é algo extremamente esclarecedor
e consolador.
Consolador porque nos mostra que a
vida continua em outros planos e que é possível, sim, reencontrar os seres
queridos que um dia tiveram grande importância em nossa vida.
Não nos referimos aqui somente aos
nossos pais, nossos irmãos, nossos tios ou avós, mas também a pessoas como
nossas professoras do curso primário, os mestres que nos orientaram ao longo
dos anos, os colegas de trabalho que lidaram lado a lado conosco nos mais
diferentes momentos da vida.
Imaginemos o reencontro com nosso pai
e nossa mãe. Ela desencarnou quando tínhamos somente 5 anos de idade; ele
desencarnou mais tarde, quando havíamos comemorado 31 anos poucos meses antes.
Quanta coisa rolou, quantos fatos,
quantos trabalhos realizamos depois que eles partiram!
É claro – sabemos perfeitamente – que
a partida de alguém, que de repente desaparece do plano físico, não significa
que ele esteja ausente, nem que ignore os passos que tomamos ao longo dos anos.
A respeito disso, num recado enviado por meio de um médium conhecido, nossa mãe
disse certa vez que – caso ainda estivesse reencarnada – só poderia ver os
filhos ocasionalmente, certamente uma vez por ano, se tanto. Contudo, como pessoa
liberta das amarras do corpo material, ela nos visitava a todos com frequência
e sabia perfeitamente de nossas necessidades e carências, diligenciando, como
sempre fez quando encarnada, para que o socorro possível ou necessário se
fizesse.
Referimo-nos neste momento a apenas
dois temas – a reencarnação e a imortalidade da alma –, os quais integram os
chamados princípios fundamentais do Espiritismo. A doutrina espírita nos fala,
no entanto, de muitos outros assuntos de igual importância, que pretendemos examinar
oportunamente neste mesmo espaço.
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A reencarnação
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