CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@hotmail.com
De Londrina-PR
Há uma
verdade que diz: “Só de você não se boicotar, já é um grande progresso”.
Infelizmente, o nosso mais notável inimigo é o próprio “eu” quando inseguro,
com medo, descrente, triste, inconformado, rancoroso tornando-se tão vulnerável
para a descida, sem força para a ascensão. Há também a grande comprovação de
que o pensamento cria meios para se transformar em realidade.
Então, o “eu”
pode ser tudo de bom ou ruim; pode ser luz ou escuridão; pode ser doce ou
amargo; agradável ou incapaz de se lidar; conquistador de seus mares ou
desmotivado à deriva; o “eu” ainda pode se completar com sua bondade,
disciplina, amor e ser sua companhia mais aprazível; é assim que deveria, pois
desse “eu” nunca nos separaremos.
Ele deve ser
o mais importante para ele mesmo, nesse caso deve deixar de se anular e se
prejudicar, ou melhor, deve criar um laço amoroso e respeitoso consigo.
Entretanto, como seria isso?
Sabe o
tratamento que ele gostaria de receber de alguém, pois bem, já o realize para
si. Quando se doa algo bom, mas o sentimento já existe antes para o próprio
coração, tão mais valioso e proveitoso para as duas direções.
Outro fator
preponderante é não delegar ao próximo sua própria felicidade: cada um é
exclusivamente responsável por tudo em sua vida. Se o andamento não está como o
desejado, pode-se retomar o caminho e criar nova estrada mais iluminada, bonita
e coerente. O que não se deve é perder essa maravilhosa existência com lamúria
queixando-se das ocorrências que, simplesmente, são aprendizados. Todos sofremos,
mas aprendemos quando queremos e, assim, crescemos; a melhoria deve ser o
evidente objetivo.
Existe algo
sem nenhuma contestação que ainda é a maior prova de bondade e amor: a vida. E
mais uma vez se está aqui é para procurar criar mais luz que escuridão e
apaixonar-se por si próprio é o primeiro passo para acender o candeeiro no
caminho.
O coração
gosta de bons sentimentos; nobres atitudes; palavras delicadas e carinhosas;
mas acima de tudo, verdadeiras; atenção; respeito; conquistas no bem; ajuda quando
necessário, no entanto, também gosta de ajudar. Todo coração é simples quando,
retirados, os vícios adquiridos. E isso tudo se pode iniciar em nós sem termos
de aguardar antes o outro companheiro a realizar alguma coisa, pois a caminhada
é individual, embora estejamos acompanhados.
Se a
felicidade depende do “eu”, ou seja, do interior para o exterior, a
responsabilidade é inteiramente pessoal. Descobrir-se como um ser maravilhoso
nunca antes percebido, de fato, incentivará a própria circunstância.
E quando se
deixam de criar mirabolantes desculpas em justificativa ao emperro do
crescimento, também sobra mais energia para valorizar a vida e avaliar novos
meios para se trazer a felicidade... bem aqui... para dentro do coração.
A vida,
indiscutivelmente, é presente. Entretanto, cada um decide como quer
desembrulhá-la, admirá-la e viver harmonicamente ou não em seu habitat tão
incrível.
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