terça-feira, 12 de julho de 2016

Contos e crônicas



A bondade na face do amor

CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR

Por causa, muitas vezes, da vaidade ou do seu irmão, o orgulho, inúmeros corações pensam que se forem bons isso poderá parecer que são fracos ou tolos. Completo equívoco, pois a bondade é o primeiro sintoma do amor e este é o maior gesto de sabedoria.
Se podemos levar em nossa partida somente aquilo que cabe no coração, então que sejam as melhores maletinhas das boas ações e elevados sentimentos. Lembremo-nos de que o que fizermos ou sentirmos, a maior parte sempre ficará conosco, lei natural da vida; portanto, se formos bons para a vida, em seu aspecto mais amplo, ou seja, com as pessoas, os animais, as plantas, o globo, seremos ainda melhores conosco.
Os gestos nobres são os mais corajosos; os rudes e insensatos são os de pequenez comprovada. Aos olhos do alto, a bondade é a admissão para mundos mais elevados onde a paz é o aspecto agradável e constante. E ser bom não demanda tempo muito menos esforço, apenas consiste na vontade de assimilação de que existe somente um verdadeiro caminho que conduz ao bem e ao progresso. Outros, aliás, inúmeros outros caminhos existem, porém, inteiramente feitos de ilusão ocasionando sofrimento.
A bondade pulsa em pequeninas atitudes, em momentos tênues e inesperados, sem muita programação, pois a partir da compreensão dessa magnífica energia, a espontaneidade será natural em inúmeros acontecimentos comuns. Não haverá nenhuma dificuldade em desejar bons fluidos a outrem; em ajudar com pequenos atos ou ações imensuráveis; em ouvir quem muito precisa falar; em se pôr no lugar de alguém que sofre; em repartir o pouco ou muito com quem nada possui; em proteger a criatura que apresenta mais debilidade; em ser mais do todo do que individual; em preferir a felicidade de muitos corações à de escolhidos e poucos; em realizar muitos atos benfazejos para a sensação coletiva de bem-estar. Há tantas maneiras de bondade.
Nenhuma realização bondosa se perde, pode ser feita no fundo do mar, ou no meio da floresta, no labirinto do deserto, ou na distância do horizonte. O que for bondade sempre se firmará e se expandirá a distantes raios e triplicará por meio dos laços entre as pessoas, pois quando ocorre uma ação bondosa, todos os que receberam de forma direta ou não tendem a agradecer e a emitir bons sentimentos. E se a maior parte do ato bondoso fica com o seu realizador, esse é outro reforço para não deixar de fazer, caso a consciência completa da importância desse ato ainda não se verifique.
Portanto, sempre é tempo para a bondade, pois, com ela, nasce o brilho feliz da leveza, da cura, do progresso e o mais notável: o brilho do amor.
Ser bom simplesmente é compreender a verdadeira essência da vida de que somos uma família em várias moradas de acordo com o nível de evolução. E se alguns irmãos ainda não assimilaram esse nobre conteúdo, que possam quanto antes entendê-lo e ser os primeiros beneficiados.
Lembremo-nos sempre de que os grandes atos são enlaçados pelos mais refinados sentimentos e revestidos pelo confortante abraço da bondade e que ser bom ainda é desejar o coração leve, em paz e com o amoroso dever cumprido de enxergar no próximo a continuação de si mesmo.

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