terça-feira, 18 de novembro de 2014

E Francisco ensinou com seu amor


CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@hotmail.com
De Londrina-PR

Quantos foram e são os ensinamentos de quão importante respeitar a natureza: a água que dela brota vida; a terra que faz reviver a semente e dar os frutos para a perpetuação; as plantas que reequilibram os campos, os prados, reconstruindo o ar dos caminhos da cidade; os animais, irmãozinhos menores, que nos ensinam e tanto alegram o nosso viver.
E por meio desse irmão bondoso, a caridade foi lição ministrada e a bondade, conteúdo imprescindível para um jardim de existências com mais harmonia e leveza para o espírito, centelha eterna.
Francisco de Assis abriu os olhos da alma e compreendeu a grandeza interligada da vida, desde o irmão Sol até a irmã Lua, em todo tempo e espaço, em cada pequenina criatura, quase inexistente, às grandes montanhas com flores pouco vistas e animais livres na ternura dos campos em paz.
Todos são irmãos, todos comungam da vida criada pelo Pai, todos possuem a oportunidade de crescimento perante os dias, as boas ações e o esforço empregado para extinguir os defeitos latentes e dar espaço às benéficas conquistas.
E o jovem era irmão da pequenina joaninha ao grande animal. Sob os olhos do Pai, todos são criaturas com permissão para viver. Uns são mais fortes, tantos outros mais frágeis e sensíveis, no entanto, há sempre o que doar e o que receber.
Sob o brilho do sol, Francisco caminhava em busca do bem e do auxílio e continuava sob o cintilar da lua. Parava embaixo da frondosa árvore para aproveitar sua sombra e, assim, com o canto dos pássaros, podia pensar melhor e agir com a serenidade do amor.
Os irmãos reconhecem a natureza do sentimento; mesmo espécies diferentes por completo, os animais se regozijavam com a presença de Francisco que os amava, respeitava e os amparava. As mesmas energias sempre se aproximarão.
Leis sábias e singelas regem o caminho para a felicidade. Não se trata de ações altamente complexas para se atingir esse objetivo. O desprendimento é o começo para a liberdade da essência, pois não se pode alçar voo com uma corrente segurando, ou seja, esta representada pelos sentimentos por se aniquilar, mas ainda latentes no espírito, como alguns deles: a possessividade; a falta de amor e caridade; o orgulho crescente; o egoísmo; a ausência de compaixão e de respeito; quer seja, na roupagem de homem ou de animal, de inseto ou de vegetação.
E quando essas características reprovadas começarem a se esvair pela luz mais atuante e decisiva gerada pela reforma íntima, a alma, espírito eterno, interpretará o que Francisco, nobre irmão, exemplificou para alcançar o aprimoramento.
O vento trará suavemente ao coração reformado, a doçura, a bondade, a compaixão, a caridade, a paciência e aceitação, o respeito, a delicadeza das palavras e dos gestos, trará o amor, maior energia e sentimento, e espalhará aos quatro cantos a singularidade do progresso.
Querido discípulo do amor, da pureza e do bem, antes vivera as ilusões mundanas, mas era sua essência, inerente, decisiva, a centelha divina, como para todos os espíritos e, por isso, sempre a verdade tende a ser determinante, embora o tempo se estenda, em alguns casos, quanto a essa percepção.
No entanto, depois de compreender, ele se redimiu perante os pés do Mestre, maior exemplo, e perante os olhos do Pai, nosso criador, Senhor absoluto. E desse momento em diante, nosso doce e bondoso irmão, Francisco de Assis, semeou apenas a semente da compreensão de que só o amor pode iluminar os locais de escuridão, transformar corações para o bem e, encantadoramente, guiar o universo para a sua emancipação.
O tapete de trigo se curvava diante do olhar amoroso, os pássaros vinham ao encontro dos braços abertos de Francisco, as flores voltavam-se para a energia bondosa do irmão, os prados e campinas tornaram-se os caminhos para o jovem angariar mais almas apresentando-lhes o bem, o sol o aquecia com a energia da perseverança e a lua iluminava sua estrada para o crescimento.
E a bondade desse coração aumentava a cada amanhecer e se expandia na mesma noite do dia. Mais e mais queria realizar sob o manto do amor; intensamente reencontrava irmãos e conhecia outros novos, no entanto, todos ligados pelo sentimento crescente fraterno.
Francisco, irmão bondoso e doce, promoveu lições e exemplos benfazejos que perduram e fundamentam o presente no tempo. Espírito iluminado que viu na natureza e nas pessoas, o maior sentido para viver, sempre sob o ensinamento do Mestre Jesus, o irmão maior das almas terrestres.
E a natureza precisa de outros Franciscos para ser protegida e amada. E os animais, irmãos singelos, querem o carinho da mão delicada e protetora que um dia lhes cuidou. E o Planeta, em grande transição, imprescindivelmente, carece da bondade e do amor que os olhos franciscanos sempre doaram, radiosos.
Agora é o melhor tempo para a ação viva dos ensinamentos de Francisco. Os irmãos menores confiam nos maiores e o Planeta aguarda melhoria.

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