terça-feira, 21 de janeiro de 2025

 



A sabedoria transcendental

 

CÍNTHIA CORTEGOSO

cinthiacortegoso@gmail.com

 

A sabedoria é observada nos fatos comuns, e não apenas nos extraordinários. Conclui-se que há atitude sábia quando, principalmente, o indivíduo é capaz de se observar como deveras é, com as qualidades conquistadas e muito ainda do que necessita alcançar. À medida que se autoconhece e deve haver disciplina e compreende que tudo deve originar do próprio interior, pois o externo é apenas incentivo para o autoaprimoramento, muito já está apreendido na vida. Nunca será o campo exterior o responsável, porém inteiramente o próprio interior, ou seja, o eu é que decide os caminhos pelos quais seguir.

O autoconhecimento é um admirável avanço, porque quando se percebe que um indivíduo não possui nenhum poder sobre outro ser, uma magnífica liberdade se apresenta. Independente de qualquer atitude alheia, a própria atitude é a que deve ter o verdadeiro valor, por isso todo indivíduo possui o livre-arbítrio, e a vida é especial demais para ser desperdiçada com considerações acerca da opinião alheia.

Quando se aprende sobre si, as inerentes limitações, possibilidades, certezas, superações são apresentadas, ou seja, alcança-se a estrela que deseja brilhar. E não há dúvida de quão superior é conhecer-se a si mesmo, na verdade, é a notável tarefa que cada espírito deveria compreender e desenvolver.

Sabedoria é progredir, observar o que é da própria responsabilidade e agir de forma sensata perante os olhos espirituais. Ainda é se ausentar de discussões totalmente desnecessárias já que um indivíduo sábio não tem necessidade alguma de provar algo, o que lhe é justo, já lhe basta e se a provocação lhe seja apresentada que se possa dispersar por falta de aceitação. A diligência maior deve ser sempre com o que acontece no interior, independente se é algo de maior relevância ou um singelo pensamento. No próprio eu o Universo está.

Uma grande haste da sabedoria é administrar as emoções particulares e não somente conhecer informações externas. O movimento perfeito é de dentro para fora, por isso há de se silenciar para ouvir a voz coerente, a voz universal. Quando se é capaz de dialogar consigo próprio, de pensar antes de responder a alguma provocação, capaz de acalmar-se diante, ainda, de situações inéditas ou reincidentes, desequilibradas, felizmente, o caminho está mais frutífero e o horizonte, azul, sorri com bondade.

A leitura externa é imprescindível para aquisição de conhecimento e entendimento, porém a leitura interna nos apresenta a liberdade e, ao mesmo tempo, a compreensão do universo que somos.

 

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