terça-feira, 31 de dezembro de 2024

 



O novo tempo que se inicia

 

CÍNTHIA CORTEGOSO

cinthiacortegoso@gmail.com

 

Outra oportunidade já desponta, se é que não bastassem todos os amanheceres para ser o novo homem, como todos os segundos para a renovação surgir. Ininterruptamente, podemos ser melhores, mais bondosos, caridosos, otimistas, fraternos, seguidores leais do nobre exemplo Jesus. O Criador, em Sua absoluta grandeza, presenteou, com magnificência, todo filho, pois criou-o para somente seguir adiante. Os passos ainda não são sempre no caminho com mais luz, porém não há retrocesso, embora boa parte das atitudes não sejam ainda de se orgulhar, todo filho chegará à luz divina em determinado momento. A duração depende do próprio livre-arbítrio.

E quanto à retrospectiva, quanto vivemos no ano que quase termina, desafios, alegrias, incertezas, dores, conquistas, esgotamento, renovação física e espiritual, conhecimento... e a bênção do Pai estava à frente todas as vezes, porque estamos aqui e agora e já com planos para o ano que quase está nascendo junto com as expectativas naturais de um novo tempo mais feliz, com mais a essência real da vida. Que venha o nosso despertamento.

Antes de qualquer denominação, nós somos espíritos, e sempre tocará em nosso ser o que possui sentido espiritual. Por mais que o desenvolvimento tecnológico nos surpreenda a cada segundo, que a inteligência humana nos admire, nada se compara à energia que nutre o espírito, vinda de Deus. Independe o país, a cultura, a sociedade, tudo o que é verdadeiro encantará o espírito onde quer que esteja. E outra vez iniciaremos uma nova jornada com a possibilidade de fazer bem melhor e profundo. Há tanto para agradecermos.

A renovação deve-se dar primeiramente por nós e, em seguida, pelos nossos mais próximos. A valorização do que é eterno e não efêmero , nas mais singelas ocasiões, já determinará um feliz novo percurso. Não necessita atitude revolucionária para o avanço, ao contrário, tudo o que se desenvolver com calma, discrição e amor estará realizando o grande desejo da ascensão espiritual, e naturalmente o progresso se dará na direção da luz. Somos imensamente privilegiados, estamos encarnados, e podemos progredir em tantos conteúdos.

Então, com um suspiro harmonioso, bons sentimentos, otimismo, gratidão, ação, bondade, fé podemos conquistar nobres objetivos, pois somos espíritos eternos criados por Deus. Somente por esta última dádiva divina, já deveríamos brilhar como luz, porém estamos a caminho.

E o vento sopra carinhosamente, a lua ilumina, o sol aquece, a água mantém a vida, as estrelas lembram como é cintilar; e tanto mais acontece sem nenhuma preocupação nossa, na verdade, devemos apenas cuidar de nós para o progresso surgir, pois quando conhecemos o nosso interior, o exterior torna-se admiravelmente compreendido.

Tudo começa em nós. Tudo sempre pode ser muito melhor neste novo tempo que se inicia.

 

Visite o blog Conto, crônica, poesia… minha literatura: http://contoecronica.wordpress.com/

 

 



 

 

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segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

 



O ferreiro intransigente

 

Irmão X (Espírito)

 

Comentávamos o problema da compaixão, quando se abeirou de nós antigo orientador e narrou, bem-humorado:

– Conheci um caso interessante na Idade Média. Em pequenina aldeia do Velho Mundo que os séculos já transformaram, jovem ferreiro apaixonou-se pelo rigor da justiça. Integrando certa facção política, considerava todas as pessoas que lhe não esposassem os pontos de vista por inimigos a combater. Atrabiliário e sectarista, imaginava os mais difíceis processos de perseguição aos adversários. A tolerância representava para ele grave delito. Se alguém não rezasse por sua cartilha, ficava assinalado a ponto escuro. Disposto a contendas, embora a posição humilde que desfrutava, sabia complicar a situação dos desafetos, urdindo intrigas e ciladas contra eles.

Assim é que, certa feita, procurou o juiz que regia a comuna com benevolência e equidade e propôs-lhe a reconstrução do cárcere. A enxovia desmoronava-se. Qualquer malfeitor provocava facilmente a evasão. As grades frágeis cediam ao assalto de qualquer um. Impossível o trabalho da detenção. Era necessário sustar o insulto à polícia. Oferecia-se, desse modo, para sanar o problema. Daria novo aspecto ao cubículo. Prisão que fosse prisão.

O magistrado, velho experiente e bondoso, observou:

– Meu filho, a justiça deve ser exercida com amor, para que se não converta em crueldade, porque lá vem um dia em que precisamos ser justiçados por nossa vez.

O moço, porém, insistiu. A cadeia menosprezada não merecia respeito.

Tanto reclamou que atingiu o objetivo a que se propunha.

Recebendo a concessão para reformar o cárcere, esmerou-se quanto pôde. Deu nova feição às grades. Criou um sistema de cadeados, pelo qual era impossível a escapatória. E no centro do acanhado recinto levantou pesada coluna de ferro, com algemas laboriosamente trabalhadas, impedindo a movimentação de quem fosse jungido a semelhante pelourinho.

A ideia foi bem sucedida. O serviço revelou-se tão eficiente que o jovem artífice foi procurado por autoridades de outros recantos e larga prosperidade abriu-lhe as portas. A novidade ofereceu-lhe fama e fortuna.

Durante vinte anos, coadjuvado por operários diversos, o nosso ambicioso amigo fabricou prisões para numerosas cidades do seu tempo. Senhor de vasto patrimônio material, transferiu residência do vilarejo provinciano para grande metrópole e, certa noite, supondo defender-se, cometeu leve falta que inimigos gratuitos se incumbiram de solenizar.

O antigo ferreiro foi preso, de imediato. Internado, mentalizou a ajuda de companheiros que o auxiliassem na fuga, mas, assombrado, reconheceu, pela marca dos ferros, que fora trancafiado num cárcere de sua própria fabricação, sofrendo rigorosa pena que, começando por acabrunhá-lo, acabou por infligir-lhe a morte.

Terminada a história rápida, fixou-nos de maneira expressiva e rematou:

– Somente a compaixão pode salvar-nos, soerguendo-nos do abismo de nossas próprias faltas. Qualquer punição extremada que receitarmos para os outros será como a prisão do ferreiro intransigente. Os laços que armarmos contra o próximo serão inevitável flagelo para nós mesmos.

Logo após, sem dar-nos tempo para qualquer indagação, sorriu com serenidade e seguiu adiante.

 

Do livro Contos desta e doutra vida, conto psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier.

 

 

 

 

 

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domingo, 29 de dezembro de 2024

 



  O que é preciso para ser completista

 

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO

aoofilho@gmail.com

 

Vários atores e atrizes brasileiros – como Lima Duarte, Fernanda Montenegro, Mauro Mendonça, Rosamaria Murtinho, Ary Fontoura e vários outros – já passaram dos 90 anos de idade e apresentam perfeitas condições de saúde, como ocorreu, aliás, com Waldemiro Corrêa de Faria, querido cunhado, que regressou recentemente à pátria espiritual perto de completar cem anos de idade.

Esse fato nos suscitou uma questão que nos foi apresentada tempos atrás por uma leitora de Maceió, capital do estado de Alagoas, acerca dos Espíritos que são considerados completistas.

Dois tópicos compõem a citada questão:

O primeiro: o que significa o termo completista.

O segundo: o que é preciso para uma pessoa ser assim considerada.

Baseado no que André Luiz mencionou em duas obras psicografadas pelo médium Chico Xavier, completista [do latim completu + -ista] designa a pessoa que haja aproveitado todas as oportunidades construtivas oferecidas pela reencarnação. É um termo que se aplica – segundo os Espíritos – aos que retornam ao mundo espiritual, finda a existência corpórea, na época certa. Trata-se de algo que não é comum, razão pela qual os completistas são festejados em seu retorno.

Estranho às obras básicas do Espiritismo, o termo completista apareceu pela primeira vez no cap. 12 do livro Missionários da Luz, obra de André Luiz psicografada por Chico Xavier, e desde então passou a fazer parte dos textos espíritas.

Numa obra publicada posteriormente, Obreiros da Vida Eterna, cap. 16, André Luiz relata o caso de um espírito que, em sua volta ao mundo espiritual, foi recebido como completista. Trata-se de Fábio, espírita dedicado que tivera existência modesta e limitara o voo das ambições mais nobres, no culto da espiritualidade redentora.

Fábio esforçara-se pela tranquilidade familiar, apesar de ter sido acicatado por dificuldades sem conta, no transcurso da experiência recém-finda. Ao desencarnar, deixara esposa e dois filhos amparados na fé viva, e, embora não lhes legasse facilidades econômicas, afastava-se do corpo físico jubiloso e confortado, com a glória de haver aproveitado todos os recursos que a esfera superior lhe havia concedido, visto que, além de haver-se afeiçoado profundamente ao Evangelho do Cristo, vivendo-lhe os princípios renovadores, com todas as possibilidades ao seu alcance, conseguira iluminar a mente da companheira e construir bases sólidas no espírito dos filhinhos, orientando-os para o futuro.

Casos como o de Fábio são, infelizmente, muito raros.

Por que raros?

Raros porque, entre outros motivos, os excessos na mesa, os alcoólicos, o tabagismo, a inexistência de exercícios físicos, a não observância de uma dieta saudável e de uma vida mentalmente equilibrada vão minando o corpo material, que poderia, eventualmente, chegar aos 90 anos e, todavia, não passa às vezes dos 60.

Se quisermos, pois, obter em nossa volta ao mundo espiritual o título de completista, é importante que saibamos que esse prêmio não nos será concedido gratuitamente, porquanto é necessário colaboremos para conquistá-lo, cuidando do corpo, tanto quanto cuidamos da alma.

 

 

 

 

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sábado, 28 de dezembro de 2024

 



A vírgula é essencial à clareza daquilo que escrevemos. A colocação dela e também sua falta podem alterar por completo o sentido da frase.

Veja os exemplos:

- Não, espere. (Aqui pede-se que o outro espere.)

- Não espere. (Neste caso a ordem é não esperar.)

- Não, vá devagar. (Vá devagar, pede a pessoa que fala.)

- Não vá devagar. (Neste caso, quem fala pede pressa.)

- Aceito sua oferta, obrigado. (A pessoa diz que aceita a oferta e agradece ao outro.)

- Aceito sua oferta obrigado. (Aquele que fala diz que foi obrigado a aceitar.)

- Isso só, ele resolve. (A frase significa: se for apenas isso, ele resolve.)

- Isso só ele resolve. (Aqui é dito que apenas ele tem condições de resolver.)

- Esse, juiz, é corrupto. (Referindo-se a outra pessoa, quem fala diz ao juiz que tal pessoa é corrupta.)

- Esse juiz é corrupto. (Aqui é dito que o juiz é corrupto.)

- Vamos perder, nada foi resolvido. (Nada foi resolvido, por isso vamos perder.)

- Vamos perder nada, foi resolvido. (O assunto foi resolvido, por isso nada vamos perder.)

- Não, queremos saber. (A frase significa: espere, queremos saber.)

- Não queremos saber. (Aqui o texto é taxativo: não queremos saber.)

 

*

 

Eis mais um exemplo de que a colocação da vírgula pode alterar radicalmente o sentido da oração.

Alguém enviou a um jornal a frase abaixo:

“Se o homem soubesse o valor que tem a mulher arrastar-se-ia aos seus pés”.

Como não havia vírgula no texto, o editor pediu aos revisores que o corrigissem.

Jorge não teve dúvida e assim propôs:

“Se o homem soubesse o valor que tem, a mulher arrastar-se-ia aos seus pés”.

Diferente foi a solução proposta por Cristina:

“Se o homem soubesse o valor que tem a mulher, arrastar-se-ia aos seus pés”.

 

 

Observação:

Para acessar o estudo publicado no sábado anterior, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2024/12/os-vocabulos-sessao-secao-e-cessao-tem.html

 

 

 

 

 

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sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

 



Vida e Sexo

 

Emmanuel

 

Parte 6

 

Prosseguimos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro Vida e Sexo, de autoria de Emmanuel, obra mediúnica psicografada por Francisco Cândido Xavier e publicada pela FEB.

O estudo, baseado na 2ª edição do livro, publicada em 1971, é apresentado sequencialmente sempre às sextas-feiras neste blog.

Eis o texto e as questões de hoje:

 

Texto-base para leitura e reflexão

 

66. O cônjuge menosprezado no círculo doméstico detém, no entanto, a faculdade de refazer as condições que julgue necessárias à própria euforia, com base na consciência tranquila. Não há obrigações de cativeiro para ninguém nos fundamentos morais da Criação. Um ser não dispõe de regalias para abusar impunemente de outro, sem que a vítima se veja espontaneamente liberta de qualquer compromisso para com o agressor. (PÁG. 46)

67. As Leis da Vida, todavia, rogam – sem impor – às vítimas da deslealdade ou da prepotência que não renunciem ao dever de amparar os filhos, notadamente se esses filhos ainda não atingiram a puberdade. (PÁG. 46)

68. Em semelhantes crises, é preciso que haja no cônjuge largado em desprezo uma revisão criteriosa do próprio comportamento, para verificar até que ponto terá ele provocado a agressão moral sofrida e, seja ou não culpado, que se renda, antes de tudo, à desculpa incondicional do ofensor, fundindo no coração os títulos ternos que tenha concedido ao outro no título de irmão ou de irmã, uma vez que somos todos Espíritos imortais e filhos do mesmo Pai. (PÁG. 47)

69. Só pelo esquecimento das faltas uns dos outros é que nos endereçaremos à definitiva sublimação. (PÁG. 47)

70. Nenhum de nós, os filhos da Terra, está em condições de acusar a ninguém, nos domínios do sentimento, porquanto os virtuosos de hoje podem ter sido os caídos de ontem e os caídos de hoje serão possivelmente os virtuosos de amanhã, a quem tenhamos, talvez, de rogar apoio e bênção. (PÁG. 47)

71. Homem ou mulher em abandono, se tem filhos pequeninos, que se voltem, acima de tudo, para eles, agasalhando-os sob as asas do entendimento e da ternura, até que se habilitem aos primeiros contatos conscientes com a vida terrestre, antes de se aventurarem à adoção de nova companhia. (PÁG. 47)

72. Alterações afetivas – Ensina “O Livro dos Espíritos”, item 208, que os pais exercem grande influência sobre o filho. “Conforme dissemos – afirmam os Imortais –, os Espíritos têm que contribuir para o progresso uns dos outros. Pois bem, os Espíritos dos pais têm por missão desenvolver os de seus filhos pela educação. Constitui-lhes isso uma tarefa.” (PÁG. 49)

73. Depois que o navio do casamento se afasta do cais do sonho para o mar largo da experiência, é muito comum se alterem as condições afetivas. A esperança converte-se em trabalho e desnudam-se problemas que a ilusão envolvia. Observa-se, então, na maioria das posições, que arrefece o calor em que o casal se aquecia nos primeiros dias da comunhão esponsalícia. (PÁGS. 49 e 50)

74. Urge, porém, salvar a embarcação ameaçada de soçobrar. E ambos os cônjuges precisam reaprender na escola do amor, reconhecendo que, acima da conjunção corpórea, fácil de se concretizar, é imperioso que a dupla se case, em espírito - sempre mais em espírito -, dia por dia. (PÁG. 50)

75. Não se inquietem os parceiros, à frente das modificações ocorridas, uma vez que toda afinidade correta, nas emoções do Plano Físico, evolui fatalmente para a ligação ideal, a exprimir-se na ternura confiante da amizade sem lindes. (PÁG. 50)

76. O carinho que era, em princípio, repartido a dois, passa a ser dividido por maior número de partícipes do núcleo familiar, os quais são, em muitas circunstâncias, os associados da doce hipnose do namoro e do noivado, que mantinham nos pais jovens, ainda solteiros, a chama da atração entusiástica até a consumação do enlace afetivo. (PÁGS. 50 e 51)

77. Quase sempre, Espíritos vinculados ao casal, ora mais ao pai, ora mais à mãe, interessam-se na Vida Maior pela constituição da família, em face das próprias necessidades de aprimoramento e resgate, progresso e autocorrigenda. Em vista disso, cooperam, em ação decisiva, na aproximação dos futuros pais, aportando em casa pelos processos da gravidez, reclamando naturalmente a quota de carinho e atenção que lhes é devida. (PÁG. 51)

78. Em toda comunhão mais profunda do homem e da mulher na formação do grupo doméstico, seguida de filhos, há que contar com a sublimação espontânea do impulso sexual, cabendo a ambos aderir naturalmente a essa contingência da vida, cientes de que apenas o amor que se divide, em bênçãos para com os outros, é capaz de multiplicar a verdadeira felicidade. (PÁG. 51) (Continua no próximo número.)

 

Questões para fixação do estudo

 

A. Nas comunhões afetivas, quando alguém foge ao compromisso, que deve fazer o cônjuge menosprezado?

Embora menosprezado no círculo doméstico, ele detém a faculdade de refazer as condições que julgue necessárias à própria euforia, com base na consciência tranquila. É preciso, no entanto, que haja no cônjuge largado em desprezo uma revisão criteriosa do próprio comportamento, para verificar até que ponto terá ele provocado a agressão moral sofrida e, seja ou não culpado, que se renda, antes de tudo, à desculpa incondicional do ofensor, uma vez que somos todos Espíritos imortais e filhos do mesmo Pai. Só pelo esquecimento das faltas uns dos outros é que nos endereçaremos à definitiva sublimação. (Vida e Sexo, págs. 46 e 47.)

B. É comum nos casamentos em geral que, com o passar dos anos, se alterem as condições afetivas?

Sim. Depois que o navio do casamento se afasta do cais do sonho para o mar largo da experiência, é muito comum se alterem as condições afetivas. A esperança converte-se em trabalho e desnudam-se problemas que a ilusão envolvia. Observa-se, então, na maioria das posições, que arrefece o calor em que o casal se aquecia nos primeiros dias da comunhão esponsalícia. Urge, porém, salvar a embarcação ameaçada de soçobrar. E ambos os cônjuges precisam reaprender na escola do amor, reconhecendo que, acima da conjunção corpórea, fácil de se concretizar, é imperioso que a dupla se case, em espírito - sempre mais em espírito -, dia por dia. (Obra citada, págs. 49 e 50.) 

C. É verdade que os futuros filhos do casal participam de modo efetivo na aproximação daqueles que serão seus pais?

É verdade. Quase sempre, Espíritos vinculados ao casal, ora mais ao pai, ora mais à mãe, interessam-se na Vida Maior pela constituição da família, em face das próprias necessidades de aprimoramento e resgate, progresso e autocorrigenda. Em vista disso, cooperam, em ação decisiva, na aproximação dos futuros pais, aportando em casa pelos processos da gravidez, reclamando naturalmente a quota de carinho e atenção que lhes é devida. (Obra citada, pág. 51.)

 

Observação:

Para acessar a Parte 5 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2024/12/vida-e-sexo-emmanuel-parte-5.html

 

 

 

 

 

 

 

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quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

 


AS MAIS LINDAS CANÇÕES QUE OUVI

Se eu quiser falar com Deus


 Gilberto Gil

 

Se eu quiser falar com Deus,

Tenho que ficar a sós.

Tenho que apagar a luz,

Tenho que calar a voz.

Tenho que encontrar a paz,

Tenho que folgar os nós

Dos sapatos, da gravata,

Dos desejos, dos receios...

Tenho que esquecer a data,

Tenho que perder a conta,

Tenho que ter mãos vazias,

Ter a alma e o corpo nus.

Se eu quiser falar com Deus,

Tenho que aceitar a dor.

Tenho que comer o pão

Que o diabo amassou.

Tenho que virar um cão,

Tenho que lamber o chão

Dos palácios, dos castelos

Suntuosos do meu sonho...

Tenho que me ver tristonho,

Tenho que me achar medonho

E apesar de um mal tamanho

Alegrar meu coração.

Se eu quiser falar com Deus,

Tenho que me aventurar,

Tenho que subir aos céus

Sem cordas pra segurar.

Tenho que dizer adeus,

Dar as costas, caminhar

Decidido pela estrada

Que ao findar vai dar em nada,

Nada, nada, nada, nada,

Nada, nada, nada, nada,

Nada, nada, nada, nada

Do que eu pensava encontrar.



Clicando no link correspondente você poderá ouvir a canção na voz do intérprete de sua preferência:

Gilberto Gil – https://www.youtube.com/watch?v=3eKnerBU4HY&ab_channel=DeivsonSilva

Sandy e Gilberto Gil - https://www.youtube.com/watch?v=xfR7o8nmSJY&ab_channel=SandyMusicBR

Elis Regina - https://www.youtube.com/watch?v=ivwHnJpcU3Y&ab_channel=SusanaCardoso

 

 

 

 

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