Uma leitora pergunta-nos que diferença existe entre
metempsicose e reencarnação.
A reencarnação é a volta de um Espírito a uma nova
encarnação, processo que o Criador nos concede para atingirmos a meta de nossa
evolução, de nosso progresso individual e do mundo em que vivemos. Não se deve
confundi-la com metempsicose, porque a reencarnação dos Espíritos só se dá na
espécie humana, enquanto a doutrina da metempsicose, que o Espiritismo não
admite em nenhuma hipótese, admite a retrogradação, ou seja, a reencarnação de
uma alma humana em corpos de animais e vice-versa.
A Doutrina Espírita é, no tocante a esse assunto,
bastante precisa: o homem pode estacionar, mas nunca retroceder na sua
caminhada rumo à perfeição. A doutrina da reencarnação, tal como ensinada pelo
Espiritismo, se funda na marcha ascendente da Natureza e no progresso do homem,
dentro de sua própria espécie. Ele pode, numa existência futura, renascer em um
meio mais humilde, mais singelo, menos dotado de recursos materiais, mas será
sempre ele mesmo, com a inteligência e as virtudes adquiridas ao longo do tempo
por seu Espírito.
A doutrina da metempsicose não passa de um equívoco,
mas é provável que sua origem repouse num fato verdadeiro, ou seja, a passagem
do princípio espiritual, em seu processo evolutivo, pelos reinos inferiores da
Natureza. Mas, chegado ao chamado reino hominal, não existe nenhuma
possibilidade de reencarnar em corpos de criaturas pertencentes aos reinos
inferiores à Humanidade.
O Espírito só chega ao período de humanização depois
de se haver elaborado e individualizado nos diversos graus dos seres inferiores
da Criação, como é ensinado na obra de Kardec, de Delanne e de André Luiz.
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