CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
A sabedoria é
observada nos fatos comuns, e não apenas nos extraordinários. Conclui-se que há
atitude sábia quando, principalmente, o indivíduo é capaz de se observar como
deveras é, com as qualidades conquistadas e muito ainda do que necessita
alcançar. À medida que se autoconhece ‒ e deve haver disciplina ‒ e compreende
que tudo deve originar do próprio interior, pois o externo é apenas incentivo
para o autoaprimoramento, muito já está apreendido na vida. Nunca será o campo
exterior o responsável, porém inteiramente o próprio interior, ou seja, o eu é
que decide os caminhos pelos quais seguir.
O
autoconhecimento é um admirável avanço, porque quando se percebe que um
indivíduo não possui nenhum poder sobre outro ser, uma magnífica liberdade se
apresenta. Independente de qualquer atitude alheia, a própria atitude é a que
deve ter o verdadeiro valor, por isso todo indivíduo possui o livre-arbítrio, e
a vida é especial demais para ser desperdiçada com considerações acerca da
opinião alheia.
Quando se
aprende sobre si, as inerentes limitações, possibilidades, certezas, superações
são apresentadas, ou seja, alcança-se a estrela que deseja brilhar. E não há
dúvida de quão superior é conhecer-se a si mesmo, na verdade, é a notável
tarefa que cada espírito deveria compreender e desenvolver.
Sabedoria é
progredir, observar o que é da própria responsabilidade e agir de forma sensata
perante os olhos espirituais. Ainda é se ausentar de discussões totalmente
desnecessárias ‒ já que um
indivíduo sábio não tem necessidade alguma de provar algo, o que lhe é justo, já
lhe basta ‒ e se a provocação
lhe seja apresentada que se possa dispersar por falta de aceitação. A
diligência maior deve ser sempre com o que acontece no interior, independente
se é algo de maior relevância ou um singelo pensamento. No próprio eu o
Universo está.
Uma grande
haste da sabedoria é administrar as emoções particulares e não somente conhecer
informações externas. O movimento perfeito é de dentro para fora, por isso há
de se silenciar para ouvir a voz coerente, a voz universal. Quando se é capaz
de dialogar consigo próprio, de pensar antes de responder a alguma provocação,
capaz de acalmar-se diante, ainda, de situações inéditas ou reincidentes,
desequilibradas, felizmente, o caminho está mais frutífero e o horizonte, azul,
sorri com bondade.
A leitura
externa é imprescindível para aquisição de conhecimento e entendimento, porém a
leitura interna nos apresenta a liberdade e, ao mesmo tempo, a compreensão do
universo que somos.
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