A Caminho da Luz
Emmanuel
Parte 13
Damos prosseguimento ao estudo da obra A Caminho da Luz, de Emmanuel, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier em 1938 e publicada em 1939 pela Federação Espírita Brasileira.
Este estudo, que tem
por base a 15ª edição da obra, é publicado sequencialmente sempre às
sextas-feiras neste blog.
A seguir, o texto e
as questões de hoje.
Texto-base para
leitura e reflexão
214. Aproximavam-se,
porém, os tempos em que Jesus deveria enviar ao mundo o Consolador prometido.
Apelos ardentes são dirigidos ao Divino Mestre e, assim, um dos mais lúcidos
discípulos de Jesus baixa ao planeta, com a sagrada missão de abrir caminho ao
Espiritismo. Era 3-10-1804 quando nasceu Allan Kardec. (P. 194)
215. Kardec, na sua
missão de esclarecimento e consolação, fazia-se acompanhar de uma plêiade de
companheiros e colaboradores, cuja ação regeneradora se estenderia a todos os
departamentos da atividade intelectual do século XIX. (P. 197)
216. O progresso em
todos os campos foi notável e a Filosofia não escapou a essa torrente
renovadora. Aliando-se às ciências físicas, não toleraram as ciências da alma o
ascendente dos dogmas absurdos da Igreja e surgem assim as teorias
materialistas de Spencer e de Comte. (PP. 198 e 199)
217. Atento à missão
de concórdia e fraternidade da América, o plano invisível localizou aí as
primeiras manifestações tangíveis do mundo espiritual, no lugarejo de
Hydesville. O orbe havia atingido um período de grandiosas transformações, e o
Espiritismo seria a essência dessas conquistas novas, reconduzindo os corações
ao Evangelho suave do Cristo. (PP. 199 e 200)
218. As dolorosas
provações enfrentadas pela França, depois dos seus excessos na Revolução e nas
campanhas napoleônicas, continuavam. Surge então a guerra franco-prussiana, em
que a França é esmagada e vencida pela Alemanha de Bismarck. Paris sofre
miséria e fome em 1870, antes de cair em poder dos inimigos em 28-1-1871. (PP.
200 e 201)
219. Aproximando-se o
ano de 1870, que assinalaria a falência da Igreja com a declaração da
infalibilidade papal, o Catolicismo experimenta provações amargas e dolorosas.
(P. 201)
220. O século XIX
foi, contudo, um período de numerosas conquistas em todos os campos, e um deles
é a extinção do cativeiro. Cumprindo as determinações de Jesus, seus
mensageiros invisíveis laboram junto aos gabinetes administrativos, de modo a
facilitar a vitória da liberdade. As decisões do Congresso de Viena, reprovando
o tráfico de homens livres, encontrara funda repercussão em todos os países: em
1834 é abolida a escravidão nas colônias britânicas; em 1848 a França extingue
o cativeiro em seus territórios; em 1850 o Brasil suprime o tráfico negreiro e
alguns anos depois a Princesa Isabel assina a Lei Áurea. (PP. 203 e 204)
221. Grandes ideias
florescem na mentalidade de então. Ressurgem as antigas doutrinas de igualdade
absoluta e aparece o socialismo propondo reformas viscerais e imediatas. (P.
204)
222. O Espiritismo
chegava, desse modo, na hora psicológica das grandes transformações, alentando
o espírito humano para que se não perdesse o fruto sagrado de quantos
trabalharam e sofreram no esforço penoso da civilização. (P. 205)
223. Com as provas da
sobrevivência, vinha reabilitar o Cristianismo que a Igreja deturpara. Com as
verdades da reencarnação, explicava o absurdo das teorias igualitárias
absolutas. Enquadrando o socialismo nos postulados cristãos, não se ilude com
as reformas exteriores, para concluir que a única renovação apreciável é a do
homem íntimo, pugnando assim pela intensificação dos movimentos educativos da
criatura, à luz eterna do Evangelho. (P. 206)
224. Despreocupado de
todas as revoluções, porque somente a evolução é o seu campo de atividade e de
experiência, distante de todas as guerras pela compreensão dos laços fraternos
que reúnem a comunidade universal, ensina a fraternidade legítima dos homens e
das pátrias, das famílias e dos grupos, alargando as concepções da justiça
econômica e corrigindo o espírito exaltado das ideologias extremistas. (P. 206)
225. Enquanto os
utopistas da reforma exterior se entregam à tutela de ditadores impiedosos,
como os da Rússia e da Alemanha, em suas sinistras aventuras revolucionárias, o
Espiritismo prossegue a sua obra educativa junto das classes intelectuais e das
massas anônimas e sofredoras, preparando o mundo de amanhã com as luzes
imorredouras da lição do Cristo. (N.R.: Quando este livro foi escrito, o mundo
estava às vésperas da 2ª Guerra Mundial, iniciada em 1939. Passaram-se desde
então 85 anos e eis o resultado: a Alemanha nazista foi destruída e a União
Soviética desapareceu graças às suas próprias contradições, sem guerras nem
agressões externas.) (P. 206)
226. O século XX
surgiu no horizonte do globo, qual arena ampla de lutas renovadoras. As teorias
sociais continuam seu caminho, mas as revelações do além-túmulo descem às
almas, como orvalho imaterial, preludiando a paz e a luz de uma nova era. (P.
207)
227. A guerra
russo-japonesa e a 1a Guerra Mundial foram pródromos de uma luta maior, que não
vem muito longe, e dentro da qual o planeta alijará todos os Espíritos rebeldes
e galvanizados no crime. (P. 208)
228. A Terra
ver-se-á, então, como aquele mundo da Capela, livre das entidades endurecidas
no mal, porque o homem da radiotelefonia e do transatlântico precisa de alma e
sentimento, a fim de não perverter as sagradas conquistas do progresso. Ficarão
no mundo os que puderem compreender a lição do amor e da fraternidade, sob a
égide de Jesus. (P. 208) (Continua no próximo número.)
Questões para
fixação do estudo
A. Quem foi Allan
Kardec e qual a sua missão?
Emmanuel apresenta
Kardec como sendo um dos mais lúcidos discípulos de Jesus que baixou ao planeta
com a sagrada missão de abrir caminho ao Espiritismo. Era 3/10/1804 quando ele
nasceu, acompanhado de uma plêiade de companheiros e colaboradores cuja ação
regeneradora se estenderia a todos os departamentos da atividade intelectual do
século XIX. (A Caminho da Luz, pp. 194 a 197.)
B. Qual foi, no campo
social, uma das principais conquistas do século XIX?
Foi a extinção do
cativeiro, que teve início em 1834 quando a escravidão foi abolida nas colônias
britânicas. Em 1848 a França também extinguiu o cativeiro em seus territórios;
em 1850 o Brasil suprimiu o tráfico negreiro e alguns anos depois a Princesa
Isabel assinou a Lei Áurea. (Obra citada, pp. 203 e 204.)
C. Que Espíritos
ficarão na Terra renovada, quando nela se verificar a transição que um dia deu
origem aos chamados exilados de Capela?
Quando tal fato
ocorrer, ficarão no mundo os que puderem compreender a lição do amor e da
fraternidade, sob a égide de Jesus. (Obra citada, pág. 208.)
Observação:
Para acessar a Parte 12
deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2024/11/a-caminho-da-luz-emmanuel-parte-12.html
To read in
English, click here: ENGLISH |
Nenhum comentário:
Postar um comentário