quarta-feira, 4 de novembro de 2020

 


Entre a Terra e o Céu

 

André Luiz

 

Parte 4

 

Estamos publicando neste espaço o estudo – sob a forma dialogada – de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada Série Nosso Lar.

Concluído o estudo dos seis primeiros livros da Série, damos sequência nesta data ao estudo da sétima obra: Entre a Terra e o Céu, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada originalmente em 1954.

Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado do livro "Entre a Terra e o Céu", para acompanhar, pari passu, o presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#AND e, em seguida, no verbete "Entre a Terra e o Céu".

Eis as questões de hoje:


25. Por que Blandina resolveu dedicar-se ao trabalho com as crianças desencarnadas?

Ela disse que, embora tivesse sido casada em sua última existência, não fora mãe. "Não pude acariciar um filhinho, em meus sonhos recentes de mulher", informou a educadora, "mas hoje sei que preciso reeducar-me no amor de mãe, consoante os débitos que contraí no passado." "Realmente, sinto grande afeição pelas crianças, contudo, tenho igualmente enormes dívidas morais para com elas..." (Entre a Terra e o Céu, cap. X, pp. 65 a 67.)

26. Como entender as enfermidades congênitas e outras moléstias insidiosas que acometem as crianças?

Depois das explicações dadas por Blandina, André Luiz diz que pôde entender com mais segurança os processos dolorosos das enfermidades congênitas e das moléstias que assaltam a meninice no mundo, como o mongolismo, a epilepsia, a meningite, a lepra, o câncer e tantas outras, bem como os desastres que arrebatam adoráveis flores do lar, deixando inconsoláveis pais e mães. “São as reparações que nos martirizam na carne, sem as quais – asseverou Blandina – não atingiríamos o próprio reajustamento." Clarêncio aduziu: "Cada qual de nós renasce na Terra a exprimir na matéria densa o patrimônio de bens ou males que incorporamos aos tecidos sutis da alma. A patogenia, na essência, envolve estudos que remontam ao corpo espiritual, para que não seja um quadro de conclusões falhas ou de todo irreais. Voltando à Terra, atraímos os acontecimentos agradáveis ou desagradáveis, segundo os títulos de trabalho que já conquistamos ou conforme as nossas necessidades de redenção". E, bem humorado, acentuou: "A carne, de certo modo, em muitas circunstâncias não é apenas um vaso divino para o crescimento de nossas potencialidades, mas também uma espécie de carvão milagroso, absorvendo-nos os tóxicos e resíduos de sombra que trazemos no corpo substancial". (Obra citada, cap. X, págs. 65 e 67.)

27. Que importância tem o trabalho na evolução dos Espíritos?

Importância muito grande. "A evolução, a competência, o aprimoramento e a sublimação resultam do trabalho incessante”, afirmou Blandina. “Quanto mais se nos avulta o conhecimento, mais nos sentimos distanciados do repouso. A inércia opera a coagulação de nossas forças mentais, nos planos mais baixos da vida. O serviço é a nossa bênção." (Obra citada, cap. XI, pp. 68 e 69.)

28. Quais são as missas mais favoráveis ao concurso espiritual?

Frequentemente, segundo Mariana, as missas humildes realizadas aos primeiros cânticos da manhã são as mais favoráveis ao concurso espiritual. "Quando a missa obedece a pura convenção social, funcionando como exibição de vaidade ou poder, a nossa colaboração resulta invariavelmente nula", explicou a benfeitora. É o caso, por exemplo, segundo ela mesma referiu, dos atos bajulatórios a políticos astuciosos e aos magnatas do ouro que, em verdade, constituem reais sacrilégios praticados em nome do Senhor. (Obra citada, cap. XI, pp. 70 a 72.)

29. Por que nem sempre recordamos o que se passa conosco durante o sono?

Segundo explicação de Clarêncio, raros Espíritos estão habilitados a viver na Terra com as visões da vida eterna. Eis por que dizem eles que nem sempre sonham. A penumbra interior é o clima que lhes é necessário. A exata lembrança pode redundar, em certos casos, em saudade mortal. (Obra citada, cap. XII, pp. 75 a 77.)

30. Que diz o Espiritismo a respeito da lei da hereditariedade?

No círculo de matéria densa sofre a alma encarnada os efeitos da herança recolhida dos pais, entretanto, na essência, a lei da herança funciona invariavelmente do indivíduo para ele mesmo. “Detemos tão somente o que seja exclusivamente nosso ou aquilo que buscamos", diz Clarêncio. Renascemos na Terra, junto daqueles que se afinam com o nosso modo de ser. O dipsômano não adquire o hábito desregrado dos pais, mas sim, quase sempre, ele mesmo já se confiava ao vício do álcool, antes de renascer. Em seguida, Clarêncio fez as seguintes ponderações: "A hereditariedade é dirigida por princípios de natureza espiritual. Se os filhos encontram os pais de que precisam, os pais recebem da vida os filhos que procuram". "Nossas obras ficam conosco. Somos herdeiros de nós mesmos", asseverou o Ministro. (Obra citada, cap. XII, pp. 77 a 80.)

31. Pode o retrocesso das recordações verificar-se de improviso?

"Sem dúvida”, diz Clarêncio. A memória pode ser comparada a placa sensível que, ao influxo da luz, guarda para sempre as imagens recolhidas pelo Espírito, no curso de seus inumeráveis aprendizados dentro da vida. Cada existência de nossa alma, em determinada expressão da forma, é uma adição de experiência, conservada em prodigioso arquivo de imagens que, em se superpondo umas às outras, jamais se confundem. (Obra citada, cap. XIII, pp. 81 a 83.)

32. Na assistência aos Espíritos perturbados pelo sentimento de culpa, o recurso aos arquivos mentais – a chamada regressão de memória – é medida frequente?

Sim. Em trabalhos de assistência dessa natureza, é preciso recorrer aos arquivos mentais, com o objetivo de produzir certos tipos de vibração, não só para atrair a presença de companheiros ligados ao Espírito sofredor, como também para descerrar os escaninhos da mente, nas fibras recônditas em que ela detém suas aflições e feridas invisíveis. "A mente, tanto quanto o corpo físico, pode e deve sofrer intervenções para reequilibrar-se", explicou o ministro Clarêncio. (Obra citada, cap. XIII, págs. 81 a 83.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 3 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/10/entre-terra-eo-ceu-andre-luiz-parte-3.html

 

 

  

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