Continuamos ontem à noite no Centro Espírita Nosso Lar o
estudo do livro Ação e Reação, de
André Luiz, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e
publicada em 1957 pela Federação Espírita Brasileira.
Eis o
roteiro e o texto que serviram de base ao estudo:
Questões para debate
A. No Templo da Mansão uma mulher orava a Maria de Nazaré. Tais rogativas
chegam realmente ao seu destino?
B. Noutra prece, uma mulher rogava a proteção de Santa Teresinha de
Lisieux. A oração chegaria até ela?
C. Como o Dr. Bezerra de Menezes pode atender tantas pessoas ao mesmo
tempo?
Texto para leitura
75. O
pedido a uma santa – Entre os diversos devotos que ali se encontravam,
havia uma senhora que exorava a proteção de Teresinha de Lisieux, a doce monja
do Carmelo, desencarnada na França em 1897. A mensagem dela alcançaria o coração da
famosa freira? "Como não?", respondeu Silas. "Depois da
morte do corpo – acentuou o Assistente –, as criaturas efetivamente
santificadas encontram as mais altas quotas de serviço, na expansão da luz ou
da caridade, do conhecimento ou da virtude, de que se fizeram a fonte viva de
inspiração, quando no aprendizado humano. O céu beatífico e estanque existe
apenas na mente ociosa daqueles que pretendem progresso sem trabalho e paz sem
esforço. Tudo é criação, beleza, aprimoramento, alegria e luz incessantes na
obra de Deus, a expressar-se, divina e infinita, através daqueles que se
elevam para o Infinito Amor. Assim pois, o coração que deixe na Terra uma
sementeira de fé e abnegação passa a nutrir, do plano espiritual, a lavoura das
ideias e dos exemplos que legou aos irmãos de luta evolutiva, lavoura essa que
se expande naqueles que lhe continuam o ministério sagrado, crescendo, assim,
em trabalho e influência para o bem, no setor de ação iluminativa e
santificante que o Senhor lhe confia." E se a alma julgada santa pelos
homens não for realmente santa no Plano da Verdade? As preces que lhe sejam
dirigidas atingirão os objetivos visados? "Sim – aclarou o Assistente –;
as orações podem não encontrar, de imediato, o Espírito a que se destinam, mas
alcançam-lhe o grupo de companheiros a que deveria ajustar-se e que,
amorosamente, o substituem na obra assistencial do bem, em nome do Senhor,
visto que, na realidade, todo amor na Criação Eterna é de Deus." Silas
explicou, ainda, que o espírito das congregações religiosas não permanece vivo
nas Esferas Mais Altas, tal como o sectarismo terrestre o concebe, visto que,
quanto mais se eleva aos cimos da vida, mais a alma se despe das convenções
humanas, aprendendo que a Providência é luz e amor para todos. (Capítulo 11,
pp. 159 e 160.)
76. O
Parlatório – Silas sugeriu aos amigos observassem com atenção certa
senhora que, não distante deles, se mantinha em prece. Pro curando
assimilar-lhe a faixa mental, logo que estabelecida a sintonia André percebeu
no nicho a imagem viva e simpática do Dr. Bezerra de Menezes, ao mesmo tempo em
que ouvia a súplica da companheira desolada: "Doutor Bezerra, por amor de
Jesus, não abandones meu pobre Ricardo nas trevas da desesperação!... Meu
esposo infeliz atravessa rudes provas!... Ó generoso amigo, socorre-nos! Não
permitas que ele desça ao abismo do suicídio... Dá-lhe coragem e paciência,
sustenta-lhe o bom ânimo!... As dificuldades e as lágrimas que o afligem no
mundo caem sobre minhalma como chuva de fel!..." O santuário servia, pois,
à oração digna de adeptos de todas as crenças. Naquele caso o Espírito invocado
era o bondoso "Médico dos Pobres", sobre quem Silas informou:
"Com mais de cinquenta anos consecutivos de serviço à Causa Espírita, depois
de desencarnado, Adolfo Bezerra de Menezes fez jus à formação de extensa equipe
de colaboradores que lhe servem à bandeira de caridade. Centenas de Espíritos
estudiosos e benevolentes obedecem-lhe às diretrizes na lavoura do bem, na qual
opera ele em nome do Cristo". Hilário observou que, desse modo, era fácil
compreendê-lo agindo em tantos lugares ao mesmo tempo...
"Perfeitamente", concordou Silas. "Como acontece na radiofonia,
em que uma estação emissora está para os postos de recepção, assim qual uma só
cabeça pensante para milhões de braços, um grande missionário da luz, em ação
no bem, pode refletir-se em dezenas ou centenas de companheiros que lhe acatam
a orientação no trabalho ajustado aos desígnios do Senhor. Bezerra de Menezes,
invocado carinhosamente, em tantas instituições e lares espíritas, ajuda em
todos eles, pessoalmente ou por intermédio das entidades que o representam com
extrema fidelidade." À saída do Templo, André notou que a claridade
ambiente se apagava quase que de chofre, a poucos metros do pórtico, em face do
impacto tremendo das sombras circundantes. No enorme átrio, adensava-se turba
imensa... Grupos diversos conversavam em alta voz... Havia ali quem chorasse,
quem deprecasse, quem gemesse... A visão de André, ainda não adaptada, mal registrava
os contornos da grande multidão, mas podiam-se ouvir com precisão palavras e
gritos, rogativas ardentes e desconsoladores apelos... Era o Parlatório da
Mansão, aonde comparecem grandes fileiras de almas sinceras e sofredoras, porém
envolvidas em profundo desespero, a inibir-lhes as vantagens da oração
pacífica... Silas comentou: "Neste grande recinto, dedicado à palavra
livre, encontramos realmente a nossa divisa vibratória... Além dele, é a dor
inconformada e terrível, gerando monstruosidade e desequilíbrio a exprimirem o
inferno da interpretação religiosa comum; no entanto, muros a dentro de nossa
casa, é a dor paciente e compreensiva, criando renovação e reajuste para o
caminho dos Céus..." (Capítulo 11, pp. 160 a 163.)
Respostas
às questões propostas
A. No
Templo da Mansão uma mulher orava a Maria de Nazaré. Tais rogativas chegam
realmente ao seu destino?
Sim. Segundo
Silas, petições semelhantes a essa elevam-se a planos superiores e aí são
acolhidas pelos emissários de Maria de Nazaré, a fim de serem examinadas e
atendidas, conforme o critério da verdadeira sabedoria. (Ação e
Reação, cap. 11, pp. 157 e 158.)
B. Noutra
prece, uma mulher rogava a proteção de Santa Teresinha de Lisieux. A oração
chegaria até ela?
“Como não?”,
disse Silas. "Depois da morte do corpo – acentuou o Assistente –, as
criaturas efetivamente santificadas encontram as mais altas quotas de serviço,
na expansão da luz ou da caridade, do conhecimento ou da virtude, de que se
fizeram a fonte viva de inspiração, quando no aprendizado humano. O céu
beatífico e estanque existe apenas na mente ociosa daqueles que pretendem
progresso sem trabalho e paz sem esforço. Tudo é criação, beleza,
aprimoramento, alegria e luz incessantes na obra de Deus, a expressar-se,
divina e infinita, através daqueles que se elevam para o Infinito Amor. Assim,
pois, o coração que deixe na Terra uma sementeira de fé e abnegação passa a
nutrir, do plano espiritual, a lavoura das ideias e dos exemplos que legou aos
irmãos de luta evolutiva, lavoura essa que se expande naqueles que lhe
continuam o ministério sagrado, crescendo, assim, em trabalho e influência
para o bem, no setor de ação iluminativa e santificante que o Senhor lhe
confia." (Obra citada, cap. 11, pp. 159 e 160.)
C. Como o
Dr. Bezerra de Menezes pode atender tantas pessoas ao mesmo tempo?
O fato é
assim explicado por Silas: "Com mais de cinquenta anos consecutivos de
serviço à Causa Espírita, depois de desencarnado, Adolfo Bezerra de Menezes fez
jus à formação de extensa equipe de colaboradores que lhe servem à bandeira de
caridade. Centenas de Espíritos estudiosos e benevolentes obedecem-lhe às
diretrizes na lavoura do bem, na qual opera ele em nome do Cristo".
Hilário observou que, desse modo, era fácil compreendê-lo agindo em tantos
lugares ao mesmo tempo... "Perfeitamente", concordou Silas.
"Como acontece na radiofonia, em que uma estação emissora está para os
postos de recepção, assim qual uma só cabeça pensante para milhões de braços,
um grande missionário da luz, em ação no bem, pode refletir-se em dezenas ou
centenas de companheiros que lhe acatam a orientação no trabalho ajustado aos
desígnios do Senhor. Bezerra de Menezes, invocado carinhosamente, em tantas
instituições e lares espíritas, ajuda em todos eles, pessoalmente ou por
intermédio das entidades que o representam com extrema fidelidade." (Obra
citada, cap. 11, pp. 160 a
163.)
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