sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

 



Vida e Sexo

 

Emmanuel

 

Parte 7

 

Prosseguimos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro Vida e Sexo, de autoria de Emmanuel, obra mediúnica psicografada por Francisco Cândido Xavier e publicada pela FEB.

O estudo, baseado na 2ª edição do livro, publicada em 1971, é apresentado sequencialmente sempre às sextas-feiras neste blog.

Eis o texto e as questões de hoje:

 

Texto-base para leitura e reflexão

 

79. Desajustes – É comum observar que o casamento promissor repentinamente adoece. Aparecem os empecilhos. Surgem conflitos, doenças, desníveis, falhas de formação e temperamento. Ora é a mulher que se casou pensando encontrar no esposo o retrato psicológico do pai, a quem se vinculara desde o berço. Ora é o homem a exigir da companheira a continuidade da genitora, a quem se jungiu desde a vida fetal. A lição do Evangelho contudo nos ensina: “Sede indulgentes, meus amigos, porquanto a indulgência atrai, acalma, ergue, ao passo que o rigor desanima, afasta e irrita”.  (PÁG. 53)

80. Precisamos compreender que o matrimônio é uma quebra de amarras através da qual o navio da existência larga o cais dos laços afetivos em que jazia ancorado. Na viagem que se inicia a dois, os nubentes se revelarão, um à frente do outro, tais quais são e como se encontram na realidade, evidenciando os defeitos e as virtudes que porventura carreguem. (PÁGS. 53 e 54)

81. Razoável se convoque, em tais circunstâncias, o auxílio de técnicos capazes de sanar as lesões no barco em perigo, como sejam médicos e psicólogos, amigos e conselheiros, cuja contribuição se revestirá sempre de inapreciável valor; entretanto, ao desenrolar de obstáculos e provas, o conhecimento da reencarnação exerce encargo de importância por trazer aos interessados novo campo de observações e reflexões, impelindo-os à tolerância, sem a qual a rearmonização acena sempre mais longe. (PÁG. 54)

82. Urge perceber que a comunhão afetiva não opera a fusão dos parceiros, pois cada qual continua sendo um mundo por si, e nem sempre os característicos de um se afinam com o outro. Daí a conveniência do mútuo aceite, com a obrigação da melhoria do casal. Para isso, não bastarão providências de superfície. Há que internar o raciocínio em considerações mais profundas para que as raízes do desequilíbrio sejam erradicadas da mente. (PÁGS. 54 e 55)

83. Aceitação, eis a palavra-chave. É preciso admitir o companheiro ou companheira como são e, feito isso, inicie-se a obra da edificação ou da reedificação recíprocas. (PÁG. 55)

84. Obtém-se da vida o que se lhe dá, colhe-se o material de plantio. Habitualmente, o homem recebe a mulher como a deixou e no ponto em que a deixou no passado próximo, isto é, nas estâncias do tempo que se foi para o continuísmo da obra de resgate ou de elevação no tempo de agora, sucedendo o mesmo referentemente à mulher. (PÁG. 55)

85. O parceiro desorientado, enfermo ou infiel, é aquele homem que a parceira, em existências anteriores, conduziu à perturbação, à doença ou à deslealdade, através de atitudes que o segregaram em deploráveis estados compulsivos; e a parceira, nessas condições, consubstancia necessidades e provas da mesma espécie. (PÁG. 55)

86. Seja qual seja o motivo em que o tédio se fundamente, recorram ambos ao apoio recíproco mais profundo e mais intensivo. Com isso, estarão em justa defesa da harmonia íntima, sem castigarem o próprio corpo. E reeducar-se-ão, sem hostilizar os que porventura lhes demonstrem afeto, mas acolhendo-os, não mais como cúmplices de aventuras deprimentes, e sim por irmãos queridos, com quem podem fundir-se, em espírito, no mais alto amor espiritual. (PÁG. 56)

87. Tédio no lar – Esclarece “O Livro dos Espíritos”, item 939, que muitas pessoas acreditam amar perdidamente a outrem, porque apenas julgam pelas aparências e, obrigadas a viver com as pessoas amadas, não demoram a reconhecer que só experimentaram um encantamento material. Não basta uma pessoa estar enamorada de outra que lhe agrada. Vivendo com ela é que poderá apreciá-la. Em muitas uniões, que a princípio pareciam destinadas ao fracasso, acabam os parceiros – depois de se haverem estudado bem e de bem se conhecerem – por votar-se, reciprocamente, duradouro e terno amor, porque assente na estima. (PÁG. 57)

88. Cumpre não se esqueça de que é o Espírito quem ama, e não o corpo, de modo que, dissipada a ilusão material, o Espírito vê a realidade. Há duas espécies de afeição: a do corpo e a da alma. Quando pura, a afeição da alma é duradoura; efêmera é a do corpo. É por isso que muitas vezes os que julgavam amar-se com eterno amor passam a odiar-se, desde que a ilusão se desfaça. (PÁGS. 57 e 58)

89. Quando o tédio reponte no lar, na forma, muitas vezes, de indiferença por parte do parceiro, ou de relaxamento por parte da companheira, é preciso se faça judiciosa autoanálise, de lado a lado, para que o parasito seja erradicado completamente. (PÁG. 58)

90. Sempre que o homem e a mulher se confiam um ao outro, pelos vínculos sexuais, essa rendição é tão absoluta que passam, praticamente, a viver numa simbiose de forças, qual se as duas almas habitassem num único corpo. Se um dos companheiros esmorece na indiferença, a morte da união sobrevém, inevitável, com os resultados infelizes que daí decorrem. (PÁGS. 58 e 59)

91. A sexualidade no casal existe, sobretudo, em função de alimento magnético entre os dois corações que se integram um no outro e daí procede a necessidade de vigilância para que a harmonia não se perca, nesse circuito de forças. (PÁG. 59) (Continua no próximo número.)

 

Questões para fixação do estudo

 

A. Por que um casamento, antes promissor, de repente adoece?

O motivo são os empecilhos, os conflitos, as doenças, os desníveis, as falhas de formação e temperamento. Ora é a mulher que se casou pensando encontrar no esposo o retrato psicológico do pai, a quem se vinculara desde o berço. Ora é o homem a exigir da companheira a continuidade da genitora, a quem se jungiu desde a vida fetal. Precisamos compreender que o matrimônio é uma quebra de amarras através da qual o navio da existência larga o cais dos laços afetivos em que jazia ancorado. Na viagem que se inicia a dois, os nubentes se revelarão, um à frente do outro, tais quais são e como se encontram na realidade, evidenciando os defeitos e as virtudes que porventura carreguem. (Vida e Sexo, págs. 53 e 54.)

B. Que fazer para prevenir e preservar a comunhão afetiva?

Aceitação, eis a palavra-chave. É preciso admitir o companheiro ou companheira como são e, feito isso, inicie-se a obra da edificação ou da reedificação recíprocas. É necessário entender que a comunhão afetiva não opera a fusão dos parceiros, pois cada qual continua sendo um mundo por si, e nem sempre os característicos de um se afinam com o outro. Daí a conveniência do mútuo aceite, com a obrigação da melhoria do casal. Para isso, não bastarão providências de superfície. Há que internar o raciocínio em considerações mais profundas para que as raízes do desequilíbrio sejam erradicadas da mente. (Obra citada, págs. 54 e 55.)

C. Por que em muitos lares o tédio se estabelece?

Esclarece “O Livro dos Espíritos”, item 939, que muitas pessoas acreditam amar perdidamente a outrem, porque apenas julgam pelas aparências e, obrigadas a viver com as pessoas amadas, não demoram a reconhecer que só experimentaram um encantamento material. Não basta uma pessoa estar enamorada de outra que lhe agrada. Vivendo com ela é que poderá apreciá-la. Cumpre não se esqueça de que é o Espírito quem ama, e não o corpo, de modo que, dissipada a ilusão material, o Espírito vê a realidade. Há duas espécies de afeição: a do corpo e a da alma. Quando pura, a afeição da alma é duradoura; efêmera é a do corpo. É por isso que muitas vezes os que julgavam amar-se com eterno amor passam a odiar-se, desde que a ilusão se desfaça. Quando o tédio reponte no lar, na forma, muitas vezes, de indiferença por parte do parceiro, ou de relaxamento por parte da companheira, é preciso se faça judiciosa autoanálise, de lado a lado, para que o parasito seja erradicado completamente. (Obra citada, págs. 57 e 58.)

 

Observação:

Para acessar a Parte 6 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui:  https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2024/12/vida-e-sexo-emmanuel-parte-6.html

 

 

 

 

 

 

 

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