O Livro dos Médiuns
Allan Kardec
Parte 22 e final
Concluímos hoje o estudo metódico de “O
Livro dos Médiuns”, de Allan Kardec, segunda das obras que compõem o Pentateuco
Kardequiano. Este estudo foi publicado sempre às quintas-feiras.
Caso o leitor queira ter em mãos o
texto consolidado d’ O Livro dos Médiuns,
como complementação deste estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#ALLAN
e, em seguida, no verbete "O Livro dos Médiuns”.
Eis as questões de hoje:
169. Devemos criticar o mal quando ele ocorra em nosso meio?
Sem dúvida nenhuma, esse é um direito e mesmo um dever. Porém, se a
intenção do crítico é realmente boa, deve emitir sua opinião com decência e
benevolência, abertamente e não às ocultas. O fato se aplica às reuniões, quando
entram no mau caminho. Se a opinião das pessoas sensatas e bem-intencionadas
não é seguida, elas devem retirar-se, porque não se concebe que quem não tem
nenhuma segunda intenção permaneça numa sociedade onde se fazem coisas que não
lhe convêm. (O Livro dos Médiuns,
item 337.)
170. Qual é a melhor
garantia para se saber se um princípio é a expressão da verdade?
A melhor garantia de que um princípio é a expressão da verdade é quando
ele é ensinado e revelado por diferentes Espíritos, por médiuns estranhos uns
aos outros e em diferentes lugares, e quando, além do mais, é confirmado pela
razão e sancionado pela adesão do maior número. Somente a verdade pode dar
raízes a uma doutrina; um sistema errôneo bem pode recrutar alguns aderentes,
mas, como lhe falta a primeira condição de vitalidade, não tem mais que uma
existência efêmera; eis por que não há do que se inquietar dele: ele se mata
por seus próprios erros e cairá inevitavelmente diante da arma possante da
lógica. (Obra citada, cap. XXXI, item XXVIII.)
171. Qual é a missão dos
Espíritos?
A missão dos Espíritos não é resolver as questões de ciência, nem poupar
aos homens o trabalho das pesquisas, mas sim torná-los melhores, porque é desse
modo que a Humanidade se adiantará realmente. (Obra citada, cap. XXXI, item
XVII.)
172. Qual é o objetivo
da vida?
Deus quis que os Espíritos se voltassem para os interesses da alma. O
aperfeiçoamento moral do homem, eis aí o fim e o objetivo da vida. O Espírito
humano segue uma marcha necessária, imagem da gradação sentida por tudo o que
povoa o Universo visível e invisível. Todo progresso chega em sua hora: a da
elevação moral chegou para a Humanidade; ela não chegará ao seu ápice nos dias
em que vivemos, mas assistimos, contudo, à sua aurora. (Obra citada, cap. XXXI,
item XI.)
173. Qual é a tarefa
principal dos Espíritos em relação aos homens?
Os Espíritos têm objetivo principal fazer-nos progredir. Para isso eles
nos ajudam quanto podem. A Providência traçou limites às revelações que eles
podem fazer aos homens. Assim, os Espíritos sérios guardam silêncio sobre tudo
o que lhes é proibido anunciar. Quem pedir aos Espíritos superiores a
sabedoria, jamais será enganado; mas não se deve pensar com isso que eles
perderiam seu tempo em ouvir todas as nossas tolices e em nos predizer a sorte.
Essa tarefa fica por conta dos Espíritos levianos, que se divertem com isso, da
mesma forma que os meninos traquinas. (Obra citada, item 289, parágrafo 11.)
174. O que, segundo
Rousseau, o Espiritualismo, se ressuscitado pelo Espiritismo, pode dar à
sociedade?
Eis o que disse Rousseau: “Se o Espiritismo ressuscitar o espiritualismo,
dará à sociedade o impulso que dá a uns a dignidade interior, a outros a
resignação, a todos a necessidade de se elevaram ao Ser supremo, esquecido e
desconhecido por suas ingratas criaturas”. (Obra citada, cap. XXXI, item III.)
175. Qual o caminho no
qual Kardec trabalhava por fazer entrar o Espiritismo?
Ele próprio o disse: "A bandeira que arvoramos bem alto é a do
Espiritismo cristão e humanitário, ao redor do qual somos felizes de ver já
tantos homens se unirem em todos os pontos do globo, porque compreendem que
nela está a âncora da salvação, a salvaguarda da ordem pública, o sinal de uma
era nova para a Humanidade. Convidamos todas as sociedades espíritas a
concorrerem para esta grande obra; que de um extremo a outro do mundo
estendam-se mãos fraternas e colherão o mal em redes inextricáveis". (Obra
citada, item 350.)
176. Como o Espiritismo
poderá trazer, como predito, a transformação da Humanidade?
Essa meta somente poderá ser alcançada com o melhoramento das massas, o
que pode acontecer gradualmente e pouco a pouco apenas pelo melhoramento dos
indivíduos. Com efeito, de que vale acreditar na existência dos Espíritos, se
esta crença não torna melhor, mais benevolente e mais indulgente o indivíduo e
se não o faz mais humilde e mais paciente na adversidade? De que serve ao
avarento ser espírita se ele permanece avaro; ao orgulhoso, se está sempre
cheio de si mesmo; ao invejoso, se está sempre com inveja? Todos os homens
poderiam então crer nas manifestações e a Humanidade permanecer estacionária.
Mas tais não são os desígnios de Deus. É para o fim providencial que devem
tender todas as sociedades espíritas sérias, agrupando ao seu redor todos os
que possuem os mesmos sentimentos; então haverá entre elas união, simpatia,
fraternidade e não um vão e pueril antagonismo de amor-próprio, de palavras
antes que de fatos; então elas serão fortes e poderosas, porque se apoiarão
numa base indestrutível: o bem para todos; então serão respeitadas e imporão
silêncio à tola zombaria, porque falarão em nome da moral evangélica respeitada
por todos. (Obra citada, item 350.)
Observação: Para acessar a Parte 21
deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/11/o-livro-dos-mediuns-allan-kardec-parte.html
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