segunda-feira, 15 de março de 2021

 



Tramas do Destino

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 8

 

Damos prosseguimento ao estudo – sob a forma dialogada – do livro Tramas do Destino, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco, publicada em 1975.

Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Caso o leitor queira ter em mãos o texto condensado da obra em foco, para complementar o estudo ora iniciado, basta clicar em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#MANOEL  e, em seguida, no verbete "Tramas do Destino”.

Eis as questões de hoje:

 

57. Com que finalidade o benfeitor Natércio procurou São Francisco Xavier no plano espiritual?

Antes que se consolidassem os planos para a edificação material da Casa Espírita em que os Fergusons eram assistidos, o benfeitor Natércio providenciara as primeiras diretrizes sobre as quais fundamentaria a Obra. Profundo admirador e discípulo de São Francisco Xavier, que foi na Terra incansável propagandista da fé cristã no século XVI, recorreu então ao fiel Apóstolo de Jesus, suplicando seu patrocínio espiritual para a Casa que pretendia erguer e cuja finalidade seria a divulgação do Cristianismo na sua pureza primitiva. Esse, o motivo pelo qual procurou o nobre Apóstolo. O insigne missionário aceitou dar seu aval à nova casa espírita com a condição de ali se primar pela preservação do Evangelho em suas linhas puras e simples, num clima de austeridade moral e disciplinados serviços iluminativos, com os resultantes dispositivos para a caridade nas suas múltiplas expressões, tendo-se porém em vista que os socorros materiais seriam decorrência natural do serviço espiritual, prioritário, imediato, e não os preferenciais. Eles, portanto, não deveriam esquecer-se de que a maior carência ainda é a do pão de luz da consolação moral, que o Livro da Vida propicia fartamente. (Tramas do Destino, cap. 21, págs. 195 a 198.)

58. Qual é a meta primacial do Consolador, muitas vezes esquecida pelos tarefeiros espíritas?

O Consolador tem por meta primacial o Espírito, o ser em sua realidade imortal, donde procedem todas as conjunturas e situações que se exteriorizam pelo corpo e pelos contingentes humanos e sociais da Terra. (Obra citada, cap. 21, págs. 197 e 198.)

59. No exercício da caridade, a quem as instituições espíritas devem dar preferência? 

Em muitas instituições não existe lugar nem tempo para Jesus ou para os obsidiados, os ignorantes do espírito e os impertinentes, tais as preocupações, os compromissos sociais, as campanhas e os movimentos pela aquisição argentária. Por isso, sem qualquer restrição à prática da caridade material, a caridade moral e a caridade espiritual, que beneficiam o paciente e edificam o benfeitor, constituem-se em imperativo primordial e insubstituível. Foi o que Francisco Xavier solicitou a Natércio: no exercício da caridade, dar preferência aos enfermos do espírito, particularmente os obsidiados, em cujo ministério se deveria cuidar também com acendrado carinho dos perseguidores desencarnados. (Obra citada, cap. 21, págs. 198 a 200.)

60. Por que no Centro Espírita não devem ter lugar a leviandade, a revolta e a zombaria?

Natércio explicou por que devemos ter esse cuidado, afirmando que as conversações frívolas e vulgares são responsáveis pela sintonia com Espíritos ociosos e malévolos, que se insinuam através das mentes invigilantes e, não raro, se introduzem em locais que lhes são vedados. Hospital-Escola para os que sofrem, o Centro Espírita é templo de recolhimento e oração, onde se estabelecem, se fixam e por onde transitam as forças da comunhão entre o homem e Deus. Em face disso, no Centro Espírita não podem coexistir a leviandade e a honradez, a zombaria e o verbo edificante, a esperança e a revolta. Diferença psíquica significativa tem que apresentar a Casa Espírita em relação a outros recintos de qualquer natureza, atestando, dessa forma, a qualidade dos seus trabalhadores espirituais e o tipo de finalidades a que se destina. (Obra citada, cap. 21, págs. 200 a 203.)

61. Pode-se dizer que a hanseníase, no caso Rafael-Lisandra, era uma enfermidade cármica?

Sim. Natércio informou que os impositivos cármicos de Rafael e Lisandra insculpiram nos seus perispíritos as matrizes para o desenvolvimento e a cultura do "mal de Hansen", que eclodiu em momento próprio como compulsória expiatória, cuja liberação lograriam ou não, de acordo com o comportamento moral e espiritual que se impusessem. (Obra citada, cap. 22, págs. 205 a 207.)

62. De que crime Annette era acusada por Ermínio? 

Ao serem surpreendidos juntos pelo marido de Annette, Ermínio (seu amante) disse que não fugiu porque contava com a ajuda dela, que não lhe veio, motivo pelo qual agora a odiava sem remissão. Os fatos foram depois projetados numa tela transparente e viu-se claramente que Ermínio, assim que Georges, o esposo de Annette, bateu à porta do quarto, escondeu-se dentro de um imenso armário de roupas, móvel esse que foi emparedado a mando do chefe da casa, que desconfiou que ali estivesse alguém escondido. Lembremos que Georges e Annette eram na atual existência Rafael Ferguson e sua filha Lisandra. (Obra citada, cap. 22, págs. 213 e 214.)

63. Quem, em verdade, foi o responsável pela morte de Ermínio?

O responsável foi Georges, açulado pela desconfiança com relação à mulher. “Há alguém dentro do roupeiro?", indagou Georges, desconfiado. A mulher disse-lhe que não, jurando por Deus e pela Bíblia. Ele, então, chamou pela camareira, ordenando-lhe que trouxesse os pedreiros do castelo, aos quais determinou fosse erguida uma parede ali mesmo, à frente do roupeiro. "Comecem já. Eu espero aqui mesmo", ordenou Georges. E assim se fez, fato que foi determinante para a morte do amante de sua esposa. (Obra citada, cap. 22, págs. 215 e 216.)

64. Por que não podemos olvidar, no tratamento da obsessão, a figura do obsessor? 

Entidades enfermas, os chamados obsessores são nossos irmãos da retaguarda ascensional, que aguardam o socorro da nossa benevolência e a elucidação evangélica, para se refazerem interiormente, mudando os centros de interesse pessoal para outras direções. Afastá-los, pura e simplesmente, sem os orientar e socorrer cristãmente, redundaria em fracasso da empresa, uma vez que a luz da caridade e o pão do amor são para todos, encarnados ou não. Ademais, não se pode esquecer que o verdugo frio e calculista de Lisandra assim se encontrava por causa da pusilanimidade ou imprevidência de Annette (hoje reencarnada como Lisandra, sua atual presa). (Obra citada, cap. 23, págs. 221 e 222.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 7 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/03/tramas-do-destino-manoel-philomeno-de_8.html

 

 

 

 

 

 

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