Sinais de alarme
ASTOLFO
O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com
De
Londrina-PR
O
moço acidentou-se gravemente numa colisão entre veículos. Ao cair de sua moto,
o capacete revelou-se insuficiente para proteger-lhe o crânio. Dias e noites
debateu-se às voltas com a presença da morte numa U.T.I. do principal hospital
da cidade. Em casa, todos oravam. Seus familiares pareciam unir-se para somar
forças e recursos diante do decreto do Invisível, pois temiam sua partida
extemporânea para o Outro Mundo. “É cedo ainda”, pensavam, embora não
conseguissem dizê-lo.
À
medida, porém, que o enfermo se recuperava, o fervor diminuía e, aos poucos, a
casa foi voltando à normalidade. Com sua alta, de novo voltaram as preocupações
materiais, os projetos financeiros, a despreocupação com os altos objetivos de
nossa passagem pela Terra, coisa que deveria merecer um pouco mais de atenção
nos dias que vivemos.
O
que ocorre em um simples acidente físico deveria ocorrer nos acidentes morais.
Quando
a obsessão, qual doença insidiosa, bate à nossa porta, a família necessita
pôr-se em guarda, juntar esforços e orar muito, porque, mais perigosa do que
uma lesão de natureza orgânica, a obsessão pode liquidar projetos nobres e ser
o túmulo das mais caras aspirações.
Por
que, então, não a encarar como um mal que é preciso ser extirpado?
Por
que não a eleger o problema número um da família inteira?
É
de Scheilla (Espírito), por intermédio da psicografia de Chico Xavier, a
seguinte advertência:
“Há
dez sinais vermelhos no caminho da experiência, indicando queda provável na
obsessão:
Quando
entramos na faixa da impaciência;
Quando
acreditamos que a nossa dor é a maior;
Quando
passamos a ver ingratidão nos amigos;
Quando
imaginamos maldade nas atitudes dos companheiros;
Quando
comentamos o lado menos feliz dessa ou daquela pessoa;
Quando
reclamamos apreço e reconhecimento;
Quando
supomos que o nosso trabalho está sendo excessivo;
Quando
passamos o dia a exigir esforço alheio, sem prestar o mais leve serviço;
Quando
pretendemos fugir de nós mesmos, através do álcool ou do entorpecente;
Quando
julgamos que o dever é apenas dos outros”.
E
Scheilla assim conclui:
“Toda
vez que um desses sinais venha a surgir no trânsito de nossas ideias, a Lei
Divina está presente, recomendando-nos a prudência de amparar-nos no socorro da
prece ou na luz do discernimento”.
A
lição transcrita dispensa comentários.
A
obsessão é enfermidade moral que só alcança o homem que lhe abre portas e
janelas para ela entrar.
Há,
todavia, um antídoto para esse inquietante mal, expresso no lembrete seguinte
de Eurípedes Barsanulfo (Espírito), constante do livro Sementes da Vida Eterna,
psicografado por Divaldo Franco: “Através do Evangelho (...) encontramos o
antídoto eficiente contra a sua proliferação: o amor!”.
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