No celeiro da prece
Múcio Teixeira
Nevoeiro...
Torpor... Eis que a treva se adensa.
E na senda abismal,
sem luz que a reconforte,
Vagueia a multidão
dos viajores da morte,
Sob rude aquilão na
treva espessa e imensa.
Trazem na mente em
sombra a insensatez sem norte,
O vício, a usura, a
inveja, a maldade e a descrença,
O desencanto, o
fel... e tudo o que condensa
A dor de quem viveu
no escárnio à própria sorte.
Irmãos que partilhais
os dons da escola humana,
Vinde à prece e
ajudai a triste caravana
Em desesperação no
caminho inseguro!...
E aprendei, desde
agora, a servir cada instante,
Preparando no bem
luminoso e incessante
A glória do presente
e a ascensão do futuro.
Do livro Vozes do Grande Além, obra mediúnica
recebida psicofonicamente pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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