Penas e gozos
futuros:
duração das penas
Este
é o módulo 18 de uma série que esperamos sirva aos neófitos como iniciação ao
estudo da doutrina espírita. Cada módulo compõe-se de duas partes: 1) questões
para debate; 2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões
apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para leitura.
Questões para debate
1. Existem realmente
o céu e o inferno?
2. Que podemos
entender por inferno?
3. Como podemos
sintetizar em poucas palavras a chamada lei de causa e efeito?
4. Quando alguém
prejudica outra pessoa, basta-lhe o arrependimento para merecer o perdão do
Senhor?
5. Três princípios
resumem o código penal da vida futura, conforme os ensinamentos espíritas. Quais
são eles?
Texto para leitura
O céu e o inferno
1. O conceito de céu
e de inferno sofreu grande transformação com o advento da Doutrina Espírita.
Não se traduz mais por regiões circunscritas de beatífica felicidade ou de
sofrimentos atrozes e eternos, respectivamente. Aprendemos que céu e inferno,
em essência, são um estado de alma que varia conforme a visão interior de cada
um.
2. O dogma da
eternidade absoluta das penas é – como é fácil entender – incompatível com o
progresso dos Espíritos, ao qual ele opõe uma barreira insuperável. Conforme o
ensino espírita, o homem é filho de suas próprias obras, seja na existência
corporal, seja na vida post mortem,
nada devendo ao favor do Pai, que o recompensa pelos esforços que faz e o pune
por sua negligência, pelo tempo em que nisso persistir.
3. Inferno pode-se
traduzir por uma vida de provações extremamente dolorosa, com a incerteza de
haver outra melhor. Portanto, a felicidade ou infelicidade após a desencarnação
é inerente ao grau de aperfeiçoamento moral de cada Espírito e, também, à
categoria do mundo que habita.
A lei de causa e efeito
4. As penas ou
sofrimentos que cada um experimenta são dores morais e estão em relação com os
atos praticados. Não existem recompensa e sofrimento gratuitos, obtidos sem
mérito, mas sim a aplicação da lei de causa e efeito.
5. A alma ou
Espírito sofre na vida espiritual as consequências de todas as imperfeições que
não conseguiu corrigir na existência corporal. A completa felicidade prende-se
à perfeição, isto é, à purificação completa do Espírito. Toda imperfeição é,
por sua vez, causa de sofrimento e de privação de gozo, do mesmo modo que toda
perfeição adquirida é fonte de gozo e atenuante de sofrimentos.
6. Deus faculta a
todos os Espíritos os meios de aprimoramento moral e intelectual, oferecendo-lhes
em cada encarnação a possibilidade de uma programação reencarnatória coerente, na
qual a criatura humana terá chances de progredir e de expiar as faltas
cometidas em existências anteriores.
7. A expiação
pressupõe resgate, quitação, ajuste de erros, e varia segundo a natureza e o
grau da falta, podendo a mesma falta determinar expiações diversas, na conformidade
das circunstâncias atenuantes ou agravantes em que for cometida.
8. O arrependimento
é o primeiro passo para a regeneração, mas não basta por si mesmo. É preciso
ainda a expiação e a reparação.
9. Arrependimento,
expiação e reparação constituem, portanto, as três condições necessárias para
apagar os traços de uma falta e suas consequências.
10. O arrependimento
suaviza os travos da expiação, abrindo pela esperança o caminho da
reabilitação. Somente a reparação, porém, pode anular o efeito destruindo-lhe a
causa. Se as coisas não fossem assim, o perdão concedido seria uma graça, não
uma anulação.
11. A reparação
consiste em fazer o bem àqueles a quem se fez o mal. Quem não repara seus erros
numa existência, por fraqueza ou má vontade, achar-se-á numa existência
posterior em contato com as mesmas pessoas a quem prejudicou em vidas
pretéritas, em condições voluntariamente escolhidas, de modo a demonstrar-lhes
reconhecimento e fazer-lhes tanto bem quanto mal lhes tenha feito.
O código penal da vida futura
12. Toda conquista
na evolução é o resultado natural de muito trabalho, porque o progresso tem
preço. Tarefa adiada é luta maior e toda atitude negativa, hoje, diante do mal,
será juro de mora ao mal de amanhã.
13. Concluindo, em
que pese a diversidade de gêneros e graus de sofrimento dos Espíritos
imperfeitos, o código penal da vida futura, elaborado por Allan Kardec com base
nos ensinamentos dos Espíritos Superiores, pode resumir-se nestes três
princípios:
1º – O sofrimento é
inerente à imperfeição.
2º – Toda
imperfeição, assim como toda falta dela promanada, traz consigo o próprio
castigo nas suas consequências naturais e inevitáveis. Assim, a moléstia pune
os excessos e da ociosidade nasce o tédio, sem que seja necessária uma
condenação especial para cada falta ou indivíduo.
3º – Podendo todo
homem libertar-se das imperfeições por efeito da vontade, pode igualmente
anular os males consecutivos e assegurar sua futura felicidade.
14. A cada um
segundo as suas obras, seja no céu ou na Terra – tal é a lei que rege a Justiça
Divina e que Jesus sintetizou com perfeição em duas lições inesquecíveis: “A
cada um segundo o seu merecimento” e “Quem matar com a espada perecerá pela
espada”.
Respostas às questões propostas
1. Existem realmente o céu e o inferno?
Não. O conceito de
céu e de inferno sofreu grande transformação com o advento da Doutrina
Espírita. Não se traduz mais por regiões circunscritas de beatífica felicidade
ou de sofrimentos atrozes e eternos, respectivamente. Céu e inferno, em
essência, são um estado de alma que varia conforme a visão interior de cada um.
2. Que podemos entender por inferno?
Inferno pode-se
traduzir por uma vida de provações extremamente dolorosa, com a incerteza de
haver outra melhor. A infelicidade após a desencarnação é inerente ao grau de
aperfeiçoamento moral de cada Espírito e, também, à categoria do mundo que habita.
3. Como podemos sintetizar em poucas palavras a chamada
lei de causa e efeito?
A cada um segundo as
suas obras, seja no céu ou na Terra – tal é a lei que rege a Justiça Divina que
Jesus sintetizou com perfeição em duas lições inesquecíveis: “A cada um segundo
o seu merecimento” e “Quem matar com a espada perecerá pela espada”. As penas
ou sofrimentos que cada um experimenta são dores morais e estão em relação com
os atos praticados. Não existem recompensa e sofrimento gratuitos.
4. Quando alguém prejudica outra pessoa, basta-lhe o
arrependimento para merecer o perdão do Senhor?
Não. O
arrependimento é o primeiro passo para a regeneração, mas não basta por si
mesmo. É preciso ainda a expiação e a reparação. Arrependimento, expiação e
reparação constituem, portanto, as três condições necessárias para apagar os
traços de uma falta e suas consequências.
5. Três princípios resumem o código penal da vida futura,
conforme os ensinamentos espíritas. Quais são eles?
Ei-los: 1º – O
sofrimento é inerente à imperfeição. 2º – Toda imperfeição, assim como toda
falta dela promanada, traz consigo o próprio castigo nas suas consequências
naturais e inevitáveis. Assim, a moléstia pune os excessos e da ociosidade
nasce o tédio, sem que seja necessária uma condenação especial para cada falta
ou indivíduo. 3º – Podendo todo homem libertar-se das imperfeições por efeito
da vontade, pode igualmente anular os males consecutivos e assegurar sua futura
felicidade.
Nota:
Eis
os links que remetem aos 4 últimos textos:
Módulo 14 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/02/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita_9.html
Módulo 15 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/02/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita_16.html
Módulo 16 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/02/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita_23.html
Módulo 17 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/03/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita.html
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