No Invisível
Léon Denis
Parte 35
Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do clássico No Invisível, de Léon Denis, cujo título no original francês é Dans l'Invisible.
Nossa expectativa é que este estudo sirva para o leitor
como uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte do estudo compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas às questões propostas encontram-se no final do
texto indicado para leitura.
Este estudo é publicado sempre às sextas-feiras.
Questões preliminares
A. Que disse sobre o Espiritismo
o professor Morsélli, docente na cadeira de Psicologia na Universidade de
Gênova?
B. É verdade que César Lombroso
viu o Espírito de sua própria mãe materializado?
C. Os detratores do Espiritismo,
em sua crítica aos fenômenos de aparição, recorrem quase sempre à teoria da
alucinação. Que comentários fez Léon Denis a respeito dessa hipótese?
Texto para
leitura
946. Outros testemunhos, não menos importantes, foram
coligidos pelo Congresso Espiritualista de Paris, em 1900. Na sessão de 23 de
setembro, o Dr. Bayol, ex-governador do Dahomey, senador e presidente do
Conselho Geral das Bocas do Ródano, expôs com clareza os fenômenos de aparições
observados, de 1º de janeiro de 1899 a 6 de setembro de 1900, numa quinta de
Aliscamps, em Arles.
947. Visitamos, depois disso, o cemitério romano de
Aliscamps (Campos Elíseos), onde se alinham sob o límpido céu da Provença
extensas filas de sarcófagos antigos. Vimos a sepultura de Acella, de quem se
vai tratar, e lemos a seguinte inscrição: “A minha filha Acella, morta aos 17
anos, na própria noite de seu noivado”. Foi numa quinta próxima, construída com
pedras tumulares, que se fizeram as experiências do Dr. Bayol, em presença de
eminentes personagens, como o prefeito das Bocas do Ródano, um general de
Divisão, o grande poeta Mistral, autor da “Mireille”, doutores em Medicina,
advogados etc.
948. Os fenômenos começaram pelos movimentos de pesada
mesa, que girava na sala com grande ruído. Viram-se depois dois globos
luminosos circunvagar e refletirem-se nos espelhos, o que demonstrava a sua
perfeita objetividade. O Dr. Bayol teve a ideia de evocar o Espírito de Acella,
a jovem romana, morta no tempo dos Antoninos. Apareceu uma chama, que se
dirigia para ele e lhe pousou na cabeça. Com ela conversou como se o fizesse
com uma pessoa viva, e a chama se agitava de modo inteligente. Viam-se, às
vezes, até dez a doze chamas, que pareciam inteligentes e iluminavam toda a
sala. “Estaríamos alucinados?” – interroga o Dr. Bayol. “Éramos, algumas vezes,
dezenove, e creio que é difícil alucinar-se um velho colonial como eu.”
949. Mais tarde, em Eyguières, Acella se tornou visível e
deu uma impressão do rosto em parafina, não em côncavo, como costumam ser os
moldes, mas em relevo. Produziram-se depois transportes, chuvas de pétalas de
rosa, de folhas de figueira e louro, que enchiam os bolsos do narrador. Foi
ditado um poema em idioma provençal e desferidas melodias num bandolim, sem
contacto aparente.
950. Os médiuns, pessoas iletradas, obtiveram fenômenos de
escrita em grego. Outras vezes se produziram efeitos físicos de grande energia.
Um dos médiuns foi projetado no ar, a uma altura de quatro metros, e tornou a
cair sobre a mesa, sem nada sofrer. “Minhas experiências – disse o Dr. Bayol em
seu memorial – foram rodeadas de todas as precauções possíveis. Há na França
uma coisa formidável, um terrível monstro, que mete medo aos franceses e que se
chama ridículo. A um velho colonial como eu permitireis que o afronte. Estou
convencido de que tenho razão e não devo ter medo de dizer a verdade.”
951. No correr dos anos de 1901 e de 1902, toda a imprensa
italiana se ocupou com uma série de sessões dadas pela médium Eusápia Paladino
no Círculo Minerva, em Gênova, em presença dos professores Lombroso, Morsélli e
F. Porro e do arguto escritor, conhecido em toda a península, extremamente
céptico a respeito do Espiritismo, A. Vassalo, diretor do “Século XIX”.
952. Dez sessões se efetuaram. Depois de numerosos
fenômenos físicos e vários casos de levitação, formaram-se aparições. Eis como
o Sr. Vassalo as descreve em seu jornal:
“O fenômeno dura tempo demasiado longo, para que possa ser
atribuído à alucinação, parcial ou coletiva. Por cima da cabeça do médium
mostra-se uma mão branca, num gesto de adeus a todos os assistentes. Para
favorecer o desenvolvimento do fenômeno, apaga-se a luz, que impede a
materialização. Sinto imediatamente atrás de mim o indubitável contacto de uma
pessoa; dois braços me cingem com ternura e afeto; duas mãozinhas débeis,
proporcionadas à mão entrevista, me tomam a cabeça, acariciando-a, uma luz
misteriosa me ofusca e recebo longos e repetidos beijos, ouvidos por todos. Só
pode ser meu falecido filho Naldino; e agora que se acende uma vela, uma
silhueta se desenha ao meu lado, representando exatamente as feições do meu
menino falecido; essa forma permanece imóvel durante alguns segundos.
A quarta sessão nos mostra o fenômeno em seu ponto
culminante. Naldino aparece novamente. A princípio, um demorado abraço, durante
o qual sinto a forma de um rapaz, franzina, comprimir-me; depois, uma multidão
de beijos, percebidos por todos, e palavras em dialeto genovês – o médium só
fala o napolitano – que todos ouvem e que têm um timbre particular sobre que
não me posso enganar: ‘Papa mio! papa mio!’, intercaladas de exclamação de
alegria: ‘o Dio!’
De repente, o contacto com o invisível – tão visível,
entretanto – parece querer desvanecer-se; como que se vai evaporar; depois,
novo abraço. Recebo três longos e apaixonados beijos, e a voz me diz: ‘Estes
são para mamãe’. Convidam-nos a acender de novo a lâmpada elétrica; e, como se
o invisível nos quisesse dar uma derradeira prova de sua presença, um fenômeno,
entrevisto em precedente sessão pelo professor Lombroso, se renova. Percebemos
todos uma forma humana, de perfeita semelhança com a já designada, abrir os
braços e cingir-me. Uma de suas mãos toma-me a mão direita, enquanto com a
esquerda seguro sempre o médium, que, como todos pudemos certificar-nos, estava
reclinado na cadeira, em hipnose profunda.”
953. Em certas noites foram múltiplas as aparições. Perfis
indistintos, contornos de cabeças, sombras obscuras se desenham num fundo
escassamente iluminado; fantasmas brancos, de extrema tenuidade, se mostram nos
lugares escuros da sala. O professor Morsélli reconhece a sombra de sua
filhinha, morta aos onze anos. O Sr. Bozzano sente uma delicada mão de mulher o
apertar, o acariciar; dois braços lhe cingem o pescoço. Uma voz débil, mas
distinta, pronuncia um nome que é para ele “uma revelação de Além-túmulo”.
Durante todo esse tempo, o médium, acordado, geme, dirige súplicas aos seus
amigos invisíveis e pede-lhes socorro. Seus sofrimentos chegam a tal ponto, que
é preciso suspender as experiências.
954. No curso de uma sessão dirigida pelo Dr. Morsélli,
professor de Psicologia na Universidade de Gênova, durante a qual o médium,
depois de minucioso exame de suas vestes, foi amarrado em uma cama, cinco
formas materializadas apareceram em meia-luz. A última era a de uma senhora,
envolta em gaze transparente e trazendo nos braços uma criancinha. Outra figura
de moça, cuja sombra projetada pela luz do gás se desenhava na parede,
cumprimentou, e a sombra acompanhou todos os movimentos da forma.
955. Travou-se viva polêmica entre vários jornais a
respeito dessas experiências. Numa de suas réplicas, assim se exprimia o
professor Morsélli:
“Declaro que o Espiritismo merece ser plenamente estudado
pelos sábios e, por minha parte, confesso que nele creio inteiramente. Eu, o
materialista obstinado; eu, o intrépido diretor de um jornal intransigente e
positivista, pretenderiam fazer-me passar por vítima de uma alucinação ou por
neófito crédulo?!”
956. A. Vassalo, numa conferência feita posteriormente em
Roma, na sede da Associação da Imprensa, perante um público de escol, sob a
presidência do Sr. Luzzatti, antigo ministro, expôs desassombradamente todos os
fatos a que acabamos de aludir e afirmou as aparições de seu filho falecido.
957. César Lombroso, finalmente, o célebre professor da
Universidade de Turim, em sua obra “Hipnotismo e Espiritismo”, no capítulo
intitulado “Fantasmas”, depois de relatar as aparições obtidas no curso das
sessões de Eusápia, por Vassalo e Morsélli, assim se exprime:
“Obtive eu próprio uma bem comovedora aparição. Foi em
Gênova, em 1882. Eusápia não parecia, nesse momento, em condições de produzir
grande coisa. Pedindo-lhe ao começo que fizesse mover-se em plena luz um pesado
tinteiro, objetou-me em tom vulgar: ‘De que servem tais ninharias? Eu sou capaz
de te fazer ver tua mãe’. Pouco depois, na meia obscuridade produzida por uma
lâmpada de vidros encarnados, vi destacar-se da cortina uma silhueta, envolta
num véu e de bem pequena estatura, como o era minha pobre mãe. Fez o giro
completo em torno à mesa e se deteve ao pé de mim, sorrindo e me dirigindo
palavras que os outros ouviam, mas que, em consequência da minha surdez, não
pude perceber. Extremamente comovido, peço-lhe que repita, e ela diz: ‘César, fio
mio’, o que, confesso, me surpreende bastante, porque de preferência costumava
ela dizer, em sua língua veneziana: ‘mio fiol’. Depois a meu pedido faz
novamente o giro em torno à mesa e me envia um beijo. Nesse momento, Eusápia
estava bem segura por seus dois vizinhos e, ao demais, sua estatura excede pelo
menos dez centímetros à de minha mãe, que me tornou a aparecer ainda, menos
distinta, enviando-me beijos e me falando em mais oito sessões, nos anos de
1906 e 1907, em Milão e Turim.”
958. Massaro, de Palermo, numa sessão, a 26 de novembro de
1906, em Milão, viu aparecer seu filho, que o tomou amplamente nos braços e o
abraçou.
959. Como se vê, já não têm conta as aparições e
materializações de Espíritos, as quais têm sido observadas em todos os países
por numerosos experimentadores. Em Tours, pude eu mesmo observar uma delas, que
descrevi em meu livro “Cristianismo e Espiritismo”, cap. IX. Nesse caso, a
forma era vaga e sombria; não caminhava, deslizava pelo solo. Às vezes, porém,
as aparições revestem todos os caracteres de uma beleza ideal.
960. O Sr. Georg Larsen, numa carta dirigida ao “Eko”,
jornal que se publica na Suécia, descreve a aparição de sua esposa Ana,
falecida a 24 de março de 1899. O fenômeno ocorreu em Berlim, em 1901, em
presença da Princesa Karadja, da Condessa de Moltke e outras pessoas.
Redigiu-se um memorial, que foi assinado por todos os assistentes. O Sr. Larsen
assim se exprime:
“Abriram-se as cortinas, deixando ver um espetáculo
maravilhoso. Vimos elegante mulher, vestida de noiva, com longo véu branco que
lhe caía da cabeça aos pés; mas que véu! Parecia tecido de aéreos raios
luminosos. E como eu lhe reconhecia as feições! Há doze anos me conduzia ao
altar essa mulher, então viva. Como era formosa, com o véu sobre os cabelos
negros e a estrela brilhante ao alto da cabeça! Ouvi em torno de mim
exclamações de assombro. Meus olhos se conservaram fixos no adorado rosto, até
que de novo cerraram-se as cortinas.
Um momento depois reapareceu ela, tal como costumava estar
em nossa casa; caminhou até mais perto de mim e levantou os braços estendidos.
Os cabelos negros formavam a mais bela moldura em torno do seu rosto; estava
com os braços nus e tinha o esbelto corpo envolto num longo vestido de um
branco de neve. Fitava-me com seus olhos luminosos; eu tornava a encontrar sua
atitude e sua expressão afetuosa; era minha mulher viva; mas a aparição total
tinha uma beleza e uma harmonia singulares, um conjunto idealizado, que um ser
da Terra não possui. Murmurei o seu nome. O sentimento de uma felicidade
inexprimível se apoderava de mim. Ela deslizou silenciosamente até ao gabinete,
cujas cortinas se cerraram de novo. A sala estava bem iluminada; os assistentes
se conservaram sérios e calmos; o médium permaneceu visível em sua poltrona, ao
lado e durante todo o tempo da aparição.”
961. A pedido do Sr. Larsen, foi-lhe deixado um pedaço do
véu, que ele ainda conserva em seu poder. “Esse véu – diz ele – de um tecido
delicado, foi urdido com matéria igual à que emprega o Espírito para se tornar
visível e tem sua origem nas radiações do corpo humano.”
962. Em sua crítica aos fenômenos de aparição, recorrem
quase sempre os detratores do Espiritismo à teoria da alucinação. É uma
explicação, por igual, cômoda e vaga, e antes uma palavra oca, destinada a
dissimular a penúria de argumentos de contraditores em apuros. Conviria antes
de tudo definir precisamente o que é alucinação. É – dizem – uma aberração dos
sentidos. Mas o campo de nossas percepções é tão limitado, tantas coisas na
Natureza escapam aos nossos sentidos imperfeitos, que nunca sabemos, nos casos
controvertidos, se não se trata de objetos percebidos por sentidos mais sutis,
mais apurados que os da generalidade dos homens.
963. Como vimos, grande número de manifestações espíritas
baseia-se em fotografias ou moldes, que, confirmando sua autenticidade, excluem
toda possibilidade de ilusão. Aksakof obteve fotografias de uma forma de
Espírito materializada, que amparava nos braços o médium Eglinton, imerso em
profundo transe e num estado de completo esgotamento. Todos os assistentes
distinguiam a aparição, de elevada estatura, de barba preta e penetrante olhar.
964. Em casa da Sra. d`Espérance, em Gotemburgo,
obtiveram-se em 1897 numerosas fotografias de Espíritos, na presença de Aksakof
e de outros experimentadores.
965. Moldes de membros materializados são obtidos em
parafina derretida, moldes sobre os quais é, em seguida, calcado um modelo em
gesso, que reproduz em relevo, com perfeita exatidão, todas as particularidades
anatômicas da forma. As mãos, moldadas por esse processo, não têm relação
alguma com as dos médiuns. O professor de Geologia Denton as obteve de tamanhos
diferentes, desde mãos gigantescas que excediam as dimensões de mãos humanas,
até dedos de criancinhas. Como medida de fiscalização, as experiências foram
feitas numa caixa fechada à chave e lacrada, previamente examinada por todos os
assistentes. A operação se efetuou em plena luz, estando o médium
constantemente vigiado, e os relatórios foram assinados pelos experimentadores,
entre os quais se achavam o professor Denton, o Dr. Gardner, o Coronel Cope,
Epes Sargent, literato bem conhecido nos Estados Unidos, etc.
966. Idênticas experiências foram feitas com o mesmo
resultado pelo Sr. Reimers, de Manchester, sendo a cabeça e as mãos do médium
presas num saco de filó, amarrado na cintura. Os agentes ocultos são visíveis
ao mesmo tempo em que o médium. Numa sessão, foram simultaneamente vistos este
último e quatro formas materializadas, tendo cada uma a fisionomia e sinais
particulares que a distinguiam das outras figuras. Apresentavam-se aos
assistentes, após a operação da moldagem, e os convidavam a retirar eles mesmos
as luvas de parafina de suas mãos e os revestimentos de seus pés
materializados.
967. Toda fraude se torna ao demais impossível pelo fato de
que, estando a parafina a ferver, não haveria mão humana que lhe pudesse
tolerar a excessiva temperatura, como não poderia igualmente retirar-se do
molde, sem quebrar-lhe ou, pelo menos, estragar-lhe a forma, delicada e
extremamente quebradiça, enquanto a mão oculta parece desmaterializar-se no
próprio molde.
968. Ernesto Bozzano, em Annales des Sciences Psychiques,
de janeiro de 1910, publicou um extrato das sessões organizadas em 1893 com a
Sra. d'Espérance, na Noruega, por um grupo de eminentes experimentadores, as
quais foram efetuadas na residência do professor E. Em quase todas se
apresentou a forma de “Nefentes”. Era uma forma de mulher extremamente bela;
mostrava-se à luz ao mesmo tempo em que a médium, “desperta e sentada com os
outros experimentadores fora do gabinete”. Materializava-se no meio do círculo
e se prestava, ora a ser fotografada, ora a escrever no canhenho de um dos
assistentes, ora a fornecer o modelo de sua própria mão, imergindo-a em parafina
liquefeita. (Continua no próximo número.)
Respostas às
questões preliminares
Quando os fenômenos das aparições estavam no
auge na Itália e em outros países da Europa, travou-se viva polêmica entre
vários jornais a respeito dessas experiências. Foi então que, numa de suas
réplicas, assim se exprimiu o Dr. Morsélli: “Declaro que o Espiritismo merece
ser plenamente estudado pelos sábios e, por minha parte, confesso que nele
creio inteiramente. Eu, o materialista obstinado; eu, o intrépido diretor de um
jornal intransigente e positivista, pretenderiam fazer-me passar por vítima de
uma alucinação ou por neófito crédulo?!” (No Invisível - O Espiritismo
experimental: Os fatos - XX - Aparições e materializações de Espíritos.)
B. É
verdade que César Lombroso viu o Espírito de sua própria mãe materializado?
Sim.
César Lombroso, o célebre professor da Universidade de Turim, em sua obra
“Hipnotismo e Espiritismo”, no capítulo intitulado “Fantasmas”, depois de
relatar as aparições obtidas no curso das sessões de Eusápia, por Vassalo e
Morsélli, contou como sua mãe lhe apareceu, materializada. O fato ocorreu em 1882 e se repetiu mais oito
vezes, nos anos de 1906 e 1907, em Milão e Turim. (Obra citada - O Espiritismo
experimental: Os fatos - XX - Aparições e materializações de Espíritos.)
C. Os detratores do Espiritismo,
em sua crítica aos fenômenos de aparição, recorrem quase sempre à teoria da
alucinação. Que comentários fez Léon Denis a respeito dessa hipótese?
Segundo ele, trata-se de uma explicação cômoda
e vaga, destinada a dissimular a penúria de argumentos dos contraditores em
apuros. Ora, grande número das manifestações espíritas é acompanhada de
fotografias ou de moldes, que, confirmando sua autenticidade, excluem toda a
possibilidade de ilusão. Aksakof obteve fotografias de uma forma de Espírito
materializada, que amparava nos braços o médium Eglinton, imerso em profundo
transe e num estado de completo esgotamento. Em casa da Sra. d`Espérance, em
Gotemburgo, obtiveram-se, em 1897, numerosas fotografias de Espíritos, na
presença de Aksakof e de outros experimentadores. Moldes de membros
materializados são obtidos em parafina derretida, moldes sobre os quais é, em
seguida, calcado um modelo em gesso, que reproduz em relevo, com perfeita
exatidão, todas as particularidades anatômicas da forma. As mãos, moldadas por
esse processo, não têm relação alguma com as dos médiuns. Como pode a
alucinação explicar tais fatos? (Obra citada - O Espiritismo experimental: Os
fatos - XX - Aparições e materializações de Espíritos.)
Observação:
Para acessar a Parte 34 deste estudo, publicada na
semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2023/09/no-invisivel-leon-denis-parte-34-damos.html
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