sexta-feira, 15 de setembro de 2023

 



No Invisível

 

Léon Denis

 

Parte 34

 

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do clássico No Invisível, de Léon Denis, cujo título no original francês é Dans l'Invisible.

Nossa expectativa é que este estudo sirva para o leitor como uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.

Cada parte do estudo compõe-se de:

a) questões preliminares;

b) texto para leitura.

As respostas às questões propostas encontram-se no final do texto indicado para leitura.

Este estudo é publicado sempre às sextas-feiras.

 

Questões preliminares

 

A. A luz tem efeito desagregador sobre as criações fluídicas materializadas?

B. Donde vêm essas aparições? Qual a sua natureza?

C. Numa das sessões dirigidas pelo Dr. Gibier ocorreu um fato inusitado. Qual foi esse fato?

 

Texto para leitura

 

916. As próprias nebulosidades, agregados de matéria cósmica condensada, germens de mundos, e que na profundeza dos espaços nos mostram os telescópios, vão reaparecer na primeira fase das materializações de Espíritos. É assim que a experimentação espírita conduz às mais vastas consequências.

917. Na maior parte das sessões, distinguem-se, ao começo, cúmulos nebulosos em forma de ovo; depois, listões fluídicos brilhantes, que se desprendem, quer das paredes e do soalho, quer das próprias pessoas, se avolumam pouco a pouco, se alongam e se tornam formas espectrais.

918. As materializações são infinitamente graduadas. Os Espíritos condensam suas formas de modo a serem primeiramente percebidos pelos médiuns videntes. Estes descrevem a fisionomia dos manifestantes e o que descrevem é depois confirmado pela fotografia, tanto à claridade do dia como à luz do magnésio. Sabe-se que a placa sensível é mais impressionável que o olho humano. Num grau superior a materialização se completa; o Espírito torna-se visível para todos; deixa-se pesar; seus membros podem deixar impressões e moldes, em substâncias plásticas.

919. Em tudo isso a fiscalização deve ser muito rigorosa. É preciso preservar-se cuidadosamente de todas as causas de erro ou ilusão. Convém por isso recorrer, tanto quanto possível, aos aparelhos registradores e à fotografia. Se têm sido cometidos numerosos abusos e fraudes, nessa ordem de fatos são abundantes, em compensação, as experiências e os testemunhos sérios.

920. O acadêmico inglês Russel Wallace, experimentando em sua própria casa, com pessoa de sua família, obteve uma fotografia do Espírito de sua mãe, em que um desvio do lábio constituía uma prova convincente de identidade. O médium vidente havia descrito a aparição antes de terminada a “pose”, e verificou-se que era exata a descrição.

921. O pintor Tissot, célebre pelas ilustrações de sua “Vida de Jesus”, obteve uma prova que não é menos admirável: a fotografia de um grupo composto do corpo físico e do corpo fluídico do médium, desdobrado, simultaneamente, com a de um Espírito desencarnado e o do experimentador.

922. Análogas comprovações foram feitas pelos Doutores Thompson e Moroni, pelos professores Boutlerov e Rossi-Pagnoni e pelo Sr. Beattie, de Bristol. Todos eles adotaram as mais minuciosas precauções. Pode-se ler em “Animismo e Espiritismo”, de Aksakof, cap. I, a narrativa minuciosa das experiências do Sr. Beattie.

923. Na primeira série dessas experiências, uma forma humana se desenhou na placa à décima oitava exposição. Mais tarde, o Dr. Thompson se associou às investigações e obteve-se uma série de cabeças, perfis e formas humanas, ao começo vagas, depois cada vez mais distintas, todas as quais haviam sido previamente descritas pelo médium em transe. Às vezes operava-se às escuras.

924. Aqui está o que diz Aksakof:

“Nessas experiências nos achamos em presença, não de simples aparições luminosas, mas de condensações de uma certa matéria, invisível à nossa vista, e que ou é de si mesma luminosa ou reflete na placa fotográfica os raios de luz, à ação dos quais a nossa retina é insensível. Que se trata aqui de uma certa matéria, prova-o o fato de que ora é tão pouco compacta que deixa ver através das formas das pessoas presentes, ora é tão densa que cobre a imagem dos assistentes. Num dos casos a forma aparecida é negra.”

925. Como se vê, Aksakof acredita conosco que se não poderiam explicar essas manifestações sem a existência de um fluido, ou éter, substância manipulada por seres inteligentes invisíveis. É o que imprime ao fenômeno – pensa ele – um duplo caráter, ao mesmo tempo material, no estrito sentido da palavra, e intelectual, pela intervenção de uma vontade que trabalha artificialmente essa matéria invisível, com determinado fim.

926. Mumler, fotógrafo profissional, obtinha nas placas as imagens de pessoas falecidas. Intentaram-lhe um processo por dolo, mas não pôde ser descoberta fraude alguma e o fotógrafo ganhou a questão.

927. Não somente o inquérito judiciário estabeleceu o fato da produção, nas placas, de figuras humanas invisíveis à vista desarmada, como também doze testemunhas declararam ter reconhecido nessas figuras as imagens de parentes seus já falecidos. Mais ainda: cinco testemunhas, entre as quais o grande juiz Edmonds, depuseram que haviam sido produzidas, e foram reconhecidas, imagens de pessoas que em vida nunca se tinham fotografado.  Obteve-se mesmo, no caso do Senhor Bronson Murray, a efígie de pessoas falecidas, na ausência de toda testemunha que as houvesse conhecido na Terra.

928. Conseguiu-se fotografar as sucessivas fases de uma materialização. Em meu poder conservo uma série de reproduções, que devo à gentileza do Sr. Volpi, diretor do “Vessillo”, de Roma, cuja integridade está acima de qualquer suspeita. Representam as aparições graduais da forma de um Espírito, muito vaga à primeira exposição, depois cada vez mais condensada e, por último, visível para o médium, ao mesmo tempo em que impressiona a placa fotográfica.

929. Recordemos agora alguns dos casos em que a aparição é simultaneamente visível para todos os assistentes e para o médium, o que torna impossível qualquer equívoco. O Espírito materializado tem todas as aparências de um ser humano; move-se e anda, conversa com as pessoas presentes e, depois de ter participado alguns momentos de sua vida, se desvanece lentamente, funde-se, por assim dizer, às suas vistas.

930. É esse o caso de Katie King, forma feminina que durante alguns anos se manifestou em casa de Sir William Crookes, da Sociedade Real de Londres, e de que já tivemos ensejo de falar. Várias vezes tem-se procurado insinuar que Crookes se havia retratado de suas afirmações. Ora, eis o que dizia ele, a propósito desses fenômenos, em seu discurso no Congresso para o adiantamento das ciências (British Association), realizado em Bristol, em 1898, e do qual era presidente:

“Trinta anos se passaram, depois que publiquei as narrativas de experiências tendentes a demonstrar que, fora de nossos conhecimentos científicos, existe uma força posta em ação por uma inteligência que difere da inteligência comum a todos os mortais. Nada tenho que retratar; mantenho minhas observações já publicadas. Posso mesmo acrescentar-lhes outras muitas.”

931. A Sra. Florence Marryat, autora de grande nomeada, inseriu, numa de suas obras, uma descrição minuciosa das sessões de Crookes, de que era das mais assíduas testemunhas. Eis aqui um fragmento:

“Assisti diversas vezes às investigações feitas pelo Senhor Crookes, para se convencer da existência da aparição. Vi madeixas escuras de Florence Cook esparsas no chão, diante da cortina, à vista de todos os assistentes, enquanto Katie passeava e conversava conosco. Vi, em várias ocasiões, Florence e Katie, ao pé uma da outra, de sorte que não posso ter a mínima dúvida de que eram duas individualidades distintas... No correr de uma sessão, pediu-se a Katie que se desmaterializasse em plena luz. Consentiu em submeter-se à prova, embora nos dissesse em seguida que lhe havíamos feito muito mal. Foi encostar-se à parede do salão, com os braços estendidos em cruz. Acenderam-se três bicos de gás. O efeito produzido em Katie foi terrífico. Vimo-la ainda durante um segundo apenas; depois, ela desvaneceu-se lentamente. Não posso melhor comparar a sua extinção que a uma boneca de cera derretendo-se ao calor de um braseiro. Primeiramente, os dois lados do rosto, vaporizados e confusos, parecia entrarem um no outro; os olhos se afundavam nas órbitas; o nariz desapareceu e a fronte se desmanchou. Os membros e o vestido tiveram a mesma sorte; ia tudo caindo no tapete, como uma coisa que desmorona. À luz dos três bicos de gás, olhávamos fixamente para o lugar que Katie King havia ocupado.”

932. Reproduzimos essas descrições a fim de mostrar o grande poder de desagregação que exerce a luz sobre as criações fluídicas temporárias e a necessidade das sessões obscuras, em certos casos, apesar dos inconvenientes que apresentam. A esse respeito, o Sr. Camille Flammarion estabelece a seguinte comparação, escrevendo na “Revue” de 1906:

“Aqui está, num frasco e em volume igual, uma mistura de hidrogênio e cloro. Se quereis que a mistura se conserve, é preciso – seja ou não de vosso agrado – que o frasco permaneça na obscuridade. Tal é a lei. Enquanto ali ficar, ela se conservará. Se, entretanto, movido por uma fantasia pueril, expuserdes essa mistura à ação da luz, uma violenta explosão se fará subitamente ouvir; o hidrogênio e o cloro terão desaparecido e encontrareis no frasco nova substância: o ácido clorídrico. E, com acerto, concluireis: a obscuridade respeita os dois elementos; a luz os aniquila.”

933. Outro caso célebre, que reúne os melhores elementos de certeza, as mais concludentes provas, é a aparição de Estela Livermore, falecida, a seu marido, o banqueiro Livermore, em Nova Iorque, de 1861 a 1866, em 388 sessões, dirigidas por um outro Espírito que a si mesmo se designava pelo nome de Dr. Franklin. O fenômeno se completa com uma série de provas de caráter persistente. Uns cem ditados são escritos por Estela, sob as vistas de seu marido, em cartões trazidos e marcados por ele. Graças a uma luz misteriosa que envolvia o fantasma, o Sr. Livermore reconhecia a mão, as feições, os olhos, a fronte, os cabelos da escrevente. “Sua fisionomia – diz ele – era de uma beleza sobre-humana e olhava-me com inefável expressão de felicidade.”

934. Esses fatos são antigos e já têm sido muitas vezes relatados. Não podíamos, entretanto, deixá-los esquecidos, em razão de sua importância e da extensa repercussão que se lhes tem dado. Vamos apresentar outros mais recentes. Já não se trata apenas de formas insuladas que aparecem, mas de grupos de Espíritos materializados, cada um dos quais constitui uma individualidade distinta do médium. Formas, de compleição e dimensões diferentes, se mostram ao mesmo tempo, se organizam gradualmente a expensas de uma massa fluídica nebulosa e, por fim, se dissolvem de repente, depois de terem intervindo alguns instantes nos trabalhos e nas conversas dos experimentadores.

935. O Dr. Paul Gibier, diretor do Instituto Pasteur, de Nova Iorque, apresentou ao Congresso de Psicologia de Paris, em 1900, extensa memória acerca das “materializações de fantasmas”, obtidas por ele em seu próprio laboratório, na presença dos preparadores que o auxiliam habitualmente em seus trabalhos de biologia. Muitas senhoras de sua família assistiam, além disso, a essas experiências. Tinham por encargo especial vigiar a médium, Sra. Salmon, examinar-lhe os vestidos, pretos sempre, ao passo que os fantasmas apareciam de branco.

936. Foram tomadas ali todas as precauções. Empregava-se uma jaula metálica, cuidadosamente fechada, com porta de ferro presa por um cadeado. Durante as sessões, a médium era encerrada nessa jaula, cuja chave o Dr. Gibier conservava em seu poder. Por excesso de precaução, colava-se um selo postal francês no orifício do cadeado. Numerosas sessões se efetuaram nessas condições, das quais somente uma relataremos, porque resume todas as outras.

937. No dia 10 de julho de 1889 a médium, Sra. Salmon, é colocada no gabinete e amarrada à cadeira. Passam-lhe, além disso, uma fita em volta do pescoço, fixada por um nó cirúrgico. As extremidades da fita passam por dois orifícios abertos no forro do gabinete e são amarradas uma à outra por um duplo nó muito apertado, bem longe do alcance da médium, que está vestida de preto. Diminuiu-se a luz; mas distinguiam-se os objetos. Aparições incompletas de braços, bustos e faces se produzem a princípio. Formas inteiras, vestidas de branco, lhes sucedem. Suas compleições variam, desde uma forma de criança, a pequena Maudy, aos fantasmas de elevada estatura. Vêm depois formas femininas, delgadas e graciosas, ao passo que a médium é pessoa de seus cinquenta anos, bem nutrida. Entre aquelas, aparece uma figura masculina, alta e barbada. É Ellan, um Espírito de voz forte, que distribui vigorosos apertos de mãos aos assistentes. Essa mão, apertada pela do Dr. Gibier, dissolve-se pouco a pouco sob a pressão recebida.

938. Tais aparições se formam à vista dos experimentadores. Distingue-se ao começo um ponto nebuloso, brilhante e móbil, que se dilata e prolonga em forma de coluna; depois é um T. Este muda-se num perfil de senhora, coberto com um véu, e por fim uma encantadora figura de moça, esbelta e delicada, se esboça, se condensa. Passeia por entre os assistentes, cumprimenta, aperta as mãos que se estendem para ela, depois do que a aparição se desmorona como um castelo de cartas. Por um momento ainda se distingue uma cabeça graciosa que emerge do soalho e em seguida tudo desaparece. No mesmo instante, o Dr. Gibier apalpa a médium, que se conserva em seu lugar, amarrada, no gabinete. Dá-se toda a força à luz; as fitas são examinadas; estão intactas e é preciso algum tempo para as desatar.

939. As formas se movem e falam. Dão os nomes: Blanche, Lélia, Musiquita etc. Esta última toca uma guitarra. Todas conversam com os assistentes; suas vozes se fazem ouvir em todos os pontos da sala. Quanto aos tecidos de que se vestem as aparições, elas mesmas afirmam produzi-los com o concurso de elementos tirados às roupas do médium, parcialmente desmaterializadas.

940. Numa sessão, o Espírito Lélia forma com um sopro, aos olhos dos assistentes, um tecido leve de gaze branca, que se estende pouco a pouco e termina por cobrir todas as pessoas presentes. É um exemplo de criação pela vontade, que vem confirmar o que dizíamos no começo deste capítulo.

941. Donde vêm essas aparições, e qual é a sua natureza? O Dr. Gibier no-lo vai dizer: “Os fantasmas, interrogados, declararam todos ser entidades, personalidades distintas do médium, Espíritos desencarnados, que viveram na Terra, e cuja missão é demonstrar-nos a existência da outra vida.”

942. Uma particularidade, entre outras, nos vai demonstrar que esses Espíritos têm todo o caráter humano. “As formas – diz Gibier – se mostram a princípio muito tímidas e é preciso captar-lhes a confiança.”

943. A identidade de um desses Espíritos foi positivamente estabelecida: – a de Blanche, falecida parenta de duas senhoras que assistiam às sessões; ela era sobrinha de uma e prima de outra. Ambas puderam abraçá-la repetidas vezes e conversar com ela em francês, língua que a médium não compreende.

944. O Dr. Gibier notou que as manifestações variavam de intensidade, na proporção do “volume de forças” fornecido aos Espíritos pela médium, e se produziam, conforme o caso, a maior ou menor distância da jaula ou do gabinete onde estava a médium sentada.

945. No decurso de uma sessão ocorreu um fato surpreendente. A médium, em transe, encerrada na jaula, foi encontrada do lado de fora, ao terminar das experiências. Segundo as explicações dadas pelo Espírito Ellan, a porta da jaula havia sido desmaterializada e logo reconstituída por agentes invisíveis. É esse um caso notável de desagregação e reconstituição da matéria, que convinha assinalar. (Continua no próximo número.)

 

Respostas às questões preliminares

 

A. A luz tem efeito desagregador sobre as criações fluídicas materializadas?

Sim. A Sra. Florence Marryat revela em sua obra sobre as materializações do Espírito de Katie King o efeito danoso que a luz produziu sobre a forma materializada de Katie. No correr de uma sessão, pediu-se ao Espírito que se desmaterializasse em plena luz. Ela consentiu em submeter-se à prova, embora dissesse em seguida que lhe havíamos feito muito mal. Katie encostou-se à parede do salão, com os braços estendidos em cruz. Acenderam-se três bicos de gás. O efeito produzido foi terrífico: Katie King desvaneceu-se lentamente, como uma boneca de cera derretendo-se ao calor de um braseiro. (No Invisível - O Espiritismo experimental: Os fatos - XX - Aparições e materializações de Espíritos.)

B. Donde vêm essas aparições? Qual a sua natureza?

Eis o que disse o Dr. Gibier: “Os fantasmas, interrogados, declararam todos ser entidades, personalidades distintas do médium, Espíritos desencarnados, que viveram na Terra, e cuja missão é demonstrar-nos a existência da outra vida.” Dos casos que ele presenciou, foi possível estabelecer positivamente a identidade de um dos Espíritos: a de Blanche, falecida parenta de duas senhoras que assistiam às sessões. Ela era sobrinha de uma e prima de outra, e ambas puderam abraçá-la repetidas vezes e conversar com ela em francês, língua que a médium não compreendia. (Obra citada - O Espiritismo experimental: Os fatos - XX - Aparições e materializações de Espíritos.)

C. Numa das sessões dirigidas pelo Dr. Gibier ocorreu um fato inusitado. Qual foi esse fato?

A médium, Sra. Salmon, era colocada geralmente dentro de uma jaula metálica, cuidadosamente fechada, com porta de ferro presa por um cadeado, cuja chave o Dr. Gibier conservava em seu poder. Por excesso de precaução, colava-se um selo postal francês no orifício do cadeado. Contudo, no decurso de uma sessão ocorreu um fato que surpreendeu a todos: a médium, ainda em transe, que fora encerrada na jaula, foi encontrada do lado de fora, ao terminar das experiências. Segundo as explicações dadas pelo Espírito Ellan, a porta da jaula havia sido desmaterializada e logo reconstituída por agentes invisíveis. (Obra citada - O Espiritismo experimental: Os fatos - XX - Aparições e materializações de Espíritos.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 33 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2023/09/no-invisivel-leon-denis-parte-33-damos.html

 

 

 

 

 

 

 

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