Sílvia e José Grosso,
meus protetores
JORGE LEITE DE
OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília, DF
No último domingo,
estive numa reunião espírita presencial, no Guará 1, cidade brasiliense. Fora
convidado para proferir palestra pública no Centro Espírita André Luiz. No
salão modesto, onde cabiam cerca de cem
pessoas, estava presente bom público.
Discorremos sobre as Diversas
Moradas da Casa do Pai e parece que não fomos mal, pois a vice-presidente,
ao final da palestra, elogiou-nos e agradeceu discretamente. Nos 30 minutos
antes de nossa exposição, o jovem Ubiraci tocou violão e cantou para o público
presente. O músico ocupou a cadeira ao lado direito da mesa. O dirigente foi o
Sr. Juraci, que, junto com a vice-presidente Bernadete, compôs a mesa conosco.
Terminada a palestra,
fui convidado para dirigir-me à sala ao lado, onde todos receberíamos um passe
e eu faria a prece de encerramento dos trabalhos. Tão logo essas atividades
terminaram, a Sra. Bernadete perguntou-me se eu ainda trabalhava como
psiquiatra ou se já me aposentara.
Como me referira a
trabalho assistencial de que participo,
semanalmente, em cidade goiana próxima a Brasília, integrado por dois médicos
psiquiatras, além de mim e outro colaborador da FEB, a Sra. Bernadete pensou
que eu fosse um desses doutores. Expliquei-lhe que não sou psiquiatra, mas
sempre tive profunda admiração por esse profissional da medicina. Ela, então,
disse-me que vira uma equipe de psiquiatras ao meu lado enquanto eu expunha.
Agradeci e respondi-lhe que talvez eu estivesse carente de assistência
espiritual na área.
Em seguida, ela
falou-me que também vira meu protetor espiritual: o espírito José Grosso. De
início, me assustei, mas logo me lembrei de já ter lido algo sobre esse
espírito e fiz troça com seu nome: — Talvez seja porque sou grosso... Ouvindo isso, ela explicou-me que esse
espírito, em sua última encarnação, fizera parte da equipe de Lampião, mas como
não concordara com os métodos violentos desse cangaceiro, sempre que sabia da
visita de Lampião a uma casa, para a prática de crime, alertava seus moradores
para fugirem antes da chegada do cangaceiro e seus comparsas. Ao saber disso,
Lampião arrancou-lhe os olhos com uma faca e o deixou na mata. Ali, José Grosso
ficou até vir a falecer vitimado por infecção generalizada.
Por esse motivo, ao
retornar para casa, fiz nova pesquisa e descobri estas pérolas sobre “meu
protetor”, que só conheci agora, quando já estou idoso. Também só depois dos 60
anos de idade conheci minha madrinha Sílvia, residente em Juiz de Fora, que é
carinhosamente tratada como Silvinha.
Silvinha é católica
praticante e diariamente me encaminha um vídeo de aproximadamente 5 minutos,
com fala do padre Émerson. Sempre espiritualizado e respeitoso às pessoas de
todas as crenças, ele comenta um versículo do Novo Testamento. O nome do
programa é Palavra do Dia, e, nos trinta segundos finais, ouvimos o som da
música Aleluia... aleluia. Ao fundo, o Sol aparece brilhando e vai
desaparecendo aos poucos. Lindo! Como sou, antes de qualquer coisa, espírita
cristão, vez por outra compartilho em meu blog o vídeo com a mensagem muito evangelizada
do novo discípulo do Cristo.
Curioso com a
história de José Grosso, resolvi pesquisar sobre a vida e características desse
espírito, na internet e em obras de minha biblioteca particular. Tudo o que
Bernadete disse foi confirmado na pesquisa que fiz. Mais ainda, soube que ele é
um espírito muito disciplinado e espiritualizado.
Depois lembrei-me de que o espírito José Grosso apresentou-se
em fenômenos de materialização e curas, e colhi estas informações no site d’O
Consolador, revista semanal espírita:
Entidade amiga, dotada de bons sentimentos, reencarnou diversas vezes na
Terra. Exerceu poder e autoridade na antiga Germânia (Alemanha), quando então
tinha o nome de Johannes, homem rígido, disciplinado e místico, tendo
desencarnado por volta do ano de 751. Renasceu também na Holanda, onde exerceu
o alto cargo de Adido Diplomático, convivendo, dessa forma, com a alta classe
daquele país e também com a corte de Francisco I, rei de França.
Logo que desencarnou no Brasil, em 1936, foi recebido na Espiritualidade
pelos Espíritos Scheilla e Joseph Gleber, os quais mantiveram laços com ele
quando de sua romagem terrena na Germânia.
Em 1949, ano de suas primeiras manifestações, conduzido que foi ao
Centro Espírita André Luiz, no Rio de Janeiro, pelos Espíritos acima citados,
dizia “ser folha caída dos ventos do Norte”.
Entre os médiuns por meio dos quais se comunicava, destaca-se Peixotinho
(Francisco Peixoto Lins), extraordinário médium de efeitos físicos,
notabilizado pelas materializações luminosas, nascido na cidade de Pacatuba,
Ceará, em 1° de fevereiro de 1905 e citado na obra Materializações Luminosas,
de Rafael Ranieri (NEGREIROS, Estênio. José Grosso, um
Bandoleiro do Bem. Crônicas e Artigos, Ano 6 – Nº 272 – 5 ago 2012. Disponível
em: http://www.oconsolador.com.br/ano6/272/estenio_negreiros.html. Acesso em 10 nov. 2022)
Alma irmã, não será por falta de boa companhia e assistência
espiritual que eu venha a cair. Que Deus ilumine, cada vez mais, o espírito
José Grosso, que de grosso nada tem, a Silvinha e o padre Émerson, bem como
nossas maravilhosas famílias espirituais e físicas.
Acesse o blog: www.jojorgeleite.blogspot.com
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Querido irmão em Cristo Jesus! Gratidão por esses relatos esclaredores🌼🌼🌿
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