quarta-feira, 11 de novembro de 2020

 


Entre a Terra e o Céu

 

André Luiz

 

Parte 5

 

Estamos publicando neste espaço o estudo – sob a forma dialogada – de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada Série Nosso Lar.

Concluído o estudo dos seis primeiros livros da Série, damos sequência nesta data ao estudo da sétima obra: Entre a Terra e o Céu, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada originalmente em 1954.

Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado do livro "Entre a Terra e o Céu", para acompanhar, pari passu, o presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#AND e, em seguida, no verbete "Entre a Terra e o Céu".

Eis as questões de hoje:


33. Como o médico do futuro deverá agir para sanar as desarmonias do espírito?

Reportando-se aos esforços de Freud, que assinalou a presença das chagas dolorosas do ser humano, mas não lhes estendeu eficiente bálsamo curativo, o ministro Clarêncio explicou que o médico do porvir, para sanar as desarmonias do espírito, precisará mobilizar o remédio salutar da compreensão e do amor, retirando-o do próprio coração. “Sem mão que ajude, a palavra erudita morre no ar." (Entre a Terra e o Céu, cap. XIII, pp. 83 a 85.)

34. O corpo espiritual modifica-se por força da lembrança do passado?

Sim. Leonardo Pires, ao recordar o passado, teve seu rosto alterado e fez-se mais jovem. Clarêncio explicitou o fenômeno: "Não nos esqueçamos de que temos diante de nós o veículo espiritual, por excelência vibrátil. O corpo da alma modifica-se, profundamente, segundo o tipo de emoção que lhe flui do âmago. Isso, aliás, não é novidade. Na própria Terra, a máscara física altera-se na alegria ou no sofrimento, na simpatia ou na aversão. Em nosso plano, semelhantes transformações são mais rápidas e exteriorizam aspectos íntimos do ser, com facilidade e segurança, porque as moléculas do perispírito giram em mais alto padrão vibratório, com movimentos mais intensivos que as moléculas do corpo carnal. A consciência, por fulcro anímico, expressa-se, desse modo, na matéria sutil com poderes plásticos mais avançados". (Obra citada, cap. XIII, pp. 83 a 85.) 

35. Antonina tivera ligação com Leonardo no passado?

Sim. Antonina fora Lola Ibarruri, a quem Leonardo estivera vinculado por laços de imenso amor. A mulher irresponsável de ontem era hoje mãe amorosa e digna que, em face dos delitos do passado, atravessava então aflitivos obstáculos para viver. (Obra citada, cap. XIII e XIV, pp. 85 a 87.) 

36. Como foi o encontro de Leonardo Pires com Esteves?

O encontro não foi dos mais agradáveis. Esteves percebeu, ao chegar ao recinto, a presença de Lola e Leonardo, a quem reconheceu, estarrecido e agoniado. Leonardo, dando um salto para trás, bradou: "Agora! agora, sim!... Vieste mesmo! Vejo-te, fora de minha cabeça, vejo-te como és!... Liquidemos nossa conta... Risca-me dentre os vivos ou eu te riscarei!..." Esteves, sacudido pelas próprias reminiscências, respondeu-lhe, agressivo: "Conheço-te e odeio-te!... Assassino, assassino!..." Como as duas entidades se engalfinhariam, Clarêncio interferiu, imobilizando-os prontamente. (Obra citada, cap. XIV, págs. 90 a 92.)

37. Esteves, ao despertar no corpo físico, lembrou-se do que aconteceu?

Sim, mas interpretou de modo particular o ocorrido. Ele – que agora se chamava Mário Silva e era enfermeiro de profissão – disse à sua mãe que sonhara que alguém o chamara, a distância, em alta voz. Pensando tratar-se de algum doente em estado grave, ele foi, mas, ao invés de topar um doente, viu-se numa cela mal iluminada e úmida. "Era um perfeito cubículo de prisão, onde me surpreendi encarcerado, de repente, junto de um criminoso de mau aspecto e de infortunada mulher em pranto...", relatou ele. "Senti tanta simpatia pela moça desventurada, quanta aversão pelo réu de medonha catadura. Tive, porém, a impressão nítida de que nos conhecíamos. Um misto de ódio e sofrimento me tomou de assalto, junto deles, principalmente ao lado do infeliz, cujo olhar se me afigurava cruel..." (Obra citada, cap. XV, págs. 93 a 95.)

38. André Luiz quis seguir o enfermeiro para obter novos informes, mas Clarêncio o impediu. Por que Clarêncio agiu assim?

André pretendia, de fato, seguir Mário Silva, para recolher novas informações acerca do caso que começava a tornar-se fascinante. Mas Clarêncio explicou-lhe que não é bom incomodar os encarnados durante o dia, provocando elucidações que seriam desagradáveis e fora de ocasião. "Aguardemos a noite – propôs o Instrutor –, porque enquanto o corpo físico se refaz a alma invariavelmente procura o lugar ou o objeto a que imanta o coração." (Obra citada, cap. XV, págs. 97 e 98.)

39. A paixão pode cegar-nos?

Segundo o Ministro Clarêncio, sim. "A paixão cega sempre. Nossa vida mental é a nossa vida verdadeira e, por isso, quando a paixão nos ocupa a fortaleza íntima, nada vemos e nada registramos senão a própria perturbação." (Obra citada, cap. XVI, pp. 99 e 100.)

40. A prece pode ajudar-nos para que evitemos algum conflito?

Sim. Foi o que ocorreu no caso da discussão entre Mário Silva e Amaro, que não revidou nem respondeu às agressões do outro, mas baixou a cabeça em oração fervorosa. Suaves irradiações de esmeraldina luz escaparam-lhe, então, da fronte, e as palavras inarticuladas de que se servia, para implorar socorro, alcançaram o grupo socorrista que a tudo via, qual se fossem ondas caloríferas e harmoniosas de humildade e confiança. Clarêncio resolveu então que era hora de ajudar, respondendo à rogativa de Amaro. (Obra citada, cap. XVI, pp. 103 e 104.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 4 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/11/entre-terra-eo-ceu-andre-luiz-parte-4.html

 

 

  

 

Como consultar as matérias deste blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste link: https://goo.gl/ZCUsF8, e verá como utilizá-lo.

 

 

 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário