quinta-feira, 3 de outubro de 2019





O que é o Espiritismo

Allan Kardec

A partir desta data, quando se comemora o aniversário de nascimento de Allan Kardec, faremos neste espaço o estudo – sob a forma dialogada – dos oito principais livros do Codificador do Espiritismo: dois introdutórios, os cinco básicos, popularmente chamados de pentateuco kardequiano, e um complementar. Serão ao todo 1.120 questões objetivas distribuídas em 140 partes, cada qual com oito perguntas e respostas. Os textos serão publicados neste blog sempre às quintas-feiras.
Iniciamos com o livro O que é o Espiritismo, que surgiu em Paris em julho de 1859. As páginas citadas no texto referem-se à 20ª edição publicada pela Federação Espírita Brasileira.

Parte 1

1. Qual foi um dos primeiros resultados obtidos por Allan Kardec em suas observações?
Kardec diz que um dos primeiros resultados que obteve em suas observações foi que os Espíritos não tinham nem a soberana sabedoria, nem a soberana ciência, que o seu saber era limitado ao grau do seu adiantamento e que a opinião deles não tinha senão o valor de uma opinião pessoal. (O que é o Espiritismo, Biografia, p. 17.)
2. Dois pontos muito importantes Kardec destaca no fato das comunicações dos Espíritos. Quais são eles?
O primeiro ponto é que a comunicação dos Espíritos prova a existência de um mundo invisível ambiente. O segundo é que, por meio desse intercâmbio, torna-se possível conhecer o estado desse mundo e seus costumes. (Obra citada, p. 17.)
3. No dia 19 de setembro de 1860, Kardec fez em Lyon, sua cidade natal, pela primeira vez, uma classificação dos espíritas. Segundo esse discurso, como Kardec considerava os espíritas?
Segundo Kardec, havia então três categorias de adeptos: os que procuram, antes de tudo, os fenômenos; os que compreendem o alcance filosófico dos fatos espíritas e admiram a moral que deles decorre, porém não a praticam; e, por fim, os que não se contentam de admirar a moral, mas a praticam, aceitam-lhe as consequências e têm na caridade a regra de sua conduta. Estes últimos são, segundo palavras do Codificador do Espiritismo, os verdadeiros espíritas, ou, melhor, os espíritas cristãos. (Obra citada, pp. 28 e 29.)
4. O ano de 1861 registra um fato marcante nos anais do movimento espírita internacional. Que acontecimento foi esse?
O auto de fé de Barcelona, em que foram queimadas, por ordem do bispo local, trezentas obras espíritas importadas legalmente pelo Sr. Maurice Lachâtre. O fato ocorreu em 9 de outubro de 1861. (Obra citada, pp. 34 e 35.) 
5. Kardec define, em mensagem dirigida aos espíritas lioneses, no início de 1862, a maior qualidade e o pior defeito de um grupo espírita. Quais são eles?
Disse ele que a estabilidade de um grupo requer que nele reine o sentimento fraternal. Todo grupo que se formar sem ter caridade efetiva por base não tem vitalidade. O pior defeito que um grupo pode apresentar é a existência de rivalidade entre seus membros. (Obra citada, Biografia, p. 40.)
6. Qual a definição de Espiritismo dada por Kardec na abertura deste livro?
O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os Espíritos. Como filosofia, compreende todas as consequências morais que dimanam dessas mesmas relações. Segundo Kardec, podemos defini-lo assim: “O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal”. (Obra citada, Preâmbulo, p. 50.)
7. O Espiritismo procura arregimentar adeptos, como certas seitas fazem?
Não. O Espiritismo não procura forçar convicção alguma e é, por isso, contrário a toda atitude proselitista. (Obra citada, capítulo I, Primeiro Diálogo, pág. 52.)
8. As mesas girantes foram importantes e o ponto de partida da codificação do Espiritismo. Por que, então, hoje não mais se realizam tais fenômenos nem se fala delas?
O motivo é fácil de entender. Das mesas girantes saiu uma coisa ainda mais séria: uma ciência completa, uma doutrina filosófica, mostrando que o período da curiosidade teve seu tempo, mas passou. Sucedeu-lhe o período da observação. O Espiritismo entrou, então, no domínio de pessoas mais sérias que não veem nos fatos um objeto de divertimento, mas, sim, um meio de instruir-se. (Obra citada, capítulo I, Primeiro Diálogo, pág. 62.)




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