quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018





Ocupações e missões
dos Espíritos

Este é o módulo 67 de uma série que esperamos sirva aos neófitos como iniciação ao estudo da doutrina espírita. Cada módulo compõe-se de duas partes: 1) questões para debate; 2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para leitura. 

Questões para debate

1. É correto dizer que todos os Espíritos têm ocupações a desempenhar?
2. Há na erraticidade Espíritos que não se ocupam de coisa alguma?
3. As missões dos Espíritos têm sempre por objetivo o bem?
4. A quem são confiadas as missões mais importantes?
5. O Espírito encarnado tem deveres com relação à obra geral, ou essa tarefa pertence apenas aos desencarnados?

Texto para leitura

A ocupação dos Espíritos é contínua, mas não penosa
1. Os Espíritos têm ocupações e missões a desempenhar. Além do trabalho de se melhorarem pessoalmente, incumbe-lhes executar a vontade de Deus, concorrendo, assim, para a harmonia do Universo. A ocupação dos Espíritos é contínua, mas essa ação nada tem de penosa, uma vez que não estão sujeitos à fadiga nem às necessidades próprias da vida terrena.
2. Os Espíritos inferiores e imperfeitos também desempenham funções úteis no Universo, embora muitas vezes não se apercebam disso. Todos têm, como se vê, deveres a cumprir.
3. Devem os Espíritos percorrer todos os graus da escala evolutiva, para se aperfeiçoarem. Desse modo, todos devem habitar em toda parte e adquirir o conhecimento de todas as coisas. Há, porém, tempo para tudo. A experiência e o aprendizado pelo qual um Espírito está passando hoje, um outro já passou e outro ainda passará.
4. Há Espíritos que não se ocupam de coisa alguma, conservando-se totalmente ociosos. Esse é, porém, um estado temporário, pois cedo ou tarde o desejo de progredir os impulsiona para uma atividade, tornando-os felizes por se sentirem úteis.

Os gêneros de missões são muitos e variados
5. As missões dos Espíritos têm sempre por objetivo o bem. Estando encarnados ou desencarnados, são eles incumbidos de auxiliar o progresso da Humanidade, dos povos ou dos indivíduos, dentro de um círculo de ideias mais ou menos amplas, mais ou menos especiais, e de velar pela execução de determinadas coisas. Alguns desempenham missões mais restritas e, de certo modo, pessoais ou inteiramente locais, como assistir os enfermos, os agonizantes, os aflitos, velar por aqueles de quem se constituíram guias e protetores, dirigi-los, dando-lhes conselhos ou inspirando-lhes bons pensamentos. Existem tantos gêneros de missões quantas as espécies de interesses a resguardar, tanto no mundo físico como no moral, e o Espírito se adianta conforme a maneira pela qual desempenha sua tarefa.
6. Os Espíritos se ocupam com as coisas do nosso mundo de acordo com o grau de evolução em que se acham. Os superiores só se ocupam com o que seja útil ao progresso. Os inferiores se ligam mais às coisas materiais e delas se ocupam.
7. A felicidade dos Espíritos bem-aventurados não consiste na ociosidade contemplativa, que seria uma eterna e fastidiosa inutilidade. Suas atribuições são proporcionadas ao seu grau evolutivo, às luzes que possuem, à sua capacidade, experiência e ao grau de confiança que inspiram ao Supremo Criador.
8. Nem favores, nem privilégios que não sejam o prêmio ao mérito – tudo é medido e pesado na balança da mais estrita justiça. As missões mais importantes são confiadas somente àqueles que Deus julga capazes de cumpri-las e incapazes de desfalecimento ou comprometimento.

Em toda parte a atividade dos Espíritos é constante
9. Ao lado das grandes missões confiadas aos Espíritos superiores, existem outras de importância relativa em todos os graus, concedidas a Espíritos de todas as categorias, podendo afirmar-se que cada encarnado tem a sua, isto é, deveres a preencher a bem do semelhante, desde o chefe de família, a quem incumbe o progresso dos filhos, até o homem de gênio, que lança às sociedades novos germens de progresso.
10. É nas missões secundárias que se verificam desfalecimentos, prevaricações e renúncias que prejudicam o indivíduo sem afetar o todo.
11. Por toda a parte a atividade é constante, da base ao ápice da escala, o que lhes enseja oportunidade de instruir-se e, dando-se as mãos, alcançar a meta, que é para todos a perfeição.
12. Podemos, assim, afirmar com segurança – com base nas informações dos Espíritos – que todas as inteligências concorrem para a obra geral, qualquer que seja o seu grau evolutivo, cada qual na medida de suas forças, esteja no estado de encarnado ou de Espírito livre.

Respostas às questões propostas

1. É correto dizer que todos os Espíritos têm ocupações a desempenhar?
Sim. Além do trabalho de se melhorarem pessoalmente, incumbe-lhes executar a vontade de Deus, concorrendo, assim, para a harmonia do Universo. Os Espíritos inferiores e imperfeitos também desempenham funções úteis no Universo, embora muitas vezes não se apercebam disso. Todos têm, como se vê, deveres a cumprir.
2. Há na erraticidade Espíritos que não se ocupam de coisa alguma?
Sim. Existem Espíritos que não se ocupam de coisa alguma, conservando-se totalmente ociosos. Esse é, porém, um estado temporário, pois cedo ou tarde o desejo de progredir os impulsiona para uma atividade, tornando-os felizes por se sentirem úteis.
3. As missões dos Espíritos têm sempre por objetivo o bem?
Sim. Encarnados ou desencarnados, são eles incumbidos de auxiliar o progresso da Humanidade, dos povos ou dos indivíduos, dentro de um círculo de ideias mais ou menos amplas, mais ou menos especiais, e de velar pela execução de determinadas coisas. 
4. A quem são confiadas as missões mais importantes?
As missões mais importantes são confiadas somente àqueles que Deus julga capazes de cumpri-las e incapazes de desfalecimento ou comprometimento.
5. O Espírito encarnado tem deveres com relação à obra geral, ou essa tarefa pertence apenas aos desencarnados?
Todas as inteligências devem concorrer para a obra geral, qualquer que seja o seu grau evolutivo, cada qual na medida de suas forças, esteja no estado de encarnado ou de Espírito livre.

Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 558, 563, 569 e 584. 
O Céu e o Inferno, de Allan Kardec, Primeira Parte, itens 12 a 15.

Nota:
Eis os links que remetem aos 3 últimos textos:




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