Vilma pergunta-nos se uma pessoa qualquer que não
tenha nenhum conhecimento do Espiritismo pode ser médium.
A resposta é sim. A mediunidade não é propriedade dessa
ou daquela religião e, portanto, pode haver médiuns em qualquer meio e em
qualquer povo.
Moisés foi um médium poderoso, assim como Jeremias e
mais tarde, na época do Cristo, João, o evangelista.
Maomé recebeu, em momentos de transe, as suratas que
formam o Alcorão.
Em todos esses casos o mundo não conhecia ainda a
Doutrina Espírita, que nos ensina que a faculdade mediúnica é inerente ao homem
e, por isso, não constitui privilégio de ninguém em especial.
Segundo o Espiritismo, todo aquele que sente, num grau
qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium, e raros são os
indivíduos que disso não possuam alguns rudimentos.
Essa é a explicação por que certas pessoas que jamais
viram ou ouviram Espíritos ao longo de uma existência, quando chegadas a certa
idade puderam vê-los e mesmo ouvi-los, fato que também se dá nos casos de
enfermidade prolongada que debilita o corpo físico e, com isso, favorece o
desprendimento da alma.
Esclareça-se, no entanto, que para fins didáticos só
chamamos de médiuns aqueles em que a faculdade mediúnica se mostra
caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que
depende de uma organização mais ou menos sensitiva.
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