Vida e Sexo
Emmanuel
Parte
10
Prosseguimos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro Vida e Sexo, de autoria de Emmanuel, obra mediúnica psicografada por Francisco Cândido Xavier e publicada pela FEB.
O
estudo, baseado na 2ª edição do livro, publicada em 1971, é apresentado sequencialmente
sempre às sextas-feiras neste blog.
Eis
o texto e as questões de hoje:
Texto-base
para leitura e reflexão
118.
Comumente chamamos a nós antigos companheiros de aventuras infelizes,
programando-lhes a volta em nosso convívio, a prometer-lhes socorro e
oportunidade, em que se lhes reedifique a esperança de elevação e resgate,
burilamento e melhoria. Criamos projetos, aventamos sugestões, articulamos
providências e externamos votos respeitáveis... Contudo, se, uma vez instalados
na Terra, anestesiamos a consciência e os expulsamos de nossa companhia, a
pretexto de resguardar o próprio conforto, não podemos prever suas reações
negativas, porque podem eles tornar-se – como ocorre com frequência – inimigos
recalcados que nos impõem sofrimento e aflição, mais do que se estivessem
conosco, na condição de filhos-problemas. (PÁGS. 75 e 76)
119.
Admitimos, pois, seja suficiente breve meditação para reconhecermos no aborto
delituoso um dos grandes fornecedores das moléstias de etiologia obscura e das
obsessões catalogáveis na patologia da mente, a ocupar vastos departamentos de
hospitais e penitenciárias. (PÁG. 76)
120.
Pais e filhos – Lemos em “O Evangelho segundo o Espiritismo”, cap. XIV,
item 9, que a ingratidão, um dos frutos mais diretos do egoísmo, revolta sempre
os corações honestos. A dos filhos para com os pais apresenta, então, caráter
ainda mais odioso. (PÁG. 77)
121.
Os filhos não pertencem aos pais, e de igual modo os pais não pertencem aos
filhos. Os genitores devem especial consideração aos próprios rebentos, mas o
dever funciona bilateralmente, de vez que os filhos devem aos pais particular atenção.
(PÁG. 77)
122.
A reencarnação traça rumos nítidos ao mútuo respeito que nos compete uns para
com os outros. Entre pais e filhos há, naturalmente, uma fronteira de apreço
recíproco. É justo que os pais não interfiram no futuro dos filhos, tanto quanto
justo é que os filhos não interfiram no passado dos pais. (PÁG. 78)
123.
Pais e filhos são, originariamente, consciências livres, livres filhos de Deus
empenhados no mundo à obra de autoburilamento, resgate de débitos, reajuste,
evolução. (PÁG. 79)
124.
Nunca será lícito o desprezo de uns para com os outros. A existência terrestre
é muito importante no progresso e no aperfeiçoamento do Espírito; no entanto,
ao mesmo tempo, é simples estágio da criatura eterna no educandário da
experiência física, à maneira de estudante no internato. Os pais lembram
alunos, em condições mais avançadas de tempo no currículo de lições, ao passo
que os filhos recordam aprendizes iniciantes, quando surgem na arena de serviço
terrestre, com acesso à escola, sob o patrocínio dos companheiros que os
antecederam. (PÁG. 79)
125.
Em vista disso, jamais devem os filhos acusar os pais pelo curso complexo ou
difícil em que se vejam no colégio da existência humana, porquanto na maioria
das vezes foram eles mesmos, os filhos, que insistiram com os pais, através de
afetuoso constrangimento ou suave processo obsessivo, para que os trouxessem,
de novo, à oficina da vida terrena. (PÁGS. 79 e 80)
126.
Amor livre – Ensina “O Livro dos Espíritos”, item 701: “A poligamia é
lei humana cuja abolição marca um progresso social. O casamento, segundo as
vistas de Deus, tem que se fundar na afeição dos seres que se unem. Na
poligamia, não há afeição real: há apenas sensualidade”. (PÁG. 81)
127.
Relações sexuais envolvem responsabilidade. Homem ou mulher, adquirindo
parceira ou parceiro para a conjunção afetiva, não conseguirá, sem dano a si
mesmo, tão somente pensar em si mesmo. (PÁG. 81)
128.
Com referência ao assunto, não falamos exclusivamente da ligação com base no
matrimônio legalmente constituído. Se os parceiros da união sexual possuem deveres
a observar entre si, à face de preceitos humanos, no plano das chamadas
ligações extralegais acham-se igualmente submetidos aos princípios das Leis
Divinas que regem a Natureza. (PÁG. 82)
129.
Cada Espírito detém consigo o seu íntimo santuário, erguido ao amor, e Espírito
algum menoscabará o “lugar sagrado” de outrem, sem lesar a si mesmo. Conferir
pretensa legitimidade às relações sexuais irresponsáveis seria tratar
“consciências” qual se fossem “coisas”. Ora, se as próprias coisas, na condição
de objetos, reclamam respeito, que se dirá do acatamento devido à consciência
de cada um? (PÁG. 82)
130.
É óbvio que ninguém se lembrará, em são juízo, de recomendar escravidão às
criaturas claramente abandonadas ou espezinhadas pelos próprios companheiros ou
companheiras a que se entregaram confiantes; isso, no entanto, não autoriza
ninguém a estabelecer liberdade indiscriminada para as relações sexuais que
resultariam unicamente em licença ou devassidão. (PÁG. 82) (Continua
no próximo número.)
Questões
para fixação do estudo
Sim. Em grande número de casos é isso
que ocorre. Quando expulsamos de nossa companhia, a pretexto de resguardar o
próprio conforto, os filhos que nós mesmos programamos, não é possível prever
suas reações negativas, porque podem eles tornar-se – como
ocorre com frequência – inimigos recalcados que nos impõem sofrimento e
aflição, mais do que se estivessem conosco, na condição de filhos-problemas. (Vida
e Sexo, pp. 75 e 76.)
B.
A existência terrestre é realmente fundamental no processo de aperfeiçoamento
dos Espíritos?
Sim.
A existência terrestre é muito importante no progresso e no aperfeiçoamento do
Espírito. Contudo, é, ao mesmo tempo, simples estágio da criatura eterna no
educandário da experiência física, à maneira de estudante no internato. Os pais
lembram alunos, em condições mais avançadas de tempo no currículo de lições, ao
passo que os filhos recordam aprendizes iniciantes, quando surgem na arena de
serviço terrestre, com acesso à escola, sob o patrocínio dos companheiros que
os antecederam. (Obra citada, pág. 79.)
C.
É um equívoco estabelecer liberdade indiscriminada para as relações
sexuais?
Sim.
E a consequência seria tão somente licença ou devassidão. Conferir pretensa
legitimidade às relações sexuais irresponsáveis seria tratar “consciências”
qual se fossem “coisas”. Ora, se as próprias coisas, na condição de objetos,
reclamam respeito, que se dirá do acatamento devido à consciência de cada um?
(Obra citada, pág. 82.)
Observação:
Para
acessar a Parte 9 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui:
https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2025/01/vida-e-sexo-emmanuel-parte-9.html
To read in
English, click here: ENGLISH |
Nenhum comentário:
Postar um comentário