Sexo e Obsessão
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 2
Damos sequência neste espaço ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.
Este estudo será publicado neste blog sempre às
segundas-feiras.
Eis as questões de hoje:
8. Podemos afirmar
que nenhuma prece fica sem resposta?
Sim. Nenhuma
louvação, rogativa ou gratidão expressa através da prece fica sem resposta
adequada, desde que os sentimentos lhe acompanhem o curso oracional. (Sexo e
Obsessão, capítulo 2: O poder da oração.)
9. Qual era o
objetivo inicial da Caravana socorrista enviada à crosta pela Colônia?
Atender um jovem
sacerdote que se encontrava em momento muito grave da sua existência, lutando
com tenacidade contra as tendências infelizes do passado, que o assaltavam
agora com pertinaz incidência. Embora forjado em sentimentos humanitários e
cristãos, ele perdia lentamente as forças na imensa pugna travada contra as más
inclinações que predominavam no seu íntimo e porque também estava sob indução
espiritual perversa e perigosa. Quando a equipe chegou ao local em que deveriam
iniciar as atividades socorristas, encontraram um jovem religioso mergulhado em
terrível conflito interior. Não obstante se encontrasse ajoelhado, orando em
desespero, seu pensamento turbilhonado exteriorizava imagens atormentadoras de
que se desejava libertar. O rapaz aparentava trinta anos de idade e chamava-se
Mauro. Tentando fugir dos tormentos que o sitiavam desde a adolescência e
sentindo-se dominado pelo desvario das tendências sexuais infelizes, ele
procurara refúgio na Religião, na qual imaginava poder deter os desejos
infrenes que o aturdiam, mas sua tarefa era complexa e muito difícil. (Obra
citada, capítulo 2: O poder da oração.)
10. Apesar de suas
tendências pessoais para a conduta infeliz, o sacerdote Mauro era também vítima
de seus próprios comparsas?
Sim. Vinculado a
terrível Organização espiritual jesuítica do passado, quando cometeu
arbitrariedades contra criaturas tidas como inimigas e silvícolas que tombaram
nas suas garras ignóbeis, aos quais deveria evangelizar, Mauro ainda não conseguira
libertar-se desses comparsas, que hoje prosseguiam inspirando-o na situação
calamitosa em que se encontrava. (Obra citada, capítulo 2: O poder da oração.)
11. Os conflitos
sexuais do padre eram efeitos de sua conduta infeliz no passado ou decorrência
de obsessão?
Anacleto explicou:
“Estamos diante de uma resposta da Vida aos atos clamorosos perpetrados
anteriormente pelo nosso amigo. É natural que, havendo desconsiderado as Leis
que estabelecem o respeito, o amor e o dever para com o próximo, hoje sofra os
conflitos e as perturbações que lhe constituem mecanismo de depuração dos
gravames cometidos. Ao mesmo tempo, algumas das suas vítimas cercam-no de
vibrações deletérias e odientas, inspirando-o nas tendências doentias, a fim de
mais o afligirem, ao tempo em que o alucinam e o estarrecem ante os próprios
absurdos gerados pela mente em desalinho. Sempre há cobrador quando existe
devedor na pauta dos processos atuais de evolução do planeta terrestre e dos
seus habitantes. Os seus adversários espirituais encharcam-no de ideias
pervertidas e desejos lúbricos insaciáveis, desvairando-o. Fixando-se-lhe nos
painéis mentais, telecomandam-no a distância, e quando se desprende pelo sono
físico é atraído ou arrebatado para os sítios de vergonha e de depravação, nos
quais mais se acentuam os desbordamentos da paixão insana”. (Obra citada,
capítulo 2: O poder da oração.)
12. As orações,
mesmo quando expressam desespero, são captadas e atendidas?
Sim. Todo apelo que
procede do coração, mesmo quando as possibilidades emocionais não permitem
melhor entrosamento entre o sentimento e a razão, atinge o fulcro para o qual é
direcionado. Nenhuma solicitação ao Pai Amantíssimo fica sem resposta, seja
qual for a natureza do seu conteúdo, recebendo-a de acordo com o propósito de
que se reveste. (Obra citada, capítulo 2: O poder da oração.)
13. Embora com
dificuldade de descrever o local e o ambiente cultivados pela Comunidade
pervertida, que informações sobre o assunto Manoel Philomeno de Miranda consignou
nesta obra?
A degradação moral
era ali evidente. As personagens presentes formavam a grande massa deambulante
e movimentada em todos os lados. A tonalidade avermelhada da iluminação, que
fazia recordar os archotes fumegantes do passado, produzia um aspecto
terrificante no ambiente, que esfervilhava de Espíritos de ambos os lados da
vida em infrene orgia de alucinados. Podia-se perceber que Espíritos vitimados
por graves alterações e mutilações no perispírito misturavam-se à malta
desenfreada na exaltação do sexo e das suas mais sórdidas expressões, a
acompanhar freneticamente um desfile de carros alegóricos, que faziam recordar
os carnavais da Terra, exibindo, porém, cenas de terrível horror e espetáculos
de grosseira manifestação da libido. (Obra citada, capítulo 3: A comunidade da
perversão moral.)
14. O Espírito do
padre Mauro ali também comparecia?
Sim. Podiam ser
vistos ali diversos Espíritos reencarnados que seguiam jugulados aos seus
algozes, presos a coleiras como se fossem felinos esfaimados, babando ante o
espetáculo que lhes aguçava os instintos grosseiros. Entre outros,
encontrava-se o padre Mauro com o seu sicário, que dele escarnecia e o
amedrontava, enquanto, debatendo-se para liberar-se da retenção e atirar-se no
vulcão de asquerosa sensualidade, urrava em deplorável aspecto. (Obra citada,
capítulo 3: A comunidade da perversão moral.)
Observação:
Para acessar a 1ª parte deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/11/blog-post_21.html
Como
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