sexta-feira, 17 de maio de 2019






O Tesouro dos Espíritas

Miguel Vives y Vives

Parte 11

Damos sequência ao estudo do clássico O Tesouro dos Espíritas, de Miguel Vives y Vives, que está sendo aqui estudado em 16 partes, com base na tradução de J. Herculano Pires, conforme a 6ª edição publicada pela Edicel.
Nosso objetivo é que este estudo possa servir para o leitor como uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte do estudo compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas às questões propostas encontram-se no final do texto abaixo. 

Questões preliminares

A. Como deveremos agir se as angústias da vida nos perseguirem?
B. Em que nível evolutivo nós, os espíritas, nos encontramos?
C. Em face de alguma paixão ou vício que nos pode levar à queda, como proceder?

Texto para leitura

126. Se assim fizermos, poderemos repetir as palavras de um grande escritor da antiguidade: Quando resistimos à tentação, ela é a formiga do leão; mas quando nos entregamos, ela é o leão da formiga; sejamos sempre o leão, e a tentação a formiga, que nada teremos a temer. (P. 135)
127. Se algum dia as angústias da vida nos perseguirem, não olvidemos as palavras do Mestre: Bem-aventurados os que sofrem, pois deles será o Reino dos Céus, lembrando que a existência terrena não é mais do que um sopro, um período curtíssimo de nossa existência universal, e que, pelos dias e as noites que sofrermos na Terra, teremos mil anos de repouso e felicidade. (P. 136)
128. Ao irmão angustiado pela tentação, aconselha-se ainda que procure um confrade digno de confiança que possa ouvi-lo e ajudá-lo. As pessoas consultadas podem ser o diretor do Centro ou o dirigente das reuniões, os quais deverão ser prudentes, misericordiosos, caritativos, meigos no falar e no agir, capazes de toda a abnegação, amando a Deus e submissos ao Senhor e às suas leis. Para isso, é necessário haver entre os espíritas pessoas experientes na prática das virtudes, da caridade, do amor ao próximo, da adoração ao Pai e da veneração ao Senhor, porque só assim esses irmãos terão luz suficiente para atender o necessitado da orientação buscada. (PP. 137 e 138)
129. Para que todos sejamos felizes, temos de ajustar-nos à lei, à harmonia e à ordem; dessa maneira, para onde formos, levaremos ordem e harmonia e os que viverem conosco levarão harmonia e ordem, e assim seremos felizes. (P. 141)
130. A lei divina e universal está demonstrada e explicada pelo Espiritismo; por isso dizemos: Nós, espíritas, temos um tesouro em nossas mãos. “É preciso acentuar isto – diz Miguel Vives – porque nem todos estão  em condições  de  compreender o Espiritismo, e menos ainda de praticá-lo.” (P. 141)
131. Nós, os espíritas, estamos ainda no nível comum das criaturas. Primeiro, dominou-nos o instinto; depois, as paixões; logo, os vícios; e através de grandes lutas chegamos a merecer que nos contassem no seio do Espiritismo. Temos, porém, de considerar que do instinto, das paixões e dos vícios sobraram-nos resíduos, que teremos de erradicar, para podermos possuir este tesouro. (P. 142)
132. O caminho que pode levar-nos à realização do progresso e à felicidade é o Espiritismo, que nos alforria de todas as dúvidas, liberta-nos de todos os erros, ilumina-nos a inteligência e fortalece-nos o espírito na luta contra toda a preocupação. Se o espírita não for indolente, pode realizar tudo quanto deseja para o seu bem. (PP. 142 e 143)
133. A extinção completa dos resíduos que nos ficaram dos instintos, das paixões e dos vícios é um trabalho de gigante. É por isso que todo espírita deve estudar-se a si mesmo, para conhecer-se, o que não é muito fácil. (P. 143)
134. O espírita deve observar se facilmente se ofende por qualquer contrariedade ou palavra que o mortifique. Se isso acontece, é que o amor-próprio desmedido, sinônimo de vaidade, está enraizado em seu espírito. Deve então dirigir toda a atenção em pôr às claras essa tendência ou instinto e, a seguir, submeter-se às humilhações, evitando que estas o magoem, prosseguindo na prática até aprender a sofrer desprezos e desenganos sem perder a serenidade. (P. 143)
135. Se o espírita sente que possui alguma paixão ou vício que o pode levar à queda, terá de ser valente e, mesmo que lhe custe a vida, terá de cortá-los pela raiz, porque mais vale sofrer muito para aniquilar um vício e adquirir uma virtude do que nada sofrer dando rédeas à paixão. Aqui está o trabalho de gigante do espírita, porque, quando quer enfrentar o passado, o espírito do mal resiste e tudo faz para não deixar escapar a presa, valendo-se de todos os meios, até mesmo dos sonhos, para emboscá-lo. (P. 144)
136. Quanto aos pequenos defeitos e dificuldades da vida, vale muito a prática constante da virtude, da abnegação e da caridade. Como sabemos, o espírita não deve ser impertinente, nem ter mau gênio, nem ser precipitado, nem murmurar, mas há de ser paciente, amável, serviçal, saber perdoar as faltas alheias e procurar o bem de seus subordinados. (P. 145)
137. Deve, assim, criar uma auréola de boa influência e de confiança, consolar os que sofrem, até onde suas forças o permitam, para o que será indispensável a proteção dos Benfeitores espirituais, de cuja ajuda não podemos duvidar. (PP. 145 e 146)

Respostas às questões preliminares

A. Como deveremos agir se as angústias da vida nos perseguirem?
Primeiramente, não olvidemos as palavras do Mestre: Bem-aventurados os que sofrem, pois deles será o Reino dos Céus, lembrando que a existência terrena não é mais do que um sopro, um período curtíssimo de nossa existência universal, e que, pelos dias e noites que sofrermos na Terra, teremos mil anos de repouso e felicidade. Ao irmão angustiado pela tentação, aconselha-se ainda que procure um confrade digno de confiança que possa ouvi-lo e ajudá-lo. As pessoas consultadas podem ser o diretor do Centro ou o dirigente das reuniões, os quais deverão ser prudentes, misericordiosos, caritativos, meigos no falar e no agir, capazes de toda a abnegação, amando a Deus e submissos ao Senhor e às suas leis. (O Tesouro dos Espíritas, 1ª Parte, Guia Prático para a Vida Espírita, pp. 136 a 138.)
B. Em que nível evolutivo nós, os espíritas, nos encontramos?
Segundo Miguel Vives, nós estamos ainda no nível comum das criaturas. Primeiro, dominou-nos o instinto; depois, as paixões; logo, os vícios; e através de grandes lutas chegamos a merecer que nos contassem no seio do Espiritismo. Temos, porém, de considerar que do instinto, das paixões e dos vícios sobraram-nos resíduos, que teremos de erradicar, para podermos possuir este tesouro. “É preciso – disse Miguel Vives – acentuar isto, porque nem todos estão em condições de compreender o Espiritismo, e menos ainda de praticá-lo.” (Obra citada, pp. 141 e 142.)
C. Em face de alguma paixão ou vício que nos pode levar à queda, como proceder?
Diante dessa situação, teremos de ser valentes e cortá-los pela raiz, porque mais vale sofrer muito para aniquilar um vício e adquirir uma virtude do que nada sofrer dando rédeas à paixão. Aqui está o trabalho de gigante do espírita, porque, quando quer enfrentar o passado, o espírito do mal resiste e tudo faz para não deixar escapar a presa, valendo-se de todos os meios, até mesmo dos sonhos, para emboscá-lo. (Obra citada, pp. 144 e 145.)

Observação:
Eis os links que remetem aos textos anteriores:




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