André Luiz
Parte 6
Vimos publicando neste espaço – sob a forma dialogada – o estudo de onze livros de André Luiz, psicografados pelo médium Francisco Cândido Xavier, integrantes da chamada Série Nosso Lar.
Concluído o estudo dos sete primeiros livros da Série, estudamos
agora a oitava obra: Nos Domínios da
Mediunidade, publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.
Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado do
livro, para acompanhar, pari passu, o presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#AND
e, em seguida, no verbete " Nos
Domínios da Mediunidade".
Eis as questões de hoje:
41. Por que, na
mediunidade torturada, o médium retrata os desequilíbrios do Espírito que o
persegue?
Reportando-se a um novo caso referido neste livro, Aulus
disse que nos transes em que se efetua a junção mais direta, entre o médium e o
perseguidor dementado, o primeiro cai em profunda hipnose, qual acontece à
pessoa magnetizada, nas demonstrações comuns de hipnotismo, e passa, de
imediato, a retratar os desequilíbrios da entidade desencarnada. (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 10,
pp. 89 e 90.)
42. Nas causas
do processo obsessivo que envolvia a jovem esposa, seu marido estava envolvido?
Sim. Seu esposo fora, no passado, um companheiro nocivo que
a induziu a envenenar o pai adotivo, exatamente o verdugo desencarnado que a
perseguia agora. Herdeira de considerável fortuna, com testamento garantido, em
sua condição de filha única, ela matou o pai com receio de que ele mais tarde
alterasse o documento. O crime aconteceu em aristocrática mansão do século 19.
O viúvo abastado, que a adotara e criara com desvelado carinho, não concordou
com a escolha feita por sua filha. O moço com quem ela pretendia casar-se não
lhe agradava, pois parecia mais interessado nas suas finanças do que na
felicidade da jovem insensata. Procurou, então, subtraí-la à influência do
noivo, sem nenhum sucesso. Indignado, cuidava das medidas legais para
deserdá-la, quando o jovem, explorando a paixão de que a moça se via possuída,
induziu-a a eliminá-lo, através de entorpecentes contínuos, completando o
serviço com diminuta dose de corrosivo. (Obra citada, cap. 10, pp. 90 a 93.)
43. Após o
crime, que aconteceu com o casal?
Morto o pai, a jovem herdeira enriqueceu o marido, mas, em
pouco tempo, encontrou a desilusão, porque o esposo cedo se revelou jogador
inveterado e libertino confesso, relegando-a a profunda miséria moral e física.
Inteirando-se da verdade, o tutor desencarnado imantou-se a ela, com desvairada
fome de vingança e a submeteu a horríveis tormentos íntimos. Ignorado na Terra,
o crime fora registrado nos tribunais divinos e longo trabalho expiatório teve
início. A tragédia vinha, pois, de longe. Após haver vagueado por muito tempo
nos planos inferiores da vida, na faixa de ódio da vítima, ao reencarnar ela atravessou
a infância e a puberdade sob o assédio do ex-tutor, que então se vingava. E
quando o inimigo de outrora (o genro que idealizou o crime) reapareceu na vida
dela, na condição de marido, com a tarefa de ajudá-la e reeducá-la, o obsessor
aproveitou-se do ascendente magnético sobre a pobre mulher, golpeando-lhe o equilíbrio.
(Obra citada, cap. 10, págs. 93 e 94.)
44. Por que
eles, cúmplices no crime mencionado, volveram à vida terrena como cônjuges?
Ele, que idealizara o crime, reapareceu na vida dela, na
condição de marido, com a tarefa de ajudá-la e reeducá-la. A união dos
cúmplices em novo matrimônio era sintomática. O Poder Divino não nos aproxima
uns dos outros sem fins justos. "No matrimônio, no lar ou no círculo do
serviço – explicou Aulus – somos procurados por nossas afinidades, de modo a
satisfazer aos imperativos da Lei de Amor, seja na ampliação do bem, ou no resgate
de nossas dívidas." O amigo que inspirou a ação deplorável era agora
chamado a ajudá-la na restauração imprescindível. (Obra citada, cap. 10, pp. 93
e 94.)
45. A
doutrinação dos Espíritos, feita nas sessões mediúnicas, produz resultado
efetivo?
Sim. Diz Aulus que o impacto da doutrinação não é perdido.
Noite a noite, de reunião a reunião, na intimidade da prece e dos apontamentos
edificantes, os enfermos – as vítimas encarnadas e o perseguidor desencarnado –
vão-se, aos poucos, renovando. "O perseguidor compreenderá a necessidade
de perdão para melhorar-se, a enferma fortalecer-se-á em espírito para
recuperar-se como é preciso e o esposo adquirirá a paciência e a calma, a fim
de ser realmente feliz." Em face disso e cientes de que ninguém avança
para diante, com a serenidade possível, sem pagar os tributos que deve à
retaguarda, saibamos tolerar e ajudar, edificando com o bem, sempre. (Obra
citada, cap. 10, pp. 94 a 96.)
46. Que
significa duplo etérico?
O perispírito ou "corpo astral" de um encarnado
encontra-se revestido com os eflúvios vitais que asseguram o equilíbrio entre a
alma e o corpo carnal. A esses eflúvios, em seu conjunto, é que se dá o nome de
"duplo etérico", que é formado por emanações neuropsíquicas que
pertencem ao campo fisiológico e que, por isso mesmo, não conseguem maior
afastamento da organização terrestre, destinando-se à desintegração, tal como
se dá com o corpo físico, por ocasião da morte. (Obra citada, cap. 11, pp. 97 a
99.)
47. Pode o corpo
perispiritual, em virtude de sua maleabilidade, assumir diferentes aspectos?
Sim. Foi o que ocorreu com o médium Antônio Castro que, uma
vez desprendido do corpo, não envergava o vestuário azul e cinza que, como
homem, trazia, mas sim um roupão esbranquiçado e inteiriço que descia dos
ombros até o solo, ocultando-lhe os pés. Aulus informou que Castro usava as
forças ectoplásmicas que lhe eram próprias, acrescidas com os recursos do
ambiente. "Semelhantes energias – esclareceu – transudam de nossa alma,
conforme a densidade específica de nossa própria organização, variando desde a
sublime fluidez da irradiação luminescente até a substância pastosa com que se
operam nas crisálidas os variados fenômenos de metamorfose." Quando tiver
mais experiência, Castro manejará possibilidades mentais avançadas, podendo
assumir os aspectos que deseje, visto que o perispírito constitui-se de
elementos maleáveis, que obedecem ao comando do pensamento, seja nascido de
nossa imaginação ou da imaginação de inteligências mais vigorosas que a nossa,
mormente quando nossa vontade se rende à dominação de outros Espíritos,
encastelados na sombra espiritual. (Obra citada, cap. 11, pp. 99 e 100.)
48. Numa sessão mediúnica,
de que forma podemos elevar o padrão vibratório do conjunto?
O meio é a prece fervorosa, tal como ocorreu na sessão
descrita por André Luiz. Sobre o assunto, Aulus disse que a oração do grupo
constitui abençoado tônico espiritual, como mencionado pelo médium beneficiado
pela prece, o qual disse: "Ah! sim, meus amigos, a prece de vocês atua
sobre mim como se fosse um chuveiro de luz... Agradeço-lhes o benefício!...
Estou reconfortado... Avançarei!..." (Obra citada, cap. 11, pp. 101 a
103.)
Observação:
Para acessar a Parte 5 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/02/nos-dominios-damediunidade-andre-luiz_24.html
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