A Caminho da Luz
Emmanuel
Parte 9
Damos prosseguimento ao estudo da obra A Caminho da Luz, de Emmanuel, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier em 1938 e publicada em 1939 pela Federação Espírita Brasileira.
Este estudo, que tem
por base a 15ª edição da obra, é publicado sequencialmente sempre às
sextas-feiras neste blog.
A seguir, o texto e
as questões de hoje.
Texto-base para
leitura e reflexão
143. Alguns anos
antes de terminar o primeiro século, o Senhor chama João aos Espaços, e o
Apóstolo, que ainda estava encarnado, lê a linguagem simbólica que daria origem
ao Apocalipse. (P. 127)
144. Todos os fatos
posteriores à existência de João estão ali previstos: as guerras, os tormentos
futuros, as lutas ideológicas e, sobretudo, o transviamento da igreja de Roma,
simbolizada na besta vestida de púrpura e embriagada com o sangue dos santos.
(P. 127)
145. Reza o
Apocalipse que a besta poderia dizer grandezas e blasfêmias por 42 meses,
acrescentando que o seu número era o 666. Diz Emmanuel que a referência se
encaixa perfeitamente nos títulos e na história do Papado. (P. 128)
146. Como já foi
dito, a vinda do Cristo ao cenáculo do mundo assinalara o período da maioria
espiritual da Humanidade e o aproveitamento desse processo educativo deveria
ser levado a efeito pela capital do mundo. Tais eram os desígnios do plano
espiritual, inviabilizados pelas forças da Treva, aliadas às mais fortes
tendências do homem terrestre. (P. 132)
147. As classes mais
abastadas do Império não podiam tolerar os princípios de igualdade preconizados
pelo Nazareno, considerados como postulados de covardia moral, incompatíveis
com a filosofia de Roma. Eis aí a gênese das perseguições, que se iniciaram no
governo de Nero. (P. 134)
148. A doutrina
cristã encontrara, porém, nas perseguições os seus melhores recursos de
propaganda e de expansão e pode-se observar sua influência, no segundo século,
em quase todos os departamentos da atividade intelectual, com reflexos na
legislação e nos costumes. (P. 135)
149. Tertuliano,
Clemente de Alexandria e Orígenes surgem com sua palavra autorizada, defendendo
a filosofia cristã. (P. 135)
150. Os cristãos,
contudo, não tiveram de início uma visão correta do campo de trabalho que se
lhes apresentava e, retirando-se para a vida monástica, povoaram os desertos,
supondo que assim se redimiriam mais rapidamente para Jesus. (P. 136)
151. A ânsia de fugir
das cidades populosas fazia então vibrar todos os crentes, originando os erros
da idade medieval, quando o homem supunha encontrar nos conventos as
antecâmaras do Céu. Só a grande montanha de Nítria chegou a possuir 30 mil
anacoretas, exilados dos prazeres do mundo. (P. 136)
152. Um fato
importante ocorreria mais tarde ao ser aclamado Constantino imperador de Roma,
porquanto, junto dele, o Cristianismo ascenderia à tarefa do Estado, com o
edito de Milão. (N.R.: Edito significa parte de uma lei, mandato, decreto,
ordem. Édito é ordem judicial publicada por anúncios ou editais.) (P. 137)
153. Apoiados no
poder imperial, os bispos romanos reclamaram prerrogativas injustas sobre os
seus humildes companheiros de episcopado, notando-se que o mesmo espírito de
ambição e imperialismo, que debilitara o organismo do Império, dominou
igualmente a igreja de Roma. (P. 138)
154. Trezentos anos
lutaram os mensageiros do Cristo, procurando ampará-la no caminho do amor e da
humildade, até que a deixaram enveredar pelas estradas da sombra, quando então,
com o favorecimento do imperador Focas, no ano de 607, é criado por Bonifácio
III o Papado. (PP. 138 e 142)
155. Os primeiros
dogmas católicos saíram em 325, em decorrência do Concílio Ecumênico de Niceia,
realizado com apoio de Constantino. (P. 140)
156. Findo o reinado
de Constantino, aparecem os seus filhos, que não lhe seguem as tradições e, em
seguida, sobe ao poder Juliano, sobrinho do imperador, que tenta restaurar os
deuses antigos, em detrimento da doutrina cristã. (P. 140)
157. Surge então, por
volta do ano 381, a figura de Teodósio, que declara o Cristianismo religião
oficial do Estado, decretando formalmente a extinção dos derradeiros traços do
politeísmo romano. Todos os povos reconhecem então a grande força moral da
doutrina de Jesus, vendo-se até mesmo o imperador, em 390, ajoelhar-se
humildemente aos pés de Ambrósio, bispo de Milão, a penitenciar-se das
crueldades com que reprimira a revolta dos tessalonicenses. (P. 140)
158. O Cristianismo
não aparecia, porém, com a mesma humildade dos tempos apostólicos. Herdando os
costumes romanos e suas disposições multisseculares, a igreja de Roma modificou
as tradições puramente cristãs, adaptando textos, improvisando novidades injustificáveis
e organizando, finalmente, o Catolicismo sobre os escombros da doutrina
deturpada. (P. 141)
159. Depois de tantos
desmandos, o Império romano conheceria o seu desmembramento, o que poderia ter
sido evitado, se a grande cidade dos Césares levasse a sua cultura a todos os
corações, em vez de haver estacionado tantos séculos à mesa farta dos prazeres
e das libações. (P. 144)
160. A queda de Roma
determinou no mundo extraordinárias modificações. A desorganização geral com os
movimentos revolucionários dos outros povos do globo, que embalde esperaram o
socorro moral do governo dos imperadores, deu origem a um longo estacionamento
nos processos evolutivos, e é aí que vamos encontrar as razões da Idade Média,
conhecida como o período escuro da história da Humanidade. (PP. 144 e 145)
161. O Papado era a
obra do orgulho e da iniquidade; mas Jesus não desampara os mais infelizes e os
mais desgraçados e faz com que surjam, no seio mesmo da Igreja, alguns mestres
do amor e da virtude. (P. 145)
162. Dentre os
mestres que então surgiram na face do planeta, podemos destacar os missionários
beneditinos, cujo esforço amoroso e paciente conduziu grande número de
coletividades consideradas bárbaras, principalmente os germanos, para o seio
generoso do Cristianismo. (P. 148)
163. Com a morte do
imperador Teodósio, o mundo conhecido se reparte em dois impérios – o do
Ocidente e o do Oriente – divididos entre seus dois filhos, Honório e Arcádio.
Em 476, com o assalto dos hérulos, desaparece o império ocidental,
instalando-se em 493, na Itália, o reino ostrogodo, tendo Ravena como capital.
Constantinopla passa a ser, então, a sucessora legítima da grande cidade
imperial. (P. 149) (Continua no próximo número.)
Questões para
fixação do estudo
A. Como foi escrito e
que nos revela o Apocalipse?
O apóstolo João, em
desdobramento espiritual, quando ainda estava encarnado, pôde ler a linguagem
simbólica que deu origem ao Apocalipse. Todos os fatos posteriores à existência
de João estão previstos no Apocalipse: as guerras, os tormentos futuros, as
lutas ideológicas e, sobretudo, o transviamento da igreja de Roma, simbolizada
na besta vestida de púrpura e embriagada com o sangue dos santos. (A Caminho
da Luz, pp. 127 e 128.)
B. Que imperador
declarou o Cristianismo religião oficial do Estado e decretou formalmente a
extinção dos derradeiros traços do politeísmo romano?
Depois de Constantino
e de seus filhos, que não lhe seguiram as tradições, subiu ao poder Juliano,
sobrinho do imperador, que tentou restaurar os deuses antigos, em detrimento da
doutrina cristã. Surgiu então, por volta do ano 381, a figura de Teodósio, que
declarou o Cristianismo religião oficial do Estado e decretou formalmente a
extinção dos derradeiros traços do politeísmo romano. (Obra citada, pág. 140.)
C. Que fato ocorreu
em seguida à morte do imperador Teodósio?
Com a morte de
Teodósio, o mundo conhecido se reparte em dois impérios – o do Ocidente e o do
Oriente – divididos entre seus filhos Honório e Arcádio. Em 476, com o assalto
dos hérulos, desapareceu o império ocidental, instalando-se em 493, na Itália,
o reino ostrogodo, tendo Ravena como capital. Constantinopla passou a ser,
então, a sucessora legítima da grande cidade imperial. (Obra citada, pág. 149.)
Observação:
Para acessar a Parte 8
deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2024/10/a-caminho-da-luz-emmanuel-parte-8-damos.html
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