Cristianismo e
Espiritismo
Léon Denis
Parte 14
Continuamos o estudo do livro Cristianismo e Espiritismo, que estamos realizando com base na 6ª
edição publicada pela Federação Espírita Brasileira, tradução de Leopoldo
Cirne.
Esperamos que este estudo constitua para o leitor uma forma
de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas
encontram-se no final do texto indicado para leitura.
Questões preliminares
A. Como se processa a evolução do homem?
B. Como é a vida no plano espiritual das pessoas inclinadas
à materialidade?
C. Por que, na condição de encarnado, o Espírito esquece
suas existências passadas?
Texto para leitura
179. A evolução se efetua, alternadamente, no espaço e na
superfície dos mundos, através de inúmeras etapas, ligadas entre si pela lei de
causa e efeito. A vida presente é, para cada qual, a herança do passado e a
gestação do futuro. É uma escola e um campo de trabalho; a vida no espaço que
lhe sucede é a sua resultante. (P. 220)
180. Para as almas inclinadas à materialidade, a vida no
espaço é uma vida de privações e misérias. Depois de um estágio de repouso no
espaço, a alma renasce na condição humana, trazendo as reservas e aquisições
das vidas pregressas. Desse modo se explicam as desigualdades morais e
intelectuais que diferenciam os habitantes do nosso mundo. (PP. 220 e 221)
181. Cada ser humano, regressando a este mundo, perde a
lembrança do passado; este, fixado no perispírito, desaparece momentaneamente
sob o invólucro carnal. Há nisso uma necessidade física e uma necessidade
moral, porque a recordação das vidas precedentes causaria, neste mundo, as mais
graves perturbações. Os criminosos seriam reconhecidos, repudiados, desprezados
e ficariam, eles próprios, aterrados e como que hipnotizados por suas
recordações. (PP. 222 e 223)
182. O conhecimento do passado perpetuaria em nós não
somente a sucessão dos fatos, como também os hábitos rotineiros, as opiniões
acanhadas, as manias pueris, obstinadas, peculiares às diversas épocas e que
estorvam o progresso. (P. 223)
183. O mal não é mais que um efeito de contraste; não tem
existência própria. O mal é, para o bem, o que a sombra é para a luz, que só
apreciamos depois de havermos sido dela privados. (P. 227)
184. Deus, em sua pura essência, dizem os Espíritos, é qual
oceano de chamas. Deus não tem forma, mas pode revestir uma para aparecer às
almas elevadas. É a recompensa concedida às grandes dedicações, mas a sua
majestade é de tal ordem, que os Espíritos mais puros mal lhe podem suportar o
brilho. (P. 233)
185. O ensino espírita pode satisfazer a todos, aos mais
aprimorados Espíritos, como aos mais modestos, mas dirige-se principalmente aos
que sofrem, aos que vergam ao peso de rude labor ou de dolorosas provações. (P.
236)
186. “A crença na imortalidade – disse Platão – é o laço de
toda a sociedade; despedaçai esse laço e a sociedade se dissolverá.” (P. 238) (Continua na próxima edição.)
Respostas às
questões preliminares
A. Como se
processa a evolução do homem?
A evolução humana se efetua, alternadamente, no espaço e na
superfície dos mundos, através de inúmeras etapas, ligadas entre si pela lei de
causa e efeito. A vida presente é, para cada qual, a herança do passado e a
gestação do futuro. É uma escola e um campo de trabalho; a vida no espaço que
lhe sucede é a sua resultante. (Cristianismo
e Espiritismo, cap. X, p. 220.)
B. Como é a
vida no plano espiritual das pessoas inclinadas à materialidade?
Para essas almas, a vida no espaço é cheia de privações e
misérias. Depois de um estágio de repouso no espaço, elas renascem na condição
humana, trazendo as reservas e aquisições das vidas pregressas. É desse modo
que se explicam as desigualdades morais e intelectuais que diferenciam os
habitantes do nosso mundo. (Obra citada, cap. X, pp. 220 e 221.)
C. Por que, na
condição de encarnado, o Espírito esquece suas existências passadas?
Há nisso uma necessidade física e uma necessidade moral,
visto que a recordação das vidas precedentes causaria, neste mundo, as mais
graves perturbações. Os criminosos seriam reconhecidos, repudiados, desprezados
e ficariam, eles próprios, aterrados e como que hipnotizados por suas
recordações. O conhecimento do passado perpetuaria em nós não somente a
sucessão dos fatos, como também os hábitos rotineiros, as opiniões acanhadas,
as manias pueris, obstinadas, peculiares às diversas épocas e que estorvam o
progresso. (Obra citada, cap. X, pp. 222 e 223.)
Nota:
Para ver os três últimos textos, clique
nos links abaixo:
Parte 11 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2018/02/cristianismo-eespiritismo-leon-denis.html
Parte 12 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2018/02/cristianismo-eespiritismo-leon-denis_9.html
Parte 13 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2018/02/cristianismo-eespiritismo-leon-denis_16.html
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