O que é mediunidade e como desenvolvê-la
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com
O tema
mediunidade tem sido recorrente quando conversamos com pessoas que pouco
conhecem a respeito do intercâmbio entre o homem e os Espíritos.
Afinal, perguntam-nos
sempre, em que consiste a mediunidade e como desenvolvê-la?
Allan Kardec deu-nos a respeito do vocábulo médium
dois significados:
·
“Todo
aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse
fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um
privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam
alguns rudimentos.” (O Livro dos Médiuns, cap. 14, item 159.)
·
“Médium:
pessoa que pode servir de intermediário entre os Espíritos e os homens.” (Obra
citada, cap. 32.)
Diz Emmanuel que a mediunidade “é aquela luz que
seria derramada sobre toda carne e prometida pelo Divino Mestre aos tempos do
Consolador, atualmente em curso na Terra”, e não deve ser fruto de precipitação
nesse ou naquele setor da atividade doutrinária, porque em tal assunto a espontaneidade
é indispensável, considerando-se que as tarefas mediúnicas são dirigidas pelos
mentores do plano espiritual. (O Consolador, questões 382 e 384.)
Ensina Léon Denis que o homem tem de se submeter a
uma complexa preparação e observar certas regras de conduta para desenvolver em
si o precioso dom da mediunidade. É preciso para isso, simultaneamente, a
cultura da inteligência, a meditação, o recolhimento e o desprendimento das
coisas humanas.
Divaldo Franco explica-nos que a educação mediúnica
exige, em primeiro plano, o conhecimento pelo estudo da mediunidade. A seguir,
a educação moral e, como consequência, o exercício e a vivência da conduta
cristã. Através dos hábitos salutares do estudo e do exercício do amor, o
médium se libera de quaisquer atavismos para fazer-se ponte entre ele e o
Criador, sob a inspiração dos Espíritos Superiores.
Para Yvonne A. Pereira, médium que todos conhecemos
e admiramos, o melhor meio de desenvolver a mediunidade é não se preocupar com
o seu desenvolvimento, mas preparar-se moral e mentalmente para poder assumir o
compromisso de se tornar médium desenvolvido. E esse preparo não poderá ser
rápido. Se a mediunidade não se apresentar assim, espontaneamente,
naturalmente, é sinal de que ainda não está amadurecida o bastante para
explodir.
Chico Xavier tinha pensamento semelhante. O
desenvolvimento da mediunidade, dizia ele, deve ser o burilamento da criatura
em si mesma, porque o aperfeiçoamento do instrumento naturalmente permitirá ao
Espírito comunicante manifestar-se em melhores condições.
Esse burilamento se processa ao longo do tempo e
dele fazem parte os estudos e o trabalho no bem, com que a pessoa cresce
espiritualmente e, assim, passa a reunir condições necessárias para o serviço
na mediunidade com Jesus.
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