CINCO-MARIAS
EUGÊNIA PICKINA
É bom recordar que o
brincar é, por si mesmo, uma terapia. D. W. Winnicott
Brincar é fundamental
para a criança. Quem não gosta de correr, saltar ou de bolinhas de sabão?
Embora muita gente não acredite que brincar é uma atividade essencial
para a criança, sobretudo na primeira infância, é através das brincadeiras,
desse exercício lúdico, que a criança adquire habilidades para se tornar capaz
de aprender a aprender, por exemplo…
Insisto: nós
precisamos brincar com a criança desde o seu nascimento. Além de ser divertido,
o brincar promove diversas coisas boas: estimula o conhecimento do próprio
corpo, a força, a elasticidade, o desempenho físico, o que favorece um melhor
desenvolvimento motor; incentiva o raciocínio, estimula a criatividade e a
imaginação; a brincadeira em grupo facilita o convívio social, ajudando a
criança a entender as regras e os limites das relações.
A criança que no dia
a dia brinca, tem tempo para o faz de conta, a brincadeira e o jogo, ativa
tanto o seu desenvolvimento como constrói e fortalece vínculos, aprendendo
ainda sobre o mundo à sua volta, os espaços, os objetos e as pessoas. E ela faz
isso experimentando, errando, passando por frustração, tentando de novo,
acertando e descobrindo, tendo acesso às suas emoções – medo, tristeza, raiva,
alegria...
O que digo aos pais?
Evite associar o brincar à aquisição de brinquedos. Mostre que brincar de faz
de conta ou com objetos simples, do cotidiano familiar, pode ser divertido
e estimulante. Mostre, por exemplo, cenas de crianças brincando com caixas,
panos, panelas e outros objetos domésticos para reforçar a ideia de que não é
preciso muito para alguém desfrutar de momentos lúdicos e felizes – quantas
crianças passam um tempo comprido brincando no castelo de papelão?
Em casa, a criança
pode ser estimulada também a pintar, desenhar, inventar histórias, correr e se
esconder. Além disso, além da diversão garantida, essas atividades estimulam a
mente e o corpo da criança.
Por fim, na hora de
estimular o brincar, é importante evitar proteger excessivamente as crianças…
Todo mundo precisa de liberdade para brincar, para treinar o caminho em direção
à autonomia… Ademais, cair da bicicleta faz parte do aprendizado e do sincero
interesse para novas experiências.
*
Eugênia
Pickina é educadora ambiental e terapeuta floral e membro da Asociación Terapia
Floral Integrativa (ATFI), situada em Madri, Espanha. Escritora, tem livros
infantis publicados pelo Instituto Plantarum, colaborando com o despertar da
consciência ambiental junto ao Jardim Botânico Plantarum (Nova Odessa-SP).
Especialista
em Filosofia (UEL-PR) e mestre em Direito Político e Econômico (Mackenzie-SP), ministra
cursos e palestras sobre educação ambiental em empresas e escolas no estado de
São Paulo e no Paraná, onde vive.
Seu
contato no Instagram é @eugeniapickina
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