Iniciamos
ontem à noite no Centro Espírita Nosso Lar, de Londrina-PR, o estudo sequencial
do livro O Tesouro dos Espíritas, de
autoria de Miguel Vives y Vives, conforme a tradução de J. Herculano Pires,
publicada pela EDICEL. O estudo é realizado semanalmente, em dois horários: na
terça-feira (18h30) e na quinta-feira (14h30).
Três foram as
questões propostas para debate inicial:
1. Qual é o
tesouro a que se refere o título deste livro?
3. Onde e como
Miguel Vives teve seu primeiro contato com o Espiritismo?
Efetuou-se em
seguida a leitura do texto abaixo, que serviu de base aos estudos da noite,
seguindo-se a cada item lido os comentários pertinentes:
1. José
Herculano Pires diz, no seu prefácio, que há uma riqueza que nada pode afetar
nem destruir: a riqueza do céu, que podemos e devemos construir em nossa alma.
Essa riqueza está em nossas mãos. ((O Tesouro dos Espíritas, 1ª Parte, Guia
Prático para a Vida Espírita, p. 13.)
2. Miguel
Vives y Vives (1842-1906), notável médium espanhol de Tarrasa (Barcelona), deu
a este livro, publicado inicialmente por Carbonell y Esteva, em Barcelona, um
título singelo: “Guia prático do espírita”. (PP. 13 e 14)
3. O título O Tesouro dos Espíritas, baseado no
cap. X do próprio livro, foi-lhe dado por Irmão Saulo (pseudônimo de J.
Herculano Pires), que adverte: “Claro que o tesouro não é o livro. Vives
refere-se à Doutrina Espírita”. “Vives nos mostra, com o exemplo da sua vida,
como fazermos do Espiritismo o nosso tesouro inalienável.” (P. 16)
4.
Mencionando “O Evangelho segundo o Espiritismo” – esse código do mais puro
espírito cristão – Miguel Vives ensina-nos como aplicar os princípios
evangélicos a uma conduta espírita. “A moral espírita – diz Irmão Saulo –
esplende nestas páginas, em toda a sua pureza cristã.” “Quem ler este livrinho,
e aplicar à vida os seus princípios, fará em si mesmo aquela reforma que, para
Kardec, é a única e verdadeira característica do verdadeiro espírita.” (P. 17)
5. Miguel
Vives compara a saúde física à saúde moral, para mostrar que somos criaturas
sujeitas a influências de duas espécies: as que provêm do meio físico e as que
provêm do meio espiritual. Mostra ele como as influências psíquicas nos
envolvem, penetram em nossa mente, invadem o nosso psiquismo, dominam o nosso
Espírito. E ensina como enfrentá-las e vencê-las. (PP. 18 e 19)
6. Irmão
Saulo diz que Joaquim Rovira Fradera, Miguel Vives, José Hernandez e Amália
Domingo Sóler são alguns dos vultos que nos lembram a Espanha espírita, onde,
após o auto-de-fé de Barcelona, o Espiritismo floresceu, sobretudo na
Catalunha. A noite chegou, porém, de novo, sem estrelas e sem lumes terrenos, e
este livro é uma centelha que escapou das trevas, a nos dar testemunho da
Espanha espírita. (P. 20)
7. Os anos se
passaram e, contudo, nada conseguiu matar o ardor espírita dos espanhóis. Ao
passar por Madri e Barcelona, nos anos 60, ainda sob a vigência da ditadura
Franco, Chico Xavier viu com os próprios olhos bibliotecas doutrinárias e a
venda secreta de livros espíritas. (PP. 21 e 22)
9. No seu
prefácio, Miguel Vives diz não ser escritor, mas médium. “Se alguma coisa saída
da minha pena merecer a aprovação de meus irmãos, virá dos Bons Espíritos que
me assistem”, asseverou o médium de Tarrasa. (P. 23)
10. Antes de
conhecer o Espiritismo, Vives diz ter sido uma criatura ignorada e
completamente incapaz. Perdera a saúde; os amigos se haviam afastado; não tinha
então forças para trabalhar e tal foi o seu estado, que ficou cinco anos sem
sair de casa. (P. 24)
11. O contato
com o Espiritismo ocorreu quando ele residia em Tarrasa (ele residira antes em
Sabadell). Corria o ano de 1871. Depois de seis meses em Tarrasa, um dia Vives
voltou a Sabadell, onde o seu irmão lhe falou de Espiritismo e enviou-lhe as
obras de Allan Kardec. Miguel Vives as leu e compreendeu a grandeza da
doutrina, que resolveu de pronto abraçar. (PP. 25 e 26)
12. Vives
começou a estudar e a propagar o Espiritismo e, com alguns irmãos, fundou o
Centro Espírita de Tarrasa: Fraternidade Humana. (P. 26)
13. Começaram
nessa ocasião as curas dos enfermos, que muitas vezes eram por ele curados
antes mesmo de tomarem os remédios. Como a propaganda espírita produzia
efeitos, conquistava cada dia novas adesões, e começavam a manifestar-se ódios
implacáveis, sua cabeça tornara-se um vulcão de ideias em ebulição. “Antes de
me tornar espírita - conta Vives -, era incapaz de pronunciar uma pequena
oração para uma dúzia de pessoas. Como espírita, adquiri uma coragem e uma
serenidade tais, que nada me impressionava nem me impressiona ainda.” (PP. 26 e
27)
*
Ao final do
estudo, foram lidas as respostas dadas às perguntas propostas. Ei-las:
1. Qual é o tesouro a que se refere o
título deste livro?
A palavra
tesouro não consta do título original deste livro, que Miguel Vives y Vives
denominou simplesmente “Guia prático do espírita”. O título O Tesouro dos
Espíritas, baseado no cap. X do próprio livro, foi-lhe dado por Irmão Saulo
(pseudônimo de J. Herculano Pires), que adverte: “Claro que o tesouro não é o
livro. Vives refere-se à Doutrina Espírita”. “Vives nos mostra, com o exemplo
da sua vida, como fazermos do Espiritismo o nosso tesouro inalienável.” (O
Tesouro dos Espíritas, 1ª Parte, Guia Prático para a Vida Espírita, pp. 13 a 16.)
Miguel Vives
diz que somos criaturas sujeitas a influências de duas espécies: as que provêm
do meio físico e as que provêm do meio espiritual. Neste livro ele mostra como
as influências psíquicas nos envolvem, penetram em nossa mente, invadem o nosso
psiquismo, dominam o nosso Espírito. E ensina como enfrentá-las e vencê-las.
(Obra citada, pp. 18 e 19.)
3. Onde e como Miguel Vives teve seu
primeiro contato com o Espiritismo?
O primeiro
contato com o Espiritismo ocorreu quando ele residia em Tarrasa. Corria o
ano de 1871. Depois de seis meses em Tarrasa, um dia Vives voltou a Sabadell,
onde seu irmão lhe falou de Espiritismo e enviou-lhe as obras de Allan Kardec.
Miguel Vives as leu e compreendeu a grandeza da doutrina, que resolveu de
pronto abraçar. (Obra citada, pp. 24
a 26.)
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