A
Providência Divina
Este é o módulo 10 de
uma série que esperamos sirva aos neófitos como iniciação ao estudo da doutrina
espírita.
Cada módulo
compõe-se de duas partes:
- questões para
debate
- texto para
leitura.
As respostas
correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto sugerido
para leitura.
Questões para debate
1. Que é
providência? Considerando o sentido correto desse vocábulo, como podemos
conceituar a Providência Divina?
2. Mencione algumas
decisões tomadas pelo Criador que podemos enquadrar na ação providencial de
nosso Pai Eterno.
3. Quando é que,
segundo o Espiritismo, o homem se torna realmente infeliz?
4. Por que Deus
outorgou à criatura humana, mas não aos animais, a faculdade do livre-arbítrio?
5. Em relação ao
planeta Terra, a Providência Divina manifestou-se ainda uma vez quando Ele
tomou uma decisão que nos diz respeito de perto. Que ação providencial foi
essa?
Texto para leitura
A ação providencial de Deus
1. Providência é,
neste mundo, tudo o que se faz dispondo as coisas de modo que se realizem
objetivos de ordem e harmonia, buscando o bem e a felicidade das pessoas.
2. Deus, em relação
às suas criaturas, é a própria Providência na sua mais alta expressão,
infinitamente acima de todas as possibilidades humanas. A Providência Divina
manifesta-se em todas as coisas, está imanente no Universo e se exerce através
de leis admiráveis e sábias.
3. A Providência é a
solicitude de Deus para com as suas criaturas. Ele está em toda parte, tudo vê,
a tudo preside, mesmo às coisas mínimas. É nisto que consiste a ação
providencial.
4. Para o incrédulo
é difícil conceber a ação providencial de Deus nos menores atos e menores
pensamentos de cada indivíduo. O incrédulo admite a ação de Deus sobre as leis
gerais do Universo, a que todas as criaturas se acham submetidas, mas não
admite sua intervenção direta nos pormenores mais ínfimos. É que ele não sabe
que, para estender a sua solicitude a todas as criaturas, Deus não precisa
lançar o olhar do alto da imensidade. Nossas preces, para que Ele as ouça, não
necessitam transpor o espaço, nem ser ditas com voz retumbante, porque nossos
pensamentos repercutem n’Ele.
Providência e livre-arbítrio
5. É por causa de sua
inferioridade que o homem não consegue compreender como age o Pai Eterno. A
criatura O imagina à sua semelhança, nele adorando a imagem, a figura, e não o
pensamento. Para a maioria das pessoas, Deus é um soberano poderoso, sentado
num trono inacessível e perdido na imensidade dos céus. Possuindo percepções
ainda restritas, ele não compreende que Deus possa e se digne em intervir em
qualquer assunto, tanto nas maiores quanto nas pequeninas coisas.
6. Tudo foi disposto
pelo amor do Pai para o bem de seus filhos, desde as mais elementares
providências para a manutenção da vida orgânica e a perpetuação da espécie, até
a outorga ao homem da faculdade do livre-arbítrio, que dá ao indivíduo o mérito
da conquista consciente da felicidade pela prática voluntária do bem e a livre
busca da verdade.
7. Deus tudo fez e
tudo faz para o bem de suas criaturas. Imprimiu-lhes na consciência as leis
morais de trabalho, reprodução, conservação e destruição, como também a lei de
sociedade, com base na qual se organizam as famílias e as comunidades, em cujo
seio eles cumprem deveres, ligados às citadas leis e mais às leis de adoração, progresso,
igualdade, liberdade, justiça, amor e caridade em seu mais justo e elevado
sentido.
Causas da infelicidade do homem
8. Deus propicia
desse modo ao homem construir a própria felicidade pela livre observância
dessas leis e o cumprimento dos deveres correspondentes, e o ser humano só se
torna infeliz quando os descumpre ou com elas se desarmoniza. Ao livre-arbítrio
de que foi dotado corresponde, no entanto, a responsabilidade por seus atos,
razão por que deve arcar com todas as consequências deles decorrentes.
9. Por causa disso,
aparentemente se opõem a Providência Divina e o livre-arbítrio humano. Mas isto
se dá apenas aparentemente. É que Deus lhe concede a liberdade de agir para que
ele acrescente à sua felicidade o mérito da iniciativa e a espontaneidade na
busca do próprio bem. O Pai Eterno a tudo provê, disso não há dúvida, mas não
quer inativa a criatura humana, passivamente, à espera da graça divina, e sim
que ela mesma busque, mediante perseverantes esforços, a felicidade e o
progresso com que todos sonhamos.
10. Pelo uso do
livre-arbítrio, a alma fixa seu próprio destino e prepara as suas alegrias ou
sofrimentos; mas jamais, no curso de sua marcha evolutiva, lhe será negado o
socorro divino sempre que dele necessitar.
11. A alma foi
criada para a felicidade, mas para poder apreciar essa felicidade, para
conhecer-lhe o justo valor, deve conquistá-la por si mesma, desenvolvendo as potências
encerradas em seu íntimo, certa de que a liberdade de ação e sua
responsabilidade aumentam com a própria elevação.
O guia a quem Deus nos confiou
12. A Providência é,
assim, o Espírito Superior, o anjo velando sobre o infortúnio, o consolador invisível,
cujas inspirações reaquecem o coração gelado pelo desespero e cujos fluidos
vivificantes sustentam o viajor prostrado pela fadiga. A Providência é, por
fim, e principalmente, o amor divino derramando-se a flux sobre seus filhos.
13. A Providência Divina,
em relação à humanidade terrena, manifestou-se ainda quando Deus nos confiou a
Jesus, como discípulos confiados a um Mestre e como ovelhas a um pastor.
14. Com que
solicitude e paciência Ele nos vem, desde então, ensinando e conduzindo,
através de séculos e milênios! O homem pode ter certeza, pois, de que em
momento algum se encontra desamparado ou entregue à própria sorte, porque o
mundo em que vivemos, graças à bondade e à providência de Deus, tem no seu leme
aquele que a Doutrina Espírita considera modelo e guia da Humanidade: Jesus.
Respostas às questões propostas
1. Que é providência? Considerando o sentido correto
desse vocábulo, como podemos conceituar a Providência Divina?
Providência é, neste
mundo, tudo o que se faz dispondo as coisas de modo que se realizem objetivos
de ordem e harmonia, buscando o bem e a felicidade das pessoas. Deus, em
relação às suas criaturas, é a própria Providência na sua mais alta expressão,
infinitamente acima de todas as possibilidades humanas, e se manifesta em todas
as coisas por meio de leis admiráveis e sábias. A Providência Divina é,
portanto, a solicitude de Deus para com as suas criaturas, porque Ele está em
toda parte, tudo vê, a tudo preside. É nisto que consiste a ação providencial.
2. Mencione algumas decisões tomadas pelo Criador que
podemos enquadrar na ação providencial de nosso Pai Eterno.
Tudo o que Deus
dispôs em relação a nós tem por objetivo o bem de seus filhos, desde as mais
elementares providências para a manutenção da vida orgânica e a perpetuação da
espécie, até a outorga ao homem da faculdade do livre-arbítrio, que dá ao
indivíduo o mérito da conquista consciente da felicidade pela prática
voluntária do bem e a livre busca da verdade. Para isso, imprimiu-lhe na
consciência as leis morais de trabalho, reprodução, conservação e destruição,
como também a lei de sociedade, com base na qual se organizam as famílias e as
comunidades, em cujo seio eles cumprem deveres, ligados às citadas leis e ainda
às leis de adoração, progresso, igualdade, liberdade, justiça, amor e caridade
em seu mais justo e elevado sentido.
3. Quando é que, segundo o Espiritismo, o homem se torna
realmente infeliz?
Deus propiciou ao
homem construir a própria felicidade pela livre observância das leis que Ele
estabeleceu e pelo cumprimento dos deveres correspondentes. O homem só se torna
infeliz quando os descumpre ou com elas se desarmoniza. Ao livre-arbítrio de
que foi dotado pelo Criador corresponde, assim, a responsabilidade pelos seus
atos, razão pela qual deve arcar com todas as consequências que deles
decorrerem.
4. Por que Deus outorgou à criatura humana, mas não aos
animais, a faculdade do livre-arbítrio?
Deus concedeu ao
Espírito humano a liberdade de agir para que ele acrescente à sua felicidade o
mérito da iniciativa e a espontaneidade na busca do próprio bem. O Pai Eterno a
tudo provê, disso não há dúvida, mas não quer inativa a criatura, à espera
passivamente da graça divina, e sim que ela mesma busque, mediante
perseverantes esforços, a felicidade e o progresso com que todos sonhamos.
Desse modo, pelo uso do livre-arbítrio, o indivíduo fixa seu próprio destino e
prepara suas alegrias ou sofrimentos.
5. Em relação ao planeta Terra, a Providência Divina
manifestou-se ainda uma vez quando Ele tomou uma decisão que nos diz respeito
de perto. Que ação providencial foi essa?
Essa ação providencial
consistiu em nos haver confiado a Jesus, como discípulos confiados a um Mestre
ou como ovelhas a um pastor. Com que solicitude e paciência Ele nos vem, desde
então, ensinando e conduzindo, através de séculos e milênios!
Nota:
Eis
os links que remetem aos textos
anteriores:
Módulo
1 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2016/11/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita.html
Módulo
4 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2016/12/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita.html
Módulo
5 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2016/12/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita_8.html
Módulo
9 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/01/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita.html
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