terça-feira, 30 de março de 2021

 



Exigências... se nem os pássaros exigem

 

CÍNTHIA CORTEGOSO

cinthiacortegoso@gmail.com

De Londrina-PR

 

Quantas exigências estão nos olhares, pensamentos e atitudes; exigências que não passam de caprichos. Em vez de exigir algo, será que já observou se isso é merecido? Já que a vida é sabedoria justa e universal, só virá até nós o que for merecimento ou necessidade, mas, de fato, exigências não se correspondem com merecimento.

Será que os direitos não estão, equivocadamente, em número muito superior aos deveres? Será que essas exigências não são indícios de tamanha infância de comportamento? A vida também nos ensina que quando queremos mais do que merecemos estamos envoltos na dolorida fase do egoísmo, pois precisamos de bem pouco quando nosso coração está mais em paz do que egocêntrico.

Há, urgentemente, a necessidade de reconhecimento dos belos presentes recebidos. Há tanto mais a agradecer do que só exigir. Enquanto nos colocamos em molduras de pobres criaturas não há tempo para a valorização de tudo o que já temos. A vida é sábia demais para querermos subestimá-la. Pobres que ainda somos.

Quanto mais compreendemos e desejamos, com vontade, a participação da realidade, novos horizontes começam a apresentar-nos e percebemos que exigências cabem mais em corações frívolos e mimados e não em corações que desejam além-mar, além-Terra.

Se há a disposição para realizar responsável e amorosamente o compromisso individual e coletivo, os dias serão abençoados e amparados, lei universal, e não haverá interesse nem tempo para exigências primárias quando houver a consciência do bem que tanto aguarda ser realizado.

Nada nos é exigido pelo ar, água, sol, vento, natureza, lindas flores, eternidade, existências... vida. Tudo nos é dado tão bondosa e desinteressadamente. Se recebemos tanto a mais, como podemos ainda querer exigir o que é quase sempre um capricho humano?

E dias virão e noites também e, com a misericórdia divina, que possamos despertar para quanto podemos fazer e doar e não mais apenas na infeliz e egoísta lei cega da exigência.

Nem os pássaros exigem pelo tão belo canto e paz que transmitem.

 

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