Entre a Terra e
o Céu
André Luiz
Parte 4
Estamos publicando neste espaço o estudo – sob a forma
dialogada – de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada
Série Nosso Lar.
Concluído o estudo dos seis primeiros livros da Série, damos
sequência nesta data ao estudo da sétima obra: Entre a Terra e o Céu, psicografada pelo médium Francisco Cândido
Xavier e publicada originalmente em 1954.
Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado do
livro "Entre a Terra e o Céu", para acompanhar, pari passu, o
presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#AND
e, em seguida, no verbete "Entre a Terra e o Céu".
Eis as questões de hoje:
25. Por que Blandina resolveu dedicar-se ao trabalho com as crianças desencarnadas?
Ela disse que, embora tivesse sido casada em sua última
existência, não fora mãe. "Não pude acariciar um filhinho, em meus sonhos
recentes de mulher", informou a educadora, "mas hoje sei que preciso
reeducar-me no amor de mãe, consoante os débitos que contraí no passado."
"Realmente, sinto grande afeição pelas crianças, contudo, tenho igualmente
enormes dívidas morais para com elas..." (Entre a Terra e o Céu, cap. X, pp. 65 a 67.)
26. Como entender as enfermidades congênitas e outras moléstias insidiosas que acometem as crianças?
Depois das explicações dadas por Blandina, André Luiz diz
que pôde entender com mais segurança os processos dolorosos das enfermidades
congênitas e das moléstias que assaltam a meninice no mundo, como o mongolismo,
a epilepsia, a meningite, a lepra, o câncer e tantas outras, bem como os desastres
que arrebatam adoráveis flores do lar, deixando inconsoláveis pais e mães. “São
as reparações que nos martirizam na carne, sem as quais – asseverou Blandina – não
atingiríamos o próprio reajustamento." Clarêncio aduziu: "Cada qual
de nós renasce na Terra a exprimir na matéria densa o patrimônio de bens ou
males que incorporamos aos tecidos sutis da alma. A patogenia, na essência, envolve
estudos que remontam ao corpo espiritual, para que não seja um quadro de
conclusões falhas ou de todo irreais. Voltando à Terra, atraímos os
acontecimentos agradáveis ou desagradáveis, segundo os títulos de trabalho que
já conquistamos ou conforme as nossas necessidades de redenção". E, bem
humorado, acentuou: "A carne, de certo modo, em muitas circunstâncias não
é apenas um vaso divino para o crescimento de nossas potencialidades, mas
também uma espécie de carvão milagroso, absorvendo-nos os tóxicos e resíduos de
sombra que trazemos no corpo substancial". (Obra citada, cap. X, págs. 65
e 67.)
27. Que
importância tem o trabalho na evolução dos Espíritos?
Importância muito grande. "A evolução, a competência, o
aprimoramento e a sublimação resultam do trabalho incessante”, afirmou
Blandina. “Quanto mais se nos avulta o conhecimento, mais nos sentimos
distanciados do repouso. A inércia opera a coagulação de nossas forças mentais,
nos planos mais baixos da vida. O serviço é a nossa bênção." (Obra citada,
cap. XI, pp. 68 e 69.)
28. Quais são as
missas mais favoráveis ao concurso espiritual?
Frequentemente, segundo Mariana, as missas humildes
realizadas aos primeiros cânticos da manhã são as mais favoráveis ao concurso
espiritual. "Quando a missa obedece a pura convenção social, funcionando
como exibição de vaidade ou poder, a nossa colaboração resulta invariavelmente
nula", explicou a benfeitora. É o caso, por exemplo, segundo ela mesma
referiu, dos atos bajulatórios a políticos astuciosos e aos magnatas do ouro
que, em verdade, constituem reais sacrilégios praticados em nome do Senhor.
(Obra citada, cap. XI, pp. 70 a 72.)
29. Por que nem
sempre recordamos o que se passa conosco durante o sono?
Segundo explicação de Clarêncio, raros Espíritos estão
habilitados a viver na Terra com as visões da vida eterna. Eis por que dizem
eles que nem sempre sonham. A penumbra interior é o clima que lhes é
necessário. A exata lembrança pode redundar, em certos casos, em saudade
mortal. (Obra citada, cap. XII, pp. 75 a 77.)
30. Que diz o
Espiritismo a respeito da lei da hereditariedade?
No círculo de matéria densa sofre a alma encarnada os
efeitos da herança recolhida dos pais, entretanto, na essência, a lei da
herança funciona invariavelmente do indivíduo para ele mesmo. “Detemos tão
somente o que seja exclusivamente nosso ou aquilo que buscamos", diz
Clarêncio. Renascemos na Terra, junto daqueles que se afinam com o nosso modo
de ser. O dipsômano não adquire o hábito desregrado dos pais, mas sim, quase
sempre, ele mesmo já se confiava ao vício do álcool, antes de renascer. Em
seguida, Clarêncio fez as seguintes ponderações: "A hereditariedade é
dirigida por princípios de natureza espiritual. Se os filhos encontram os pais
de que precisam, os pais recebem da vida os filhos que procuram".
"Nossas obras ficam conosco. Somos herdeiros de nós mesmos",
asseverou o Ministro. (Obra citada, cap. XII, pp. 77 a 80.)
31. Pode o
retrocesso das recordações verificar-se de improviso?
"Sem dúvida”, diz Clarêncio. A memória pode ser
comparada a placa sensível que, ao influxo da luz, guarda para sempre as
imagens recolhidas pelo Espírito, no curso de seus inumeráveis aprendizados
dentro da vida. Cada existência de nossa alma, em determinada expressão da
forma, é uma adição de experiência, conservada em prodigioso arquivo de imagens
que, em se superpondo umas às outras, jamais se confundem. (Obra citada, cap.
XIII, pp. 81 a 83.)
32. Na assistência
aos Espíritos perturbados pelo sentimento de culpa, o recurso aos arquivos
mentais – a chamada regressão de memória – é medida frequente?
Sim. Em trabalhos de assistência dessa natureza, é preciso
recorrer aos arquivos mentais, com o objetivo de produzir certos tipos de
vibração, não só para atrair a presença de companheiros ligados ao Espírito sofredor,
como também para descerrar os escaninhos da mente, nas fibras recônditas em que
ela detém suas aflições e feridas invisíveis. "A mente, tanto quanto o
corpo físico, pode e deve sofrer intervenções para reequilibrar-se", explicou
o ministro Clarêncio. (Obra citada, cap. XIII, págs. 81 a 83.)
Observação:
Para acessar a Parte 3 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/10/entre-terra-eo-ceu-andre-luiz-parte-3.html
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