Vida e Sexo
Emmanuel
Parte
7
Prosseguimos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro Vida e Sexo, de autoria de Emmanuel, obra mediúnica psicografada por Francisco Cândido Xavier e publicada pela FEB.
O
estudo, baseado na 2ª edição do livro, publicada em 1971, é apresentado sequencialmente
sempre às sextas-feiras neste blog.
Eis
o texto e as questões de hoje:
Texto-base
para leitura e reflexão
79.
Desajustes – É comum observar que o casamento promissor repentinamente
adoece. Aparecem os empecilhos. Surgem conflitos, doenças, desníveis, falhas de
formação e temperamento. Ora é a mulher que se casou pensando encontrar no
esposo o retrato psicológico do pai, a quem se vinculara desde o berço. Ora é o
homem a exigir da companheira a continuidade da genitora, a quem se jungiu
desde a vida fetal. A lição do Evangelho contudo nos ensina: “Sede indulgentes,
meus amigos, porquanto a indulgência atrai, acalma, ergue, ao passo que o rigor
desanima, afasta e irrita”. (PÁG. 53)
80.
Precisamos compreender que o matrimônio é uma quebra de amarras através da qual
o navio da existência larga o cais dos laços afetivos em que jazia ancorado. Na
viagem que se inicia a dois, os nubentes se revelarão, um à frente do outro,
tais quais são e como se encontram na realidade, evidenciando os defeitos e as
virtudes que porventura carreguem. (PÁGS. 53 e 54)
81.
Razoável se convoque, em tais circunstâncias, o auxílio de técnicos capazes de
sanar as lesões no barco em perigo, como sejam médicos e psicólogos, amigos e
conselheiros, cuja contribuição se revestirá sempre de inapreciável valor;
entretanto, ao desenrolar de obstáculos e provas, o conhecimento da
reencarnação exerce encargo de importância por trazer aos interessados novo
campo de observações e reflexões, impelindo-os à tolerância, sem a qual a
rearmonização acena sempre mais longe. (PÁG. 54)
82.
Urge perceber que a comunhão afetiva não opera a fusão dos parceiros, pois cada
qual continua sendo um mundo por si, e nem sempre os característicos de um se
afinam com o outro. Daí a conveniência do mútuo aceite, com a obrigação da
melhoria do casal. Para isso, não bastarão providências de superfície. Há que
internar o raciocínio em considerações mais profundas para que as raízes do
desequilíbrio sejam erradicadas da mente. (PÁGS. 54 e 55)
83.
Aceitação, eis a palavra-chave. É preciso admitir o companheiro ou companheira
como são e, feito isso, inicie-se a obra da edificação ou da reedificação
recíprocas. (PÁG. 55)
84.
Obtém-se da vida o que se lhe dá, colhe-se o material de plantio.
Habitualmente, o homem recebe a mulher como a deixou e no ponto em que a deixou
no passado próximo, isto é, nas estâncias do tempo que se foi para o
continuísmo da obra de resgate ou de elevação no tempo de agora, sucedendo o
mesmo referentemente à mulher. (PÁG. 55)
85.
O parceiro desorientado, enfermo ou infiel, é aquele homem que a parceira, em
existências anteriores, conduziu à perturbação, à doença ou à deslealdade,
através de atitudes que o segregaram em deploráveis estados compulsivos; e a
parceira, nessas condições, consubstancia necessidades e provas da mesma
espécie. (PÁG. 55)
86.
Seja qual seja o motivo em que o tédio se fundamente, recorram ambos ao apoio
recíproco mais profundo e mais intensivo. Com isso, estarão em justa defesa da
harmonia íntima, sem castigarem o próprio corpo. E reeducar-se-ão, sem
hostilizar os que porventura lhes demonstrem afeto, mas acolhendo-os, não mais
como cúmplices de aventuras deprimentes, e sim por irmãos queridos, com quem
podem fundir-se, em espírito, no mais alto amor espiritual. (PÁG. 56)
87.
Tédio no lar – Esclarece “O Livro dos Espíritos”, item 939, que muitas pessoas
acreditam amar perdidamente a outrem, porque apenas julgam pelas aparências e,
obrigadas a viver com as pessoas amadas, não demoram a reconhecer que só
experimentaram um encantamento material. Não basta uma pessoa estar enamorada
de outra que lhe agrada. Vivendo com ela é que poderá apreciá-la. Em muitas
uniões, que a princípio pareciam destinadas ao fracasso, acabam os parceiros –
depois de se haverem estudado bem e de bem se conhecerem – por votar-se,
reciprocamente, duradouro e terno amor, porque assente na estima. (PÁG. 57)
88.
Cumpre não se esqueça de que é o Espírito quem ama, e não o corpo, de modo que,
dissipada a ilusão material, o Espírito vê a realidade. Há duas espécies de
afeição: a do corpo e a da alma. Quando pura, a afeição da alma é duradoura;
efêmera é a do corpo. É por isso que muitas vezes os que julgavam amar-se com
eterno amor passam a odiar-se, desde que a ilusão se desfaça. (PÁGS. 57 e 58)
89.
Quando o tédio reponte no lar, na forma, muitas vezes, de indiferença por parte
do parceiro, ou de relaxamento por parte da companheira, é preciso se faça
judiciosa autoanálise, de lado a lado, para que o parasito seja erradicado
completamente. (PÁG. 58)
90.
Sempre que o homem e a mulher se confiam um ao outro, pelos vínculos sexuais,
essa rendição é tão absoluta que passam, praticamente, a viver numa simbiose de
forças, qual se as duas almas habitassem num único corpo. Se um dos
companheiros esmorece na indiferença, a morte da união sobrevém, inevitável,
com os resultados infelizes que daí decorrem. (PÁGS. 58 e 59)
91.
A sexualidade no casal existe, sobretudo, em função de alimento magnético entre
os dois corações que se integram um no outro e daí procede a necessidade de
vigilância para que a harmonia não se perca, nesse circuito de forças. (PÁG.
59) (Continua no próximo número.)
Questões
para fixação do estudo
A. Por que um casamento, antes promissor, de repente adoece?
O motivo são os empecilhos, os
conflitos, as doenças, os desníveis, as falhas de formação e temperamento. Ora
é a mulher que se casou pensando encontrar no esposo o retrato psicológico do
pai, a quem se vinculara desde o berço. Ora é o homem a
exigir da companheira a continuidade da genitora, a quem se jungiu desde a vida
fetal. Precisamos compreender que o matrimônio é uma quebra de amarras através
da qual o navio da existência larga o cais dos laços afetivos em que jazia
ancorado. Na viagem que se inicia a dois, os nubentes se revelarão, um à frente
do outro, tais quais são e como se encontram na realidade, evidenciando os
defeitos e as virtudes que porventura carreguem. (Vida e Sexo,
págs. 53 e 54.)
B.
Que fazer para prevenir e preservar a comunhão afetiva?
Aceitação,
eis a palavra-chave. É preciso admitir o companheiro ou companheira como são e,
feito isso, inicie-se a obra da edificação ou da reedificação recíprocas. É
necessário entender que a comunhão afetiva não opera a fusão dos parceiros,
pois cada qual continua sendo um mundo por si, e nem sempre os característicos
de um se afinam com o outro. Daí a conveniência do mútuo aceite, com a
obrigação da melhoria do casal. Para isso, não bastarão providências de
superfície. Há que internar o raciocínio em considerações mais profundas para
que as raízes do desequilíbrio sejam erradicadas da mente. (Obra citada, págs.
54 e 55.)
C.
Por que em muitos lares o tédio se estabelece?
Esclarece
“O Livro dos Espíritos”, item 939, que muitas pessoas acreditam amar perdidamente
a outrem, porque apenas julgam pelas aparências e, obrigadas a viver com as
pessoas amadas, não demoram a reconhecer que só experimentaram um encantamento
material. Não basta uma pessoa estar enamorada de outra que lhe agrada. Vivendo
com ela é que poderá apreciá-la. Cumpre não se esqueça de que é o Espírito quem
ama, e não o corpo, de modo que, dissipada a ilusão material, o Espírito vê a
realidade. Há duas espécies de afeição: a do corpo e a da alma. Quando pura, a
afeição da alma é duradoura; efêmera é a do corpo. É por isso que muitas vezes
os que julgavam amar-se com eterno amor passam a odiar-se, desde que a ilusão
se desfaça. Quando o tédio reponte no lar, na forma, muitas vezes, de
indiferença por parte do parceiro, ou de relaxamento por parte da companheira,
é preciso se faça judiciosa autoanálise, de lado a lado, para que o parasito
seja erradicado completamente. (Obra citada, págs. 57 e 58.)
Observação:
Para
acessar a Parte 6 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui:
https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2024/12/vida-e-sexo-emmanuel-parte-6.html
To read in
English, click here: ENGLISH |