domingo, 27 de outubro de 2013

Mãe brasileira: o produto de três troncos distintos

Um longo estudo que demorou três anos para ser concluído, conduzido pela equipe do professor e geneticista Sérgio Danilo Pena, da Universidade Federal de Minas Gerais, concluiu, anos atrás, que o Brasil é, de fato, o país da miscigenação, onde há brancos que geneticamente são negros e negros que são geneticamente brancos.  
A pesquisa, baseada nas leis da Genética, fundamentou-se na amostra de DNA de 247 brasileiros de diferentes regiões do Brasil e teve o mérito de traçar, pela primeira vez, o retrato molecular de nosso país, em que a esmagadora maioria – 97% dos brasileiros – provém de um tronco paterno europeu, enquanto o tronco materno divide-se em três partes: europeia (39%), ameríndia (33%) e africana (28%).
O estudo, intitulado “Retrato Molecular do Brasil”, foi publicado primeiro na revista Ciência Hoje, de divulgação científica, e depois no periódico acadêmico American Journal of Human Genetics. (Para mais informações sobre o estudo, consulte http://revistapesquisa.fapesp.br/2007/04/01/a-africa-nos-genes-do-povo-brasileiro/)
O resultado obtido pela equipe de pesquisadores de Minas Gerais confirmou não apenas os dados que conhecemos relativamente à história do povoamento do Brasil, mas igualmente as informações divulgadas por Humberto de Campos (Espírito) no livro Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, psicografado em 1938 por Francisco Cândido Xavier.
O colonizador branco, sobretudo o português, manteve relações tanto com mulheres brancas, quanto com africanas e ameríndias, fato que não ocorreu da mesma forma com o macho oriundo da África e com o indígena, restritos ambos à sua comunidade.
Diz Humberto de Campos, na obra citada, que a alma brasileira é, na expressão harmoniosa de um de seus poetas mais eminentes, “a flor amorosa de três raças tristes”, e que isso não se deu por acaso.
Na formação da alma coletiva do povo que surgiria com o advento do descobrimento do Brasil, primeiro compareceram os simples de coração, os primitivos habitantes, que foram os índios; em segundo lugar, os sedentos da justiça divina, os portugueses, muitos deles exilados de Portugal por ordem da Coroa; e, por último, os humildes e aflitos, os escravos oriundos da África. Eis aí, pois, segundo a ciência e segundo a revelação espírita, a origem de nossas mães queridas.



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