Grilhões Partidos
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 1
Iniciamos hoje neste espaço o estudo – sob a forma dialogada
– do livro Grilhões Partidos, de
Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco e
publicada no ano de 1974.
Este estudo será publicado neste blog sempre às
segundas-feiras.
Caso o leitor queira ter em mãos o texto condensado da obra em
foco, para complementar o estudo ora iniciado, basta clicar em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#MANOEL
e, em seguida, no verbete "Grilhões
Partidos”.
Eis as questões de hoje:
1. É correto enquadrar os alienados em geral como obsidiados?
Não. Há espiritistas que, no afã de ajudar pelos múltiplos
processos fluidoterápicos e da doutrinação, enquadram os alienados na sua quase
generalidade como obsidiados, sem a indispensável atenção para com as
enfermidades de caráter psiquiátrico. Trata-se, porém, de um exagero. Nas
matrizes do processo evolutivo, cada pessoa traz as causas que produzem as
distonias e desarranjos, tanto físicos como psíquicos, e simultaneamente. (Grilhões Partidos, pp. 7 e 8.)
2. Quais são os
requisitos mínimos que deve apresentar uma equipe de trabalho nas atividades de
desobsessão?
Diz Manoel Philomeno de Miranda: "A equipe que se
dedica à desobsessão – e tal ministério somente é credor de fé, possuidor de
valor, quando realizado em equipe –, que a seu turno se submete à orientação
das Equipes Espirituais Superiores, deve estribar-se numa série incontroversa
de itens, de cuja observância decorrem os resultados da tarefa a
desenvolver".
Eis os requisitos indispensáveis à formação e ao
funcionamento de uma equipe de desobsessão em boas condições: harmonia de
conjunto; elevação de propósitos; conhecimento doutrinário; concentração;
conduta moral sadia; equilíbrio interior de médiuns e doutrinadores; confiança,
disposição física e moral; circunspeção; médiuns adestrados, atenciosos;
lucidez do preposto para os diálogos; pontualidade. (Obra citada, Prolusão, pp.
13 e 14.)
3. Dos
requisitos mínimos mencionados na questão anterior, um fator sobressai. Qual é
ele?
Dos onze requisitos enumerados, a questão moral sobressai
como um dado realmente essencial à realização da desobsessão. (Obra citada,
Prolusão, pp. 14 e 15.)
4. Por que,
segundo o autor desta obra, algumas pessoas têm, nas sessões práticas,
dificuldade de concentrar-se?
Segundo Manoel Philomeno, essas mesmas pessoas muitas vezes
"fixam-se com facilidade surpreendente nos pensamentos depressivos,
lascivos, vulgares, graças a uma natural acomodação a que se condicionam, como
hábito irreversível e predisposição favorável". O que existe então é
dificuldade em concentrar-se nas ideias superiores, nos pensamentos nobres,
cujo tempo mental a eles reservado é constituído de pequenos períodos, em que
não conseguem criar um clima de adaptação e continuidade suficientes para a
elaboração de um estado de elevação espiritual. Nota-se, portanto, que o
problema da concentração está ligado diretamente ao da conduta moral.
A confiança na presença e na assistência dos bons Espíritos
é outro fator destacado por Manoel Philomeno de Miranda, ajuntando-se a ele a
boa disposição física, proporcionada por um organismo sem o sobrepeso de
repastos de digestão difícil, e relativamente repousado, visto não ser possível
manter-se uma equipe de trabalho utilizando-se companheiros desgastados,
sobrecarregados, em agitação. A circunspeção recebeu igualmente destaque do
autor espiritual, compreendendo-se por circunspeção não o semblante severo ou
sério, mas a responsabilidade, a conscientização do labor, ainda que a face
esteja desanuviada, descontraída e cordial. (Obra citada, Prolusão, pp. 15 e
16.)
5. Qual é, na
visão de Manoel Philomeno de Miranda, o perfil dos chamados obsessores?
O Espírito perseguidor, genericamente denominado obsessor,
é, em verdade, alguém colhido pela própria aflição. Na existência terrena
experimentou injunções que o tornaram rebelde, fazendo com que guardasse nos
recessos da alma as aflições acumuladas. Vítima de si mesmo, da própria incúria
e invigilância, transferiu a responsabilidade de seu fracasso a outra pessoa
que, por circunstância qualquer, interferiu negativamente na mecânica de seus
malogros. Deambulando na névoa da inconsciência, com os centros do discernimento
superior anestesiados pelos vapores das dissipações e loucuras a que se
entregou, ele imanta-se por processo de sintonia psíquica ao aparente verdugo,
conservando no íntimo as matrizes da culpa, que constituem verdadeiros
"plugs" para a sincronização perfeita entre a mente de quem se crê
dilapidado e a consciência dilapidadora, gerando, assim, os pródromos do que
mais tarde se transformará em psicopatia obsessiva. (Obra citada, Prolusão, pp.
17 e 18.)
6. As técnicas
de regressão da memória são eficazes na atividade desobsessiva?
Sim. Na maioria dos labores de elucidação, podem-se aplicar
as técnicas de regressão da memória no paciente espiritual, fazendo-se que
reveja os fatos a que se vincula, mostrando-lhe a legítima responsabilidade
dele mesmo, nos fatos de que se diz vítima, com o que ele percebe o erro em que
moureja. (Obra citada, Prolusão, pp. 18 a 20.)
7. Por que
existem obsidiados em nosso mundo?
Segundo o autor da obra em estudo, somente há obsidiados e
obsessões porque há endividados espirituais, facultando a urgência da reparação
das dívidas. Todo problema de obsessão redunda, pois, em problema de
moralidade, em cuja realização o Espírito se permitiu enredar, por desrespeito
ético, legal, espiritual. Como ninguém se libera da conjuntura da consciência
culpada, onde esteja o devedor aí se encontram a dívida e, logo depois, o
cobrador. É da lei! (Obra citada,
Prolusão, pp. 20 e 21.)
8. Há alguma
relação entre a prática do bem e a harmonia dos centros psicossomáticos do ser
humano?
Evidentemente. Quando o Espírito é encaminhado à
reencarnação traz, em forma de matrizes vigorosas no perispírito, aquilo de que
necessita para a evolução. Esses fulcros imprimem-se nos tecidos em formação da
estrutura material de que a pessoa se utilizará nas provações e expiações
necessárias. "Se volta para o bem e adquire títulos de valor moral –
assevera Philomeno –, desarticula os condicionamentos que lhe são impostos para
o sofrimento e restabelece a harmonia nos centros psicossomáticos, que passam,
então, a gerar novas vibrações aglutinantes de equilíbrio, a se fixarem no
corpo físico em forma de saúde, de paz, de júbilo..." (Obra citada, Prolusão, pág. 21.)
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Parabéns, amigo, por mais este trabalho. Desejo-lhe boa sorte. Grande abraço!
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