Vida e Sexo
Emmanuel
Parte
6
Prosseguimos
nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro Vida e Sexo, de
autoria de Emmanuel, obra mediúnica psicografada por Francisco Cândido Xavier e
publicada pela FEB.
O
estudo, baseado na 2ª edição do livro, publicada em 1971, é apresentado sequencialmente
sempre às sextas-feiras neste blog.
Eis
o texto e as questões de hoje:
Texto-base
para leitura e reflexão
66.
O cônjuge menosprezado no círculo doméstico detém, no entanto, a faculdade de
refazer as condições que julgue necessárias à própria euforia, com base na
consciência tranquila. Não há obrigações de cativeiro para ninguém nos fundamentos
morais da Criação. Um ser não dispõe de regalias para abusar impunemente de
outro, sem que a vítima se veja espontaneamente liberta de qualquer compromisso
para com o agressor. (PÁG. 46)
67.
As Leis da Vida, todavia, rogam – sem impor – às vítimas da deslealdade ou da
prepotência que não renunciem ao dever de amparar os filhos, notadamente se
esses filhos ainda não atingiram a puberdade. (PÁG. 46)
68.
Em semelhantes crises, é preciso que haja no cônjuge largado em desprezo uma
revisão criteriosa do próprio comportamento, para verificar até que ponto terá
ele provocado a agressão moral sofrida e, seja ou não culpado, que se renda,
antes de tudo, à desculpa incondicional do ofensor, fundindo no coração os
títulos ternos que tenha concedido ao outro no título de irmão ou de irmã, uma
vez que somos todos Espíritos imortais e filhos do mesmo Pai. (PÁG. 47)
69.
Só pelo esquecimento das faltas uns dos outros é que nos endereçaremos à
definitiva sublimação. (PÁG. 47)
70.
Nenhum de nós, os filhos da Terra, está em condições de acusar a ninguém, nos
domínios do sentimento, porquanto os virtuosos de hoje podem ter sido os caídos
de ontem e os caídos de hoje serão possivelmente os virtuosos de amanhã, a quem
tenhamos, talvez, de rogar apoio e bênção. (PÁG. 47)
71.
Homem ou mulher em abandono, se tem filhos pequeninos, que se voltem, acima de
tudo, para eles, agasalhando-os sob as asas do entendimento e da ternura, até
que se habilitem aos primeiros contatos conscientes com a vida terrestre, antes
de se aventurarem à adoção de nova companhia. (PÁG. 47)
72.
Alterações afetivas – Ensina “O Livro dos Espíritos”, item 208, que os
pais exercem grande influência sobre o filho. “Conforme dissemos – afirmam os
Imortais –, os Espíritos têm que contribuir para o progresso uns dos outros.
Pois bem, os Espíritos dos pais têm por missão desenvolver os de seus filhos
pela educação. Constitui-lhes isso uma tarefa.” (PÁG. 49)
73.
Depois que o navio do casamento se afasta do cais do sonho para o mar largo da
experiência, é muito comum se alterem as condições afetivas. A esperança
converte-se em trabalho e desnudam-se problemas que a ilusão envolvia.
Observa-se, então, na maioria das posições, que arrefece o calor em que o casal
se aquecia nos primeiros dias da comunhão esponsalícia. (PÁGS. 49 e 50)
74.
Urge, porém, salvar a embarcação ameaçada de soçobrar. E ambos os cônjuges
precisam reaprender na escola do amor, reconhecendo que, acima da conjunção
corpórea, fácil de se concretizar, é imperioso que a dupla se case, em espírito
- sempre mais em espírito -, dia por dia. (PÁG. 50)
75.
Não se inquietem os parceiros, à frente das modificações ocorridas, uma vez que
toda afinidade correta, nas emoções do Plano Físico, evolui fatalmente para a
ligação ideal, a exprimir-se na ternura confiante da amizade sem lindes. (PÁG.
50)
76.
O carinho que era, em princípio, repartido a dois, passa a ser dividido por
maior número de partícipes do núcleo familiar, os quais são, em muitas
circunstâncias, os associados da doce hipnose do namoro e do noivado, que
mantinham nos pais jovens, ainda solteiros, a chama da atração entusiástica até
a consumação do enlace afetivo. (PÁGS. 50 e 51)
77.
Quase sempre, Espíritos vinculados ao casal, ora mais ao pai, ora mais à mãe,
interessam-se na Vida Maior pela constituição da família, em face das próprias
necessidades de aprimoramento e resgate, progresso e autocorrigenda. Em vista
disso, cooperam, em ação decisiva, na aproximação dos futuros pais, aportando
em casa pelos processos da gravidez, reclamando naturalmente a quota de carinho
e atenção que lhes é devida. (PÁG. 51)
78.
Em toda comunhão mais profunda do homem e da mulher na formação do grupo
doméstico, seguida de filhos, há que contar com a sublimação espontânea do
impulso sexual, cabendo a ambos aderir naturalmente a essa contingência da
vida, cientes de que apenas o amor que se divide, em bênçãos para com os
outros, é capaz de multiplicar a verdadeira felicidade. (PÁG. 51) (Continua
no próximo número.)
Questões
para fixação do estudo
A.
Nas comunhões afetivas, quando alguém foge ao compromisso, que deve fazer o
cônjuge menosprezado?
Embora
menosprezado no círculo doméstico, ele detém a faculdade de refazer as
condições que julgue necessárias à própria euforia, com base na consciência
tranquila. É preciso, no entanto, que haja no cônjuge largado em desprezo uma
revisão criteriosa do próprio comportamento, para verificar até que ponto terá
ele provocado a agressão moral sofrida e, seja ou não culpado, que se renda,
antes de tudo, à desculpa incondicional do ofensor, uma vez que somos todos
Espíritos imortais e filhos do mesmo Pai. Só pelo esquecimento das faltas uns
dos outros é que nos endereçaremos à definitiva sublimação. (Vida e Sexo,
págs. 46 e 47.)
B.
É comum nos casamentos em geral que, com o passar dos anos, se alterem as
condições afetivas?
Sim.
Depois que o navio do casamento se afasta do cais do sonho para o mar largo da
experiência, é muito comum se alterem as condições afetivas. A esperança
converte-se em trabalho e desnudam-se problemas que a ilusão envolvia.
Observa-se, então, na maioria das posições, que arrefece o calor em que o casal
se aquecia nos primeiros dias da comunhão esponsalícia. Urge, porém, salvar a
embarcação ameaçada de soçobrar. E ambos os cônjuges precisam reaprender na
escola do amor, reconhecendo que, acima da conjunção corpórea, fácil de se
concretizar, é imperioso que a dupla se case, em espírito - sempre mais em
espírito -, dia por dia. (Obra citada, págs. 49 e 50.)
C.
É verdade que os futuros filhos do casal participam de modo efetivo na
aproximação daqueles que serão seus pais?
É
verdade. Quase sempre, Espíritos vinculados ao casal, ora mais ao pai, ora mais
à mãe, interessam-se na Vida Maior pela constituição da família, em face das
próprias necessidades de aprimoramento e resgate, progresso e autocorrigenda.
Em vista disso, cooperam, em ação decisiva, na aproximação dos futuros pais,
aportando em casa pelos processos da gravidez, reclamando naturalmente a quota
de carinho e atenção que lhes é devida. (Obra citada, pág. 51.)
Observação:
Para
acessar a Parte 5 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2024/12/vida-e-sexo-emmanuel-parte-5.html