quarta-feira, 25 de novembro de 2020

 


Entre a Terra e o Céu

 

André Luiz

 

Parte 7

 

Estamos publicando neste espaço o estudo – sob a forma dialogada – de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada Série Nosso Lar.

Concluído o estudo dos seis primeiros livros da Série, damos sequência nesta data ao estudo da sétima obra: Entre a Terra e o Céu, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada originalmente em 1954.

Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado do livro "Entre a Terra e o Céu", para acompanhar, pari passu, o presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#AND e, em seguida, no verbete "Entre a Terra e o Céu".

Eis as questões de hoje:


49. O ódio pode gerar a loucura?

Sim. Segundo André Luiz, o ódio gera, efetivamente, a loucura. "Quem se debate contra o bem, cai nas garras da perturbação e da morte", aduziu o autor espiritual, ao comentar o caso Mário Silva. (Entre a Terra e o Céu, cap. XIX, pp. 120 a 122.)

50. Por que os casos Esteves e Júlio apresentavam situações tão díspares?

Respondendo a essa questão, a explicação de Clarêncio foi clara: "Esteves foi envenenado, enquanto Júlio se envenenou. Há muita diferença. O suicídio acarreta vasto complexo de culpa. A fixação mental do remorso opera inapreciáveis desequilíbrios no corpo espiritual. O mal como que se instala nos recessos da consciência que o arquiteta e concretiza". (Obra citada, cap. XX, pp. 125 e 126.)

51. O pensamento exerce influência sobre o perispírito?

Sim. Segundo Clarêncio, o perispírito é regido intimamente por sete centros de força, que se conjugam nas ramificações dos plexos e que, vibrando em sintonia uns com os outros, ao influxo do poder da mente, estabelecem um veículo de células elétricas, que pode ser definido como um campo eletromagnético. "Nossa posição mental – elucidou Clarêncio – determina o peso específico do nosso envoltório espiritual e, consequentemente, o habitat que lhe compete. Mero problema de padrão vibratório. Cada qual de nós respira em determinado tipo de onda. Quanto mais primitiva se revela a condição da mente, mais fraco é o influxo vibratório do pensamento, induzindo a compulsória aglutinação do ser às regiões da consciência embrionária ou torturada, onde se reúnem as vidas inferiores que lhe são afins." (Obra citada, cap. XX, pp. 125 e 126.)

52. Quantos centros de força regem a fisiologia do perispírito?

São sete os centros de força, em cujo comando está o "centro coronário", em que assenta a ligação com a mente, visto que é ele que recebe em primeiro lugar os estímulos do Espírito. Logo após, vem o "centro cerebral", contíguo ao primeiro, que ordena as percepções de variada espécie, percepções essas que, na carne, constituem a visão, a audição, o tato e a vasta rede de processos da inteligência que dizem respeito à palavra, à cultura, à arte, ao saber. Em seguida, temos o "centro laríngeo", que preside aos fenômenos vocais. Logo após, o "centro cardíaco", que sustenta os serviços da emoção e do equilíbrio geral; o "centro esplênico", correspondendo no corpo denso ao baço, regulando a distribuição e a circulação adequada dos recursos vitais; o "centro gástrico", que se responsabiliza pela penetração dos alimentos e fluidos em nossa organização e, por fim, o "centro genésico", em que se localiza o santuário do sexo, como templo modelador de formas e estímulos. (Obra citada, cap. XX, pp. 126 a 128.)

53. A mente pode afetar a harmonia dos centros de força?

Sim. Apontando a garganta doente de Júlio, Clarêncio explicou: "Quando a nossa mente, por atos contrários à Lei Divina, prejudica a harmonia de qualquer um desses fulcros de força de nossa alma, naturalmente se escraviza aos efeitos da ação desequilibrante, obrigando-se ao trabalho de reajuste. No caso de Júlio, observamo-lo como autor da perturbação do centro laríngeo, alteração que se expressa por enfermidade ou desequilíbrio a acompanhá-lo fatalmente à reencarnação". (Obra citada, cap. XX e XXI, pp. 128 a 130.)

54. O perispírito do selvagem apresenta diferença em comparação com as almas mais evoluídas?

Sim. O veículo perispirítico do selvagem deve ser classificado como protoforma humana, extremamente condensado pela sua integração com a matéria mais densa. Está para o organismo aprimorado dos Espíritos enobrecidos, como um macaco antropomorfo está para o homem bem-posto das cidades modernas. Em criaturas dessa espécie, a vida moral está começando a aparecer e o perispírito nelas ainda se encontra enormemente pastoso. Despenderão sé­culos e séculos para se rarefazerem, usando múltiplas formas, de modo a conquistarem as qualidades superiores que, em lhes sutilizando a organização, lhes conferirão novas possibilidades de crescimento consciencial. (Obra citada, cap. XXI, pp. 131 e 132.)

55. Onde se radicam as causas das enfermidades humanas?

Segundo o Ministro Clarêncio, a percentagem quase total das enfermidades humanas guarda origem no psiquismo. Orgulho, vaidade, tirania, egoísmo, preguiça e crueldade são vícios da mente, gerando perturbações e doenças em seus instrumentos de expressão. Quando ofendemos essa ou aquela criatura, lesamos primeiramente a nossa própria alma, uma vez que rebaixamos a nossa dignidade de Espíritos eternos, retardando em nós sagradas oportunidades de crescimento. É por isso que a dor comparece em nossa vida como fator essencial no reajuste. "A dor é o grande e abençoado remédio – diz Clarêncio –, porque nos reeduca a atividade mental, reestruturando as peças de nossa instrumentação e polindo os fulcros anímicos de que a inteligência se vale para desenvolver-se. É ela, depois de Deus, a única força capaz de alterar o rumo de nossos pensamentos, compelindo-nos a indispensáveis modificações, com vistas ao Plano Divino, de que não podemos fugir sem graves prejuízos para nós mesmos.” (Obra citada, cap. XXI, pp. 132 a 134.)

56. Por que Clarêncio recorreu à Irmã Clara para a doutrinação de Odila?

O Ministro explicou que ele detinha, sim, alguma força magnética suficientemente desenvolvida, capaz de operar sobre a mente de nossos companheiros em recuperação; mas ainda não dispunha de sentimento sublimado, suscetível de garantir a renovação da alma. E, humildemente, aditou: "Sem dúvida, dentro de minhas limitações, estou habilitado a falar à inteligência, mas não me sinto à altura de redimir corações. Para esse fim, para decifrar os complicados labirintos do sofrimento moral, é imprescindível haver atingido mais elevados degraus na humana compreensão". (Obra citada, cap. XXII, pp. 135 e 136.)

 

 

Observação: Para acessar a Parte 6 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/11/entre-terra-eo-ceu-andre-luiz-parte-6.html

 

 

 

 

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