Vida e Sexo
Emmanuel
Parte 11
Prosseguimos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro Vida e Sexo, de autoria de Emmanuel, obra mediúnica psicografada por Francisco Cândido Xavier e publicada pela FEB.
O estudo, baseado na 2ª edição do livro, publicada em 1971,
é apresentado sequencialmente sempre às sextas-feiras neste blog.
Eis o texto e as questões de hoje:
Texto-base
para leitura e reflexão
131. Amor livre – Instituído o ajuste afetivo
entre duas pessoas, levanta-se, concomitantemente, entre elas, o impositivo do
respeito à fidelidade natural, ante os compromissos abraçados. Desfeitos esses
votos, claro que a ruptura corre à conta daquele ou daquela que a empreendeu,
com o aceite compulsório das consequências que advenham de semelhante
resolução, porque toda sementeira se acompanha de colheita, conforme a espécie.
O autor ou autora da defecção havida é considerado, ante as leis de Deus,
violador de almas e assume com suas vítimas a obrigação de restaurá-las, até o
ponto em que as injuriou ou prejudicou. (PÁG. 83)
132. Que a tentação de retorno à poligamia possa ocorrer
com qualquer pessoa, na Terra, é mais que natural. Em numerosas circunstâncias,
o pretérito pode estar vivo nos mecanismos mais profundos de nossas
inclinações. Entretanto, os deveres assumidos, no campo do amor, ante a luz do
presente, devem prevalecer, acima de quaisquer anseios inoportunos, de vez que
o compromisso cria leis no coração e não se danificam os sentimentos alheios
sem resultados correspondentes na própria vida. (PÁGS. 83 e 84)
133. No capítulo do sexo, urge considerar que a Vontade
de Deus, na essência, é o dever em sua mais alta expressão traçado para cada um
de nós, no tempo chamado “hoje”. E se o “hoje” jaz cheio de complicações e
problemas, a repontarem do “ontem”, depende de nós a harmonia ou o
desequilíbrio do “amanhã”. (PÁG. 84)
134. Controle sexual – Kardec, reportando-se às
causas das aflições da vida, diz que umas têm sua origem em vidas passadas,
outras na presente existência. Se o homem remontasse, passo a passo, à origem dos
males que o torturam, as mais das vezes ele diria: “Se eu houvesse feito, ou
deixado de fazer tal coisa, não estaria em semelhante condição”, assinala o
Codificador da Doutrina Espírita, em lição constante de “O Evangelho segundo o
Espiritismo”, cap. V, item 4. (PÁG. 85)
135. Existe o mundo sexual dos Espíritos de evolução
primária, inçado de ligações irresponsáveis e existe o mundo sexual dos
Espíritos conscientes, que já adquiriram conhecimento das obrigações próprias,
à frente da vida. O primeiro se constitui de homens e mulheres psiquicamente
não muito distantes da selva, remanescentes próximos da convivência com os
brutos. O segundo é integrado pelas consciências que a verdade já iluminou,
estudantes das leis do destino à luz da imortalidade. (PÁGS. 85 e 86)
136. Enquanto o primeiro grupo se mantém ligado à
poligamia, o segundo já se levantou para a visão panorâmica dos deveres que nos
competem, e procura elevar os próprios impulsos sexuais, educando-os pelos
mecanismos da contenção. (PÁG. 86)
137. A ligação sexual entre dois seres na Terra envolve a
obrigação de proteger a tranquilidade e o equilíbrio de alguém que, no caso, é
o parceiro ou a parceira da experiência “a dois”. Urge, desse modo, evitar
arrastamentos no terreno da aventura, em matéria de sexo, para que a desordem
nos ajustes propostos não venha a romper a segurança do outro. (PÁGS. 86 e 87)
138. Não se trata aqui do chamado “vínculo indissolúvel”,
criado por leis humanas, de vez que, em toda parte, encontramos companheiros e
companheiras lesados pelo comportamento do outro e que, por isso mesmo,
adquirem, depois de prejudicados, o direito natural de se vincularem à outra
ligação, procurando companhia ao nível de sua confiança e respeitabilidade.
(PÁG. 87)
139. Os participantes da comunhão afetiva, conscientes
dos seus deveres, precisam examinar até que ponto terão gerado as causas da
indisciplina ou deserção naquele ou naquela que desistiu da própria segurança
íntima para se atirar à leviandade. (PÁG. 87)
140. É justo ponderar quanto a isso porque, em muitas
ocorrências dessa espécie, não é somente aquele ou aquela que se revelam
desleais aos próprios compromissos o culpado único da ruptura da ligação
afetiva, mas igualmente o companheiro ou a companheira que por desídia ou
frieza, mesquinhez ou irreflexão nos votos abraçados, induz a parceira ou o
parceiro a resvalarem para a insegurança, no campo do afeto, atraindo
perturbações de feição e tamanho imprevisíveis. (PÁGS. 87 e 88)
141. Homossexualidade – Quando errante, pouco
importa ao Espírito encarnar no corpo de um homem ou de uma mulher. [Errante
é o nome que se dá à pessoa que se encontra desencarnada, mas ainda tem de se
submeter a nova existência corpórea.] “O que o guia na escolha são as
provas por que haja de passar”, afirmam os imortais em “O Livro dos Espíritos”,
item 202. (PÁG. 89)
142. A homossexualidade, hoje chamada também
transexualidade, definindo-se, no conjunto de suas características, por
tendência da criatura para a comunhão afetiva com outra criatura do mesmo sexo,
não encontra explicação fundamental nos estudos psicológicos de base
materialista, mas é perfeitamente compreensível à luz da reencarnação. (PÁG.
89)
143. Embora a sociedade terrena seja constituída, em sua
maioria, por criaturas heterossexuais, o mundo vê, na atualidade, em todos os
países, extensas comunidades de irmãos em experiências dessa espécie, somando
milhões de homens e mulheres solicitando atenção e respeito, em pé de igualdade
ao respeito e à atenção devidos aos heterossexuais. (PÁGS. 89 e 90) (Continua
no próximo número.)
Questões
para fixação do estudo
A. É natural, em nossa sociedade, a tentação de retorno à
poligamia?
Sim. A tentação de retorno à poligamia pode ocorrer com
qualquer pessoa na Terra, e tal fato é mais que natural. É que em numerosas
circunstâncias o pretérito pode estar vivo nos mecanismos mais profundos de
nossas inclinações. Contudo, os deveres assumidos, no campo do amor, ante a luz
do presente, devem prevalecer, acima de quaisquer anseios inoportunos, visto
que o compromisso cria leis no coração e não se danificam os sentimentos
alheios sem resultados correspondentes na própria vida. (Vida e Sexo,
pp. 83 e 84.)
B. A ligação sexual entre dois seres acarreta alguma
obrigação?
Claro. Segundo Emmanuel, a ligação sexual entre duas
pessoas envolve a obrigação de proteger a tranquilidade e o equilíbrio de um e
de outro, parceiros da experiência “a dois”. Urge, desse modo, evitar
arrastamentos no terreno da aventura, em matéria de sexo, para que a desordem
nos ajustes propostos não venha a romper a segurança do outro. (Obra citada,
pp. 86 e 87.)
C. É verdade que pouco importa ao Espírito, quando
errante, reencarnar no corpo de um homem ou de uma mulher?
Sim. “O que o guia na escolha são as provas por que haja
de passar”, afirmam os imortais em “O Livro dos Espíritos”, item 202. (Obra
citada, pág. 89.)
Observação:
Para acessar a Parte 10 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2025/01/vida-e-sexo-emmanuel-parte-10.html
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