Tramas do Destino
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 7
Damos prosseguimento ao estudo – sob a forma dialogada – do livro Tramas do Destino, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco, publicada em 1975.
Este estudo é publicado neste blog sempre às
segundas-feiras.
Caso o leitor queira ter em mãos o texto condensado da obra em
foco, para complementar o estudo ora iniciado, basta clicar em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#MANOEL
e, em seguida, no verbete "Tramas
do Destino”.
Eis as questões de hoje:
49. Qual é a função da fé religiosa?
O enfermeiro Cândido
assim respondeu a esta questão: "A função da fé religiosa não é retirar o
fardo das provações que cada um elege para refazer-se perante a própria e a
Divina Consciência, porém, oferecer resistências para que se possa conduzi-lo
com nobreza. Senão, onde a justiça? Seria lícito retirar os débitos do crente e
esquecer os incréus? A Paternidade Celeste agiria acertadamente, beneficiando
apenas os que creem, em detrimento daqueles que não querem ou não conseguem,
por enquanto, modificar as íntimas paisagens da fé? Como julgar-se,
posteriormente, capacidades e méritos, se os métodos de liberação foram
diferentes?" (Tramas do Destino,
cap. 18, págs. 167 e 168.)
50. Apesar de tentar o suicídio, Lisandra foi auxiliada pelos
Benfeitores Espirituais?
Sim. A propósito, a
tentativa de suicídio não obteve êxito graças à intercessão superior do
Espírito de Adelaide, que logrou atenuar as consequências da insânia. (Obra
citada, cap. 19, págs. 171 e 172.)
51. A sintonia exerce algum papel importante na ação dos
chamados obsessores?
Evidentemente. Os
lances exitosos colimados por esses Espíritos infelizes decorrem da sintonia
que conseguem manter com suas vítimas, que os preferem, pela acomodação às suas
sugestões, recusando assim acatar a inspiração superior, expressa nos mil
convites da vida. (Obra citada, cap. 19, págs. 173 e 174.)
52. Ante a pergunta de Lisandra: "Por que sou tão
infeliz?!", o que sua mãe lhe disse?
Artêmis, que retinha
na sua a mão da filha, respondeu: "Porque a felicidade se encontra onde
cada qual coloca o coração, conforme ensinou Jesus. Se você situa as aspirações
no prazer fugidiço, no ouro mentiroso e nas paixões que ardem e se apagam
breve, a sua ausência produz a desdita. No entanto, se pensa em paz de
consciência, retidão moral e dever corretamente cumprido, como metas de dignidade
e honradez, a ventura se estabelecerá no coração tranquilo..." (Obra
citada, cap. 19, págs. 175 a 177.)
53. Que é felicidade, na verdadeira concepção espírita?
Eis como Artêmis se
expressou com relação a esta pergunta: "Felicidade, minha filha, é o bem
que fazemos, não o gozo que fruímos. Não vemos os mesmos desaires entre
opulentos e miseráveis, as mesmas tragédias nos palcos da glória e do fracasso,
os mesmos desassossegos nos palácios e nas taperas? A felicidade não resulta do
que se tem e do que se frui, mas do que se é e do que se faz. Jesus, podendo
permanecer no sólio do Altíssimo, conviveu com as sombras hórridas dos vales
humanos, a fim de clarear com insuperável luz as baixadas em que chafurdam as
criaturas, fazendo-as anelar pelas claridades estelares do infinito".
(Obra citada, cap. 19, págs. 177 e 178.)
54. Quais são os efeitos da dor?
Um de seus efeitos é
este: submete a rebeldia e alça o Espírito, dignificando-o e fazendo-o
ressarcir as misérias impostas anteriormente a outros. A dor tem, pois, função
educativa, não punitiva, como muitos pensam. No tocante aos sofrimentos por que
passavam seu marido e sua filha, Artêmis aprendera, no Espiritismo, que os
acontecimentos de qualquer natureza obedecem a uma programação bem urdida, pois
que nem mesmo uma única folha de árvore cai que não seja pela Vontade do Pai.
(Obra citada, cap. 20, págs. 183 e 184.)
55. Qual é a melhor e mais eficiente técnica para nos
libertarmos de alguém?
A melhor e mais
eficiente técnica para nos libertarmos de uma pessoa é beneficiá-la, porque o
benfeitor cresce e ascende, enquanto o beneficiário apenas necessita.
"Enquanto mantemos as lutas de revides contínuos, o processo de desgraças
recíprocas prossegue, até o momento em que a intervenção divina se faz, beneficiando
aquele que melhor tem sofrido, embora a trama em que se debate (...)". (Obra
citada, cap. 20, págs. 187 e 188.)
56. Quem foi Rafael no passado e que fez ele à jovem
Louise-Caroline e seu esposo?
No passado,
Louise-Caroline e seu esposo viviam nos arredores de Dax, uma das mais antigas
cidades balneárias do Departamento de Landes, na França. A casa pertencia ao
Sr. Georges-Henri (o mesmo Rafael de
agora), descendente de antigos viscondes que dominaram a região desde a
Idade Média. Embora a tradição de nobreza, era ele arbitrário e dominador,
criminoso e insano. A época era má e, como lhe houvesse mais de uma vez
recorrido a empréstimos que não pôde resgatar, o esposo de Louise foi preso, a
mando de Georges-Henri, que assim o impediu de regularizar o débito. A razão do
seu encarceramento obedecia, porém, a outros interesses mais escusos. O credor
ardia de desejo por Louise-Caroline, que, no entanto, lhe desprezou a corte.
Depois da prisão do marido, Louise-Caroline, relegada então a uma quase viuvez,
por pouco não foi seduzida por Georges-Henri. Ela, porém, resistiu e
rejeitou-o. Revoltado com o insucesso de seu plano, Georges internou-a num
convento da Espanha, por vingança à sua fidelidade, enquanto o marido apodrecia
na prisão. (Obra citada, cap. 20, págs. 189 e 190.)
Observação:
Para acessar a Parte 6 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/03/tramas-do-destino-manoel-philomeno-de.html
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