domingo, 1 de novembro de 2020

 



Os talentos congênitos na visão espírita

 

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO

aoofilho@gmail.com

De Londrina-PR

 

Para os que acreditam que os anjos já foram feitos assim – inteligentes, virtuosos, inacessíveis às doenças que atingem o homem – não é difícil pensar como o matemático francês Henri Poincaré, falecido em 1912, o qual acreditava no talento congênito. “Matemáticos nascem; eles não são feitos”, asseverava Poincaré.

Sabemos, contudo, no que diz respeito a nós humanos, que nada na vida se conquista de graça. Aprender uma disciplina e tornar-se nela um especialista respeitado exigem dedicação, estudo e, sobretudo, muito tempo.

Como explicar então os talentos precoces, os meninos-prodígios? Teriam essas criaturas sido criadas assim, recebendo de Deus um privilégio que não é concedido à maioria de suas criaturas?

Algum tempo atrás, a revista VEJA focalizou o caso do jovem Carlos Matheus Silva Santos, que aos 19 anos de idade formou-se doutor pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada, do Rio de Janeiro, repetindo assim os passos de Pascal, Leibnitz, Gauss e Evariste Galois, que se destacaram precocemente no difícil campo da matemática.

A Doutrina Espírita é muito clara no tocante ao assunto. Não existem privilégios na obra da criação. Os meninos e os jovens superdotados nada mais são que Espíritos reencarnados que conseguem acessar com facilidade, por um mecanismo que não é facultado à maioria das crianças e dos adolescentes, as conquistas intelectuais que fizeram em vidas passadas e que lhes exigiram esforço, dedicação e muito estudo.

Os meninos-prodígios, longe de representarem indícios de um privilégio inadmissível por parte do Criador, são uma das provas mais evidentes da palingenesia, doutrina ensinada por Pitágoras, Sócrates, Platão, Jesus e revigorada, nos tempos modernos, pelo Espiritismo.

Allan Kardec perguntou certa vez aos imortais como pode um Espírito, em face das limitações de uma existência corpórea, atingir a meta que Deus lhe assinalou, ou seja, a perfeição.

Os imortais responderam-lhe: “Suportando a prova de uma nova encarnação”, ou seja, reencarnando, visto que em cada existência pode ele galgar um degrau a mais na escala da evolução, algo que, obviamente, fica evidenciado nos talentos que demonstram, nessa ou naquela área, os chamados meninos-prodígios.

 

 

 

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Um comentário:

  1. Conciso, claro e objetivo. O conhecimento da verdade levado de modo homeopático.

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