quarta-feira, 24 de março de 2021

 


Nos Domínios da Mediunidade

 

André Luiz

 

Parte 9

 

Vimos publicando neste espaço – sob a forma dialogada – o estudo de onze livros de André Luiz, psicografados pelo médium Francisco Cândido Xavier, integrantes da chamada Série Nosso Lar.

Concluído o estudo dos sete primeiros livros da Série, estudamos agora a oitava obra: Nos Domínios da Mediunidade, publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado do livro, para acompanhar, pari passu, o presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#AND e, em seguida, no verbete " Nos Domínios da Mediunidade".

Eis as questões de hoje:

 

65. Ser médium significa que a pessoa esteja agraciada por privilégios ou conquistas realizadas?

Não. Segundo o benfeitor Aulus, recursos psíquicos, nesse ou naquele grau de desenvolvimento, são peculiares a todos, tanto quanto o poder de locomoção ou a faculdade de respirar. Constituem forças que o Espírito encarnado ou desencarnado pode empregar no bem ou no mal de si mesmo. Diz Aulus: "Ser médium não quer dizer que a alma esteja agraciada por privilégios ou conquistas feitas. Muitas vezes, é possível encontrar pessoas altamente favorecidas com o dom da mediunidade, mas dominadas, subjugadas por entidades sombrias ou delinquentes, com as quais se afinam de modo perfeito, servindo ao escândalo e à perturbação, em vez de cooperarem na extensão do bem". (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 15, pp. 139 a 141.)

66. Pode alguém envolver-se em fenômenos de intercâmbio com os Espíritos sem perceber?

Pode. Ao confirmar essa possibilidade, Aulus disse que faculdades mediúnicas e cooperação do mundo espiritual surgem por toda parte. "Onde há pensamento, há correntes mentais e onde há correntes mentais existe associação", asseverou o instrutor. "Daí concluímos quanto à necessidade de vida nobre, a fim de atrairmos pensamentos que nos enobreçam. Trabalho digno, bondade, compreensão fraterna, serviço aos semelhantes, respeito à Natureza e oração constituem os meios mais puros de assimilar os princípios superiores da vida, porque damos e recebemos, em espírito, no plano das ideias, segundo leis universais que não conseguiremos iludir." (Obra citada, cap. 15, pp. 142 a 144.)

67. As influências do bem ou do mal sobre nós independem do local em que estejamos?

Sim. As influências em nosso mundo se estendem por todos os lados, e por todos os lados registramos a presença de faculdades medianímicas que as assimilam, conforme a direção feliz ou infeliz, correta ou indigna, em que cada mente se situe. (Obra citada, cap. 15, pp. 144 a 146.)

68. A médium Ambrosina portava na cabeça um pequeno funil de luz, posto ali como se fosse um adorno. Qual a finalidade de semelhante objeto?

Colocado entre os cabelos grisalhos da médium, o pequeno funil de luz era na verdade um aparelho magnético ultrassensível com que ela vivia em constante contato com o responsável pela obra espiritual que ele, por intermédio dela, realizava. (Obra citada, cap. 16, pp. 147 a 149.)

69. Ao atender as pessoas na Casa Espírita, Ambrosina percebeu que estava diante de dois criminosos. Ela titubeou na ajuda. Que lhe foi dito então pelo mentor espiritual?

Quando percebeu o que ocorria, Ambrosina conversou mentalmente com os protetores espirituais: “Amados amigos espirituais, que fazer? Identifico nossos irmãos delinquentes e reconheço-lhes os compromissos... Um homem foi eliminado... Vejo-lhe a agonia retratada na lembrança dos responsáveis... Que estão buscando aqui nossos infortunados companheiros, foragidos da justiça terrestre?” Um dos mentores aproximou-se e tranquilizou-a: “Ambrosina, não receie. Acalme-se. É preciso que a aflição não nos perturbe. Acostume-se a ver nossos irmãos infelizes na condição de criaturas dignas de piedade. Lembre-se de que nos achamos aqui para auxiliar, e o remédio não foi criado para os sãos. Compadeça-se, sustentando o próprio equilíbrio!” E acrescentou: “É indispensável receber nossos irmãos comprometidos com o mal, como enfermos que nos reclamam carinho”. (Obra citada, cap. 16, pp. 149 e 150.)

70. Um médico recentemente desencarnado, pelo simples fato de ter exercido aqui a Medicina, já está pronto para servir como médico no plano espiritual?

Como regra, não. É o que André Luiz observou numa reunião que contou com a presença de muitos médicos desencarnados. Segundo Aulus, todos eles, embora excelentes profissionais, devotados e beneméritos em sua missão, não haviam sido, ainda, promovidos da ciência fragmentária do mundo à sabedoria integral. Com a imersão nas realidades da morte, adquiriram novas visões da vida e alargaram seus próprios horizontes, mas o que eles sabiam era ainda muito pouco daquilo que lhes competia saber. “Não poderia ser de outro modo”, aduziu Aulus. O milagre não existe como derrogação de leis da Natureza. (Obra citada, cap. 16, pp. 151 e 152.)

71. Numa atividade espírita voltada para a assistência espiritual, como se comporta o público presente?

André Luiz descreveu uma reunião desse tipo. Segundo ele, a assembleia mostrava-se, como é fácil de entender, flagelada por problemas inquietantes. Dezenas e dezenas de pessoas aglomeravam-se em derredor da mesa, exibindo atribulações e dificuldades. Formas-pensamentos estranhas surgiam de grupo a grupo, denunciando-lhes a posição mental. Preocupações, amarguras, desânimo, desespero, propósitos de vingança eram ali sentimentos comuns, enquanto Espíritos desencarnados em grande número suspiravam pelo céu, ao contrário de outros, que receavam o inferno. (Obra citada, cap. 16, pp. 152 a 154.)

72. Qual a finalidade do espelho fluídico situado junto de uma médium por ocasião do atendimento dado aos pedidos de ajuda espiritual?

Situado junto da médium por trabalhadores espirituais da Casa, na face do espelho fluídico cada pessoa ausente, nomeada nas petições da noite, surgia com extrema rapidez ante o exame dos benfeitores que, a distância, contemplavam-lhe a imagem, recolhiam-lhe os pensamentos e especificavam-lhe as necessidades, oferecendo a solução possível aos pedidos feitos. (Obra citada, cap. 16, pp. 154 a 156.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 8 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/03/nos-dominios-damediunidade-andre-luiz_17.html

 

 

 

 

 

 

 

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