Devaneios do diálogo com Gabriel Delanne
JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF
Dia
desses, sonhei que tomava um café com brioche num dos cafés de Place de
Terreaux, de Lyon, cidade francesa onde nasceu Allan Kardec. Enquanto contemplava
a fonte Bartholdi, sentou-se, à mesa ao lado, ninguém menos do que Gabriel
Delanne.
Ao
reconhecê-lo, identifiquei-me e logo iniciamos uma conversa fraterna que
reproduzo abaixo:
—
Delanne, o que lhe parece a onda materialista que grassa sobre a Terra
atualmente?
— Jó,
fique certo de uma coisa: o Espiritismo renasce com força, não somente na
França como em toda a Europa, além de outros países de diversas partes do
mundo. Com relação ao materialismo, até hoje, nenhum dos grandes clássicos
espíritas perdeu sua atualidade e deixou de nos proporcionar um roteiro para o
conhecimento da verdade, como a obra Fatos espíritas, de Willian
Crookes; Pensamento e vontade; A crise da morte, entre outras
obras de Ernesto Bozzano; A alma é imortal; A reencarnação etc.
de minha autoria, entre outras, complementadas por todas as obras da
codificação de Allan Kardec. Essa
é a base para todo aquele que deseja conhecer O Consolador Prometido por Jesus.
Mas não podemos parar aí. Temos que estudar as obras dos médiuns brasileiros e
estrangeiros, dos cientistas e filósofos comprometidos seriamente com a
verdade, como Buda, Gandhi, Pietro Ubaldi, Huberto Rohden, C. Torres Pastorino
etc., além de conhecer e praticar tudo aquilo que Jesus nos legou como tesouro
maior, contido nos Antigo e Novo Testamento.
Foi então que lhe objetei:
— Mas para isso uma existência no
corpo é insuficiente, irmão... — E Delanne concluiu:
— E você acha que a ciência do
infinito pode ser conhecida numa só existência? Selecione, por enquanto, aquilo
que melhor satisfaça seu espírito... Há quem prefira a ciência espírita; outros
já se identificam melhor com sua filosofia; por fim, existem aqueles que enfocam
a moral. Todos esses conhecimentos, porém, se não forem secundados pela práxis,
no cultivo diário do amor a Deus e ao próximo, serão como o sino que tange,
donde só sairão sons sonoros... sem
seriedade... secos... sacripantas...
Ouvindo essas últimas palavras, em
forma de aliteração, lembrei-me de grandes poetas brasileiros como Castro
Alves, Cruz e Sousa, Cecília Meireles e Carlos Drummond de Andrade. Deste
último, dois versos do seu belo poema intitulado O Lutador vieram-me à
memória: "Lutar com palavras é a luta mais vã. Entanto lutamos mal rompe a
manhã..." – Foi quando, registrando meu pensamento, Delanne concluiu, despedindo-se
de mim:
— Mas a verdadeira e melhor luta,
caro Jó, é contra nossas próprias imperfeições. Au revoir!
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