sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Iniciação aos clássicos espíritas



Depois da Morte

Léon Denis

Parte 9

Damos sequência ao estudo metódico e sequencial do livro Depois da Morte, de autoria de Léon Denis, de acordo com a tradução feita por Torrieri Guimarães, publicada pela Hemus Livraria Editora Ltda. Esperamos que este estudo constitua para o leitor uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte compõe-se de:
- questões preliminares
- texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto indicado para leitura. 

                           Questões preliminares

A. Qual é a situação, no além-túmulo, dos Espíritos arrependidos?
B. Existe relação entre a pena de Talião, a escolha das provas e o destino das pessoas?
C. Como se processam as reencarnações?
D. Por que, ao fazerem sua escolha, os Espíritos optam por uma vida de trabalho e de luta?

Texto para leitura

175. As penas não são impostas por uma vontade arbitrária: o ser sofre no além-túmulo as consequências naturais de seus próprios atos. (P. 232)
176. Os Espíritos arrependidos são, no além-túmulo, os mais calmos e veem aproximar-se com resignação o tempo de nova prova. (P. 237)
177. O ensino do Espiritismo, proporcionado às necessidades da Humanidade, restabelece em sua pureza a doutrina do Evangelho. (P. 239)
178. Os Espíritos baixos, tendo maior afinidade com os homens do que com os Espíritos puros, são, por isso, mais acessíveis à nossa influência; podemos, desse modo, instruí-los e moralizá-los. (P. 240)
179. Nem todos estamos aptos a obter bons resultados com essa ação, pois é preciso verdadeira superioridade moral para dominá-los, conter-lhes a audácia e encaminhá-los para o caminho reto. (P. 241)
180. Se a pena de Talião nada tem de absoluto, não é menos verdade que as paixões e os defeitos dos homens acarretam consequências sempre idênticas a que eles não podem subtrair-se; assim, o orgulhoso prepara para si um futuro humilde, o egoísta provoca à sua volta a indiferença etc. (P. 243)
181. A fatalidade aparente que semeia de males o caminho da vida não é mais que a consequência lógica do nosso passado, o cumprimento do destino por nós mesmos aceito antes de renascer. (P. 248)
182. A liberdade do ser é exercida, pois, em um círculo limitado, parte pelas exigências da lei natural, parte pelo passado do indivíduo, cujas consequências se refletem sobre ele até a completa reparação. (PP. 249 e 250)
183. O destino é consequência de nossos atos e de nossas livres resoluções, tomadas na vida espiritual. (P. 250)
184. A reencarnação é submetida a leis: chegada a hora da reencarnação, o Espírito sente-se atraído por uma força irresistível para o ambiente que lhe é próprio, e essa é para ele uma hora de angústia mais aterradora do que o momento da morte física. (P. 252)
185. A reencarnação se faz por meio de uma aproximação gradual, pela assimilação das moléculas materiais ao perispírito, que se reduz, se condensa, se torna progressivamente mais pesado. (P. 253)
186. As qualidades e os defeitos da forma reaparecem no corpo físico, que é, na maioria dos casos, uma cópia grosseira do perispírito. (P. 253)
187. Quando se inicia a assimilação molecular que dá nascimento ao corpo, o Espírito é tomado por uma perturbação e um torpor, e suas faculdades, sua memória, sua consciência ficam adormecidas. (P. 253)
188. O Espírito iluminado escolhe, de preferência, uma vida de trabalhos, de lutas e de abnegação, porque sabe que por ela seu progresso será mais rápido. Ele sabe que a Terra é o verdadeiro purgatório e que precisa renascer e sofrer para livrar-se de suas culpas. (P. 254)
189. Assim tudo se paga e tudo se resgata; os pensamentos, os desejos culpados têm seu reflexo na vida fluídica, mas as culpas cometidas na carne devem ser expiadas na carne. (P. 255)
190. O Espírito alcança a sabedoria e a satisfação pessoal no trabalho e na prática da caridade, na meditação solitária e no estudo profundo do admirável livro da Natureza, que tem o segredo de Deus. (P. 256)
191. As religiões colocaram na vida futura, nas penas e nas recompensas que ela nos reserva, a sanção capital de nossas ações; mas esses ensinamentos, depois de exercer séria influência sobre as sociedades da Idade Média, foram postos em dúvida por muitos, por falta de base positiva. (P. 259)
192. Jesus, antes do drama do Gólgota, anunciou aos homens um outro Consolador, o Espírito de Verdade, e ele veio e falou à Terra. (P. 259)

Respostas às questões preliminares

A. Qual é a situação, no além-túmulo, dos Espíritos arrependidos?
O homem sofre no mundo espiritual as consequências naturais de seus próprios atos. Mas os Espíritos arrependidos são, no além-túmulo, os mais calmos e veem aproximar-se com resignação o tempo de nova prova. (Depois da Morte, cap. XXXVI, p. 237.)
B. Existe relação entre a pena de Talião, a escolha das provas e o destino das pessoas?
A pena de Talião nada tem de absoluto, contudo as paixões e os defeitos dos homens acarretam consequências sempre idênticas a que eles não podem subtrair-se: o orgulhoso prepara para si um futuro humilde, o egoísta provoca à sua volta a indiferença etc. A fatalidade aparente que semeia de males o caminho da vida não é mais que a consequência lógica do nosso passado, o cumprimento do destino por nós mesmos aceito antes de renascer. O destino é consequência de nossos atos e de nossas livres resoluções, tomadas na vida espiritual. (Obra citada, cap. XXXVII a XL, pp. 243 a 250.)
C. Como se processam as reencarnações?
A reencarnação é submetida a leis: chegado esse momento, o Espírito sente-se atraído por uma força irresistível para o ambiente que lhe é próprio, e esta é para ele uma hora de angústia mais aterradora do que o momento da morte física. A reencarnação se faz por meio de uma aproximação gradual, pela assimilação das moléculas materiais ao perispírito, que se reduz, se condensa, se torna progressivamente mais pesado. Quando se inicia a assimilação molecular que dá nascimento ao corpo, o Espírito é tomado por uma perturbação e um torpor, e suas faculdades, sua memória, sua consciência ficam adormecidas. (Obra citada, cap. XLI, pp. 252 e 253.)
D. Por que, ao fazerem sua escolha, os Espíritos optam por uma vida de trabalho e de luta?
O Espírito iluminado escolhe, de preferência, uma vida de trabalhos, de lutas e de abnegação, porque sabe que por ela seu progresso será mais rápido. Ele sabe que a Terra é o verdadeiro purgatório e que precisa renascer e sofrer para livrar-se de suas culpas. (Obra citada, cap. XLI, pp. 254 a 256.)


Nota:

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