A força do amor
JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF
Amigo leitor, estive dia destes no lar
de Emmanuel, após ter nosso amigo prometido conceder-me entrevista sobre o
amor. Desse encontro, resultou o seguinte diálogo:
— Nobre amigo Emmanuel, diga-me o que é
o amor!
— Sou apenas teu humilde servidor,
Machado, mas posso dizer-te que o amor é divina força do Universo.
— Como se deve cultivar o amor?
— Com pleno conhecimento e com todo o
discernimento, para que se alcance a plena felicidade. Para isso, jamais
devemos parar de aprender, pois, se para a existência realizada no plano
material, a cultura do intelecto é imprescindível, para a vida no plano
espiritual o realce moral é garantia de alegria imarcescível.
— Em que se torna alguém que se dedica
predominantemente a cultuar os bens materiais?
— Em um avaro, cuja existência é nula,
o qual, para superar o apego à matéria, passará pelas mais diversas provas, até
aprender que seu maior tesouro é o da prática da caridade.
— E as paixões mundanas exacerbadas,
são também causas de muitas dores?
— Profundas, meu caro bruxo! Não
podemos esquecer que nada, na vida física, nos pertence. Pais, filhos,
consortes são, antes, tanto quanto nós mesmos, filhos do Amor Divino, que os
empresta a nós, seus irmãos, para aprendizados mútuos. Bens materiais são
recursos provisórios, que hoje estão conosco e amanhã passarão a outras mãos.
Nem mesmo o corpo, essa veste temporária da alma, é nossa propriedade. Nos
planos espirituais, as imagens mentais dos causadores de crimes passionais são
por demais exacerbadas, desesperadoras.
Por isso, aconselho-te: desapega...
— Os vícios, então...
— Ah! os vícios... Suas consequências,
quando não começam no próprio corpo somático, expandem-se na mente do viciado,
causando-lhe terrível dependência, que lhe mina as forças e extermina-lhe a
vontade. Com isso, não somente o organismo material, como também o órgão
espiritual sofrem sequelas de doloroso tratamento.
— Mas, e se a paixão derivar do
sentimento de perda de uma pessoa amada, por quem se faria qualquer sacrifício?
E se se está na defesa do que possui e teme ser subtraído?
— Nesse caso, meu amigo, esse nosso
irmão é simplesmente um egoísta. Uma das duas grandes chagas da humanidade.
— E a outra chaga, qual é?
— É o orgulho. Combatamos esses dois
sentimentos, permutando-os pelo altruísmo e pela humildade e teremos dado o
grande passo para resolver o problema da fome e das demais desigualdades no
mundo.
A maior das carências, todavia, é a do
amor; e a causa das opressões, no mundo, é a ignorância.
— Como, então, manifestar o amor do
modo mais elevado?
— Pelo aprimoramento moral e pela
cultura intelectual, requisitos básicos para a completa manifestação do amor,
cujo império de sublimação nos aproxima do Pai Nosso que está no Céu, mas
também em nossas consciências e em toda a parte.
— Obrigado, amigo Emmanuel, por tão
esclarecedores conceitos.
— Pois então, esforça-te para
colocá-los em prática no cotidiano de tua vida. Busca o amor em tudo o que
pensas, falas e fazes com toda a tua alma e de todo o teu entendimento. A
felicidade é o fruto mais opimo do amor!
Clique aqui e ouça uma bela canção
sobre o amor interpretada por Renato Russo: https://www.letras.mus.br/renato-russo/176305/
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Muito bom! Pena que ainda se confunda amor com sexo.
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