O Tesouro dos
Espíritas
Miguel Vives y Vives
Parte 12
Damos sequência ao estudo do clássico O Tesouro dos Espíritas, de Miguel Vives y Vives, que está sendo
aqui estudado em 16 partes, com base na tradução de J. Herculano Pires,
conforme a 6ª edição publicada pela Edicel.
Nosso objetivo é que este estudo possa servir para o leitor
como uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte do estudo compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas às questões propostas encontram-se no final do
texto abaixo.
Questões preliminares
A. Que conselho Miguel Vives dá aos jovens espíritas?
B. Que disse Teresa de Ávila (Espírito) a Miguel Vives?
C. Que ocorre com quem foi na Terra egoísta e avaro, que
tudo desejou no mundo e não foi misericordioso nem virtuoso?
Texto para
leitura
138. Muito poderemos fazer se tivermos vontade. “Não deveis
olvidar - diz Miguel Vives - que os que foram contados para este apostolado do
Espiritismo são distinguidos pelo Alto.” (P. 147)
139. Destacando o papel dos jovens espíritas, a quem ele fala:
“Sereis os mestres espíritas do futuro”, Miguel Vives adverte: “se quereis ser
bons mestres no futuro, sede agora bons discípulos, até que a Providência vos
chame a desempenhar mais alta missão”. (PP. 147 e 148)
140. Quando tivermos diante de nós o chamado do Espiritismo
para o seu serviço, devemos aceitá-lo com gosto, recomenda Miguel Vives. “Não
olheis para trás, nem para o que vos prejudica, porque às vezes, ao começar o
desempenho de tão útil missão, faz-se presente a cruz, pois há de carregá-la
quem tenha a missão de ensinar e conduzir os seus irmãos.” (P. 150)
141. Incentivando jovens e velhos a aceitar os encargos que
lhes sejam oferecidos, Vives é categórico: “Todo o tempo que se passa na Terra,
e que não serviu para o adiantamento do nosso espírito, é tempo perdido”. (PP.
151 e 152)
142. A reverência a Deus, nosso Pai, é uma constante também
nas recomendações do autor, que adverte: “Tudo quanto tendes, sois e possuís,
deveis a Deus, o Pai infalível e universal, autor de toda a Criação.
Portai-vos, pois, como bons filhos”. (P. 152)
143. Jesus é tratado por Miguel Vives com o respeito que
ele merece. “Lembrai-vos, diz ele, que o maior dos irmãos, que é o Mestre
Sublime, o Senhor dos Senhores, antes que vós o conhecêsseis, antes que lhe
désseis atenção, quando estávamos todos perdidos em veleidades e caprichos,
deixou a Morada da Luz, afastou-se da felicidade e desceu para sofrer a
brutalidade humana.” (P. 154)
144. Aos futuros mestres, Miguel Vives aconselha tomar por
Mestre o Senhor: “Segui-o e amai-o muito, porque sem abnegação e sacrifício não
podereis entrar no Reino de Deus. E, quando chegarem as horas de grandes
provas, se o tomardes por Mestre, não ficareis órfãos da sua proteção”. (P.
154)
145. Jesus veio bem antes, para preparar os que deviam
passar pelo sacrifício. E, depois do sacrifício, ficou, para guiar-nos no
caminho. “Não o duvideis, jovens espíritas, o Senhor paira acima do apostolado
espírita e se serve de todos os que amam e praticam a lei com justiça.” (PP.
154 e 155)
146. No último capítulo de seu livro, Miguel Vives deixa
claro que a obra por ele assinada foi, na verdade, um trabalho dos Espíritos,
que o inspiraram para elaborar os conselhos dirigidos aos irmãos espíritas. “Se
eu – diz Vives – não pude ser fiel, se procedi como um mau intérprete dos
irmãos que vivem na vida livre do espaço, este será um trabalho inútil. Não
obstante, suplico: se neste trabalho houver algo de bom, que seja aproveitado,
por ser obra dos seres de além-túmulo, aos quais devemos ser agradecidos. Eles
não têm culpa se eu fui um mau intérprete, e, além do mais, ignorante.” (PP.
157 e 158)
147. Estando o médium em oração, apareceu-lhe Teresa de
Ávila, muito formosa, que lhe disse: “Segundo as virtudes que praticardes na
vida terrena, vivereis num estado mais feliz ou mais desgraçado no Espaço.
Aquele que, na Terra, foi virtuoso, caridoso, compadecido, resignado e amoroso,
quando deixa este mundo é semelhante ao viajor que empreende a sua viagem num
dia primaveril. À medida que avança no seu caminho, o sol vai subindo majestoso
no espaço e a sua viagem transborda de luz e formosura. Porque o espírito que
se conduz bem, ao deixar a Terra, vai abrindo as suas faculdades à luz. E
quando desperta, encontra-se em plena luz...” (PP. 160 e 161)
148. O oposto se dá com quem foi, na Terra, egoísta e avaro,
que tudo desejou no mundo, que não foi misericordioso, nem virtuoso. Esse
Espírito entra no mundo espiritual quando o sol se encontra no ocaso. “À medida
que vai despertando, as trevas aumentam e, quando está completamente acordado,
tudo ao seu redor é tenebroso e terrível. Quer saber onde está, mas não é possível averiguá-lo. Vai de um
lado para outro, e nada mais encontra, senão trevas, solidão e medo. Tudo, no
espaço, lhe parece lúgubre, e então começa a desesperação.” (P. 161)
149. Concluindo a mensagem, Teresa de Ávila aconselha:
“Habitantes da Terra: apressurai-vos a atrair a luz para vós, através das boas
obras! Modificai vossas vidas, vós, que praticais o mal! Porque, do contrário,
vossa derradeira hora será terrível e vosso despertar horroroso”. (P. 161)
Respostas às
questões preliminares
A. Que conselho
Miguel Vives dá aos jovens espíritas?
Afirmando que os jovens de hoje serão os mestres espíritas
do futuro, Miguel assevera: “se quereis ser bons mestres no futuro, sede agora
bons discípulos, até que a Providência vos chame a desempenhar mais alta
missão”. Quando tivermos diante de nós o chamado do Espiritismo para o seu
serviço, devemos aceitá-lo com gosto. “Todo o tempo que se passa na Terra, e
que não serviu para o adiantamento do nosso espírito, é tempo perdido”. (O Tesouro dos Espíritas, 1ª Parte, Guia
Prático para a Vida Espírita, pp. 147 a 152.)
B. Que disse Teresa
de Ávila (Espírito) a Miguel Vives?
Teresa de Ávila, muito formosa, apareceu-lhe num momento de
prece e disse: “Segundo as virtudes que praticardes na vida terrena, vivereis
num estado mais feliz ou mais desgraçado no Espaço. Aquele que, na Terra, foi
virtuoso, caridoso, compadecido, resignado e amoroso, quando deixa este mundo é
semelhante ao viajor que empreende a sua viagem num dia primaveril. À medida
que avança no seu caminho, o sol vai subindo majestoso no espaço e a sua viagem
transborda de luz e formosura. Porque o espírito que se conduz bem, ao deixar a
Terra, vai abrindo as suas faculdades à luz. E quando desperta, encontra-se em
plena luz...” (Obra citada, pp. 160 e 161.)
C. Que ocorre
com quem foi na Terra egoísta e avaro, que tudo desejou no mundo e não foi
misericordioso nem virtuoso?
Teresa de Ávila diz que tal pessoa entra no mundo
espiritual quando o sol se encontra no ocaso. “À medida que vai despertando, as
trevas aumentam e, quando está completamente acordado, tudo ao seu redor é
tenebroso e terrível. Quer saber onde está, mas não é possível averiguá-lo. Vai
de um lado para outro, e nada mais encontra, senão trevas, solidão e medo.
Tudo, no espaço, lhe parece lúgubre, e então começa a desesperação.” (Obra
citada, pág. 161.)
Observação:
Eis os links que remetem aos
textos anteriores:
Parte 9 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2019/05/o-tesouro-dosespiritas-miguel-vives-y.html
Parte 10 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2019/05/o-tesouro-dosespiritas-miguel-vives-y_10.html
Parte 11 – https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2019/05/o-tesouro-dosespiritas-miguel-vives-y_17.html
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