Prosseguimos ontem à noite no Centro Espírita Nosso Lar o
estudo sequencial do livro O Tesouro dos
Espíritas, de Miguel Vives y Vives, conforme tradução de J. Herculano
Pires, publicada pela EDICEL.
As questões propostas para debate inicial foram estas:
1. Como combater a influência espiritual antes que se
transforme em possessão?
2. Que fazer ante as ambições e os desejos insaciáveis?
3. Como deve agir a pessoa que luta contra a paixão pelo
dinheiro?
Procedemos, em seguida, à leitura do texto abaixo, que
serviu de base aos estudos da noite, verificando-se, a cada item lido, os
comentários pertinentes:
114. Não devemos olvidar nunca que na Terra jamais teremos
a paz completa e que, se alguma vez chegarmos a senti-la, será de pouca
duração. Por isso, quando formos atormentados por estados como esses, devemos
ser fortes, resistir e opor-lhes serenidade, paciência e calma sem limites. (P.
127)
116. Se o espírita, que aspira por seguir uma vida nova,
não se escudar na oração, no amor, na caridade, com um forte desejo de
libertar-se, as coisas se tornam piores do que antes, quando o indivíduo se
iniciou no Espiritismo. Eis aí a causa da falência de muitos que começaram e
não puderam continuar. (P. 129)
117. É particularmente às pessoas muito aferradas ao
dinheiro, aos interesses materiais, que isso acontece. Essa paixão é muito
difícil de ser arrancada, é a que mais custa corrigir. Por isso, é muito raro
que um egoísta apegado ao dinheiro consiga entrar e manter-se no Espiritismo.
(P. 130)
118. Aplica-se aqui a transcendente frase de Kardec: Fora
da caridade não há salvação. O indivíduo aferrado aos interesses materiais tem
grandes dificuldades de compreender e aceitar o Espiritismo: eis a barreira que
retém a Humanidade. O apego ao dinheiro é sinal evidente de falta de caridade e
amor ao próximo. Quem tem esse apego não se encontra em via de realizar grandes
progressos. (P. 130)
119. O homem deve procurar atender as suas necessidades, de
maneira justa e honrosa; quando elas já estão satisfeitas, não deve exceder-se
em ambições e desejos insaciáveis. De tudo quanto puder adquirir, além do
necessário, deve fazê-lo apenas por meios estritamente lícitos e do que ajuntar
deve distribuir grande parte aos necessitados. (PP. 130 e 131)
120. Devemos lembrar-nos de que a felicidade não está na
Terra, mas no Espaço, competindo-nos, pois, fazer todo o possível para
enriquecer o nosso Espírito com virtudes e boas obras, certos de que um dos
nossos maiores inimigos é o amor ao dinheiro,
isto é, o egoísmo, que é o pior e o mais fatal inimigo do homem. (P. 131)
121. Uma maneira de combater essa paixão e a tentação que a
acompanha é fazer os necessitados participantes da nossa poupança. Isso fará
que as nossas iniciativas e os nossos trabalhos redundem em benefício dos que
sofrem. Quem proceder desta maneira terá a satisfação de possuir algo para o
seu bem-estar terreno e para o seu progresso espiritual, pois os seus esforços
resultarão na prática do bem. (P. 132)
122. Assim, ao realizar um bom negócio ou fazer um trabalho
bem pago, deverá imediatamente destinar uma quantia proporcional ao ganho para
remediar os males e as necessidades dos que sofrem. (P. 132)
123. Quanto à tentação possessiva, que é aquela em que o
Espírito das trevas penetra na própria consciência da criatura, há uma maneira
de conhecê-la e combatê-la: basta opor-lhe um estado de consciência baseado no
desejo da mais reta justiça. Por exemplo: sentimos repugnância por uma pessoa?
Oporemos um espírito de caridade a toda prova. Sentimos um amor excessivo por
alguém? Devemos equilibrá-lo pelo senso da reta justiça. (PP. 132 e 133)
125. Nunca devemos duvidar do auxílio do Alto, pois a estes
casos se aplicam as palavras do Senhor: Pedi, e vos será dado; batei e se vos
abrirá; vigiai e orai. Enquanto se sofre, é preciso alimentar uma paciência a
toda prova, com serena resignação, que é a maneira mais eficaz de desanimar o
Espírito tentador. Desse modo, se às tentações soubermos opor sempre um senso
de reta justiça, uma paciência e resignação a toda prova, ofereceremos uma
barreira ao Espírito das trevas, que nunca poderá induzir-nos ao erro, nem
causar-nos qualquer espécie de transtorno. (PP. 133 e 134)
Na parte final da reunião, foram lidas e comentadas as
respostas dadas às perguntas propostas.
Ei-las:
1. Como combater
a influência espiritual antes que se transforme em possessão?
Para isso, é preciso extirpar as nossas paixões, os nossos
vícios e desejos ilícitos. A influência começa assim: o Espírito das trevas faz
que nossos pensamentos e desejos ilícitos provoquem sensações e excitações,
quando se apresenta uma ocasião favorável. Temos então de cerrar as portas do
pensamento a toda ideia que represente uma infração da lei divina. Se o
espírita, que aspira por seguir uma vida nova, não se escudar na oração, no
amor, na caridade, com um forte desejo de libertar-se, as coisas se tornam
piores do que antes, quando o indivíduo se iniciou no Espiritismo. Eis aí a
causa da falência de muitos que começaram e não puderam continuar. (O Tesouro dos Espíritas, 1ª Parte, Guia
Prático para a Vida Espírita, pp. 128 e 129.)
2. Que fazer ante
as ambições e os desejos insaciáveis?
O homem deve procurar atender as suas necessidades, de
maneira justa e honrosa, sem exceder-se em ambições e desejos insaciáveis. De
tudo quanto puder adquirir, além do necessário, deve fazê-lo apenas por meios
estritamente lícitos e do que ajuntar deve distribuir grande parte aos necessitados.
Devemos lembrar-nos de que a felicidade não está na Terra, mas no Espaço,
competindo-nos, pois, fazer todo o possível para enriquecer o nosso Espírito
com virtudes e boas obras, certos de que um dos nossos maiores inimigos é o
amor ao dinheiro, isto é, o egoísmo, que é o pior e o mais fatal inimigo do
homem. (Obra citada, pp. 130 e 131.)
3. Como deve agir
a pessoa que luta contra a paixão pelo dinheiro?
Uma maneira de combater essa paixão e a tentação que a
acompanha é fazer os necessitados participantes da nossa poupança. Isso fará
com que as nossas iniciativas e os nossos trabalhos redundem em benefício dos
que sofrem. Quem proceder desta maneira terá a satisfação de possuir algo para
o seu bem-estar terreno e para o seu progresso espiritual, pois os seus
esforços resultarão na prática do bem. Assim, ao realizar um bom negócio ou
fazer um trabalho bem pago, deverá imediatamente destinar uma quantia
proporcional ao ganho para remediar os males e as necessidades dos que sofrem. (Obra citada, pág. 132.)
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