A Caminho da Luz
Emmanuel
Parte 11
Damos prosseguimento ao estudo da obra A Caminho da Luz, de Emmanuel, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier em 1938 e publicada em 1939 pela Federação Espírita Brasileira.
Este estudo, que tem
por base a 15ª edição da obra, é publicado sequencialmente sempre às
sextas-feiras neste blog.
A seguir, o texto e
as questões de hoje.
Texto-base para
leitura e reflexão
184. As Cruzadas
tiveram a seguinte origem: enquanto dominavam em Jerusalém os árabes de Bagdá
ou do Egito, as correntes do turismo católico podiam buscar, sem receio, as
paragens sagradas da Palestina. Ocorre que Jerusalém caíra, no século XI, em
poder dos turcos, que não mais toleraram ali a presença dos cristãos,
expulsando-os dali com a máxima crueldade. (PP. 163 e 164)
185. Tal medida
provocou os protestos dos católicos de todo o mundo e foram assim organizadas
as primeiras cruzadas em busca da vitória contra o infiel. Como os turcos não
descansassem, as expedições se repetiram em diversas épocas, tendo sido as
últimas cruzadas dirigidas por Luís IX, o rei santo da França, que, depois da
tomada de Damieta, caiu em poder dos inimigos, vindo a desprender-se da vida
terrestre em 1270, defronte de Túnis, vitimado pela peste. (P. 165)
186. Os mensageiros
de Jesus, que sabem extrair de todos os acontecimentos os fatores da evolução
humana para o bem, buscaram aproveitar a utilidade desses dolorosos
acontecimentos. Foi por isso que as Cruzadas, apesar do seu caráter
anticristão, fizeram-se acompanhar de alguns benefícios de ordem econômica e
social para todos os povos. (P. 165)
187. Na Europa a sua
influência foi regeneradora, enfraquecendo a tirania dos senhores feudais e
renovando a solução dos problemas da propriedade, conjurando assim muitas lutas
isoladas. (PP. 165 e 166)
188. No século XIII
haviam desaparecido as mais fortes expressões do feudalismo. Cada região
europeia tratava de concatenar os elementos precisos à sua organização
política. Surgem então universidades importantes como as de Paris e de Bolonha,
operando-se a partir daí um verdadeiro renascimento na vida intelectual dos
povos mais adiantados da Europa. (PP. 167 e 168)
189. A universidade
se constituía, então, de quatro faculdades -- Teologia, Medicina, Direito e
Artes -- reunindo milhares de inteligências ávidas de ensino, que seriam os
grandes elementos de preparação do porvir. É quando aparece Rogério Bacon,
franciscano inglês, notável por seus estudos, que se torna um dos pontos
culminantes dessa renascença espiritual. (P. 168)
190. Nessa época os
inúmeros mensageiros de Jesus, sob sua orientação, iniciam largo trabalho de
associação dos Espíritos, de acordo com suas tendências e afinidades, para
formarem as nações do futuro, sendo cometida a cada uma dessas nacionalidades
determinada missão. (PP. 168 e 169)
191. Como os
indivíduos, as coletividades também voltam ao mundo pelo caminho da
reencarnação. É assim que vamos encontrar antigos fenícios na Espanha e em
Portugal. Na antiga Lutécia (a futura Paris) vamos achar a alma ateniense. Na
Prússia, o espírito belicoso de Esparta. Na Grã-Bretanha, a edilidade romana,
com sua educação e sua prudência. (PP. 169 e 170)
192. Nos albores do
século XV grandes assembleias espirituais se reúnem nas proximidades do
planeta, orientando os movimentos renovadores que, em virtude das determinações
do Cristo, deveriam encaminhar o mundo para uma nova era. Mensageiros devotados
reencarnam no orbe em missões redentoras, como Henrique de Sagres e numerosos
precursores da Reforma. (PP. 171 e 172)
193. A América é
descoberta e destinada por Jesus a grandes projetos: o cérebro da nova
civilização se localizará nos Estados Unidos e seu coração na terra farta e
acolhedora onde floresce o Brasil. (PP. 172 e 173)
194. A Renascença
clareou a Terra em todas as direções e para isso a invenção da imprensa foi
decisiva. (P. 174)
195. Aparecem no
século XVI as figuras de Lutero, Calvino, Erasmo e Melanchton e outros vultos
notáveis da Reforma. (P. 175)
196. Nessa época o
papa era Leão X, cuja vida mundana impressionava desagradavelmente os espíritos
sinceramente religiosos. Sob sua direção criou-se em 1518 o célebre "Livro
das Taxas da Sagrada Chancelaria e da Sagrada Penitenciaria Apostólica",
onde se encontrava estipulado o preço de absolvição para todos os pecados. (P.
175)
197. Uma onda de
claridades novas arejava as consciências, mas Espíritos tenebrosos e
pervertidos inspiraram ao cérebro obcecado e doentio de Inácio de Loiola a
fundação da Companhia de Jesus, em 1534, de nefasta memória. (PP. 176 e 177)
198. A Igreja
inaugurava um dos períodos mais tristes da história ocidental, quando o
Tribunal da Inquisição, com poderes de vida e morte nos países católicos, fez
milhares de vítimas. (PP. 176 e 177)
199. A força da
Companhia de Jesus era tanta que, quando o papa Clemente XIV tentou
extingui-la, em 1773, exclamou, desolado: "Assino minha sentença de morte,
mas obedeço à minha consciência". Com efeito, em 1774, o grande pontífice
morreu vitimado por um veneno letal que lhe apodreceu lentamente o corpo. (PP.
177 e 178) (Continua no próximo número.)
Questões para
fixação do estudo
A. Como surgiram as
Cruzadas?
As Cruzadas tiveram a
seguinte origem: enquanto dominavam em Jerusalém os árabes de Bagdá ou do
Egito, as correntes do turismo católico podiam buscar, sem receio, as paragens
sagradas da Palestina. Ocorre que Jerusalém caíra, no século XI, em poder dos turcos,
que não mais toleraram ali a presença dos cristãos e os expulsaram com a máxima
crueldade. Essa medida provocou os protestos dos católicos de todo o mundo e
foram assim organizadas as primeiras cruzadas em busca da vitória contra o
infiel. Como os turcos não descansassem, as expedições se repetiram em diversas
épocas, tendo sido as últimas cruzadas dirigidas por Luís IX, o rei santo da
França, que, depois da tomada de Damieta, caiu em poder dos inimigos, vindo a
desprender-se da vida terrestre em 1270, defronte de Túnis, vitimado pela
peste. (A Caminho da Luz, pp. 163 a 165.)
B. Como os indivíduos, as coletividades também voltam ao
mundo pelo caminho da reencarnação?
Sim. As coletividades também voltam ao
mundo pelo caminho da reencarnação. É assim que vamos encontrar antigos
fenícios na Espanha e em Portugal. Na antiga Lutécia (a futura Paris) vamos
achar a alma ateniense. Na Prússia, o espírito belicoso de Esparta. Na Grã-Bretanha, a
edilidade romana, com sua educação e sua prudência. (Obra citada, pp. 169 e
170.)
C. Quando o Tribunal
da Inquisição fazia milhares de vítimas, uma organização católica se impunha.
Qual o seu nome?
A Companhia de Jesus,
fundada por Inácio de Loiola em 1534. A força da Companhia de Jesus era tanta
que, quando o papa Clemente XIV tentou extingui-la, em 1773, exclamou,
desolado: "Assino minha sentença de morte, mas obedeço à minha
consciência". Com efeito, em 1774, o grande pontífice morreu vitimado por
um veneno letal que lhe apodreceu lentamente o corpo. (Obra citada, pp. 176 a
178.)
Observação:
Para acessar a Parte 10
deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2024/10/a-caminho-da-luz-emmanuel-parte-10.html
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