Para que existe a infância
Um amigo perguntou-nos, dias atrás, como podemos entender o período
chamado infância e qual é, já que vivemos muitas vezes, o objetivo de um
Espírito maduro, ao reencarnar, passar novamente pelo mencionado estado.
Anos atrás, esteve em Londrina a educadora Tânia Zagury, que aqui
defendeu, em palestra, a tese de que os primeiros anos de vida são fundamentais
para a criança aprender o que é o mundo, o que é a vida. Compete aos pais –
disse a educadora – ensinar isso aos pequeninos, sabendo dizer “não” quando
necessário e estabelecendo, dessa forma, limites, sem se esquecerem de ensinar
noções de justiça e de igualdade à criança e dar visibilidade ao amor que
sentem por ela.
Não é muito diferente disso a proposta espírita com relação à educação
dos nossos filhos, cujo período mais propício é justamente a infância, quando
se torna possível – segundo o Espiritismo – reprimir suas tendências negativas
trazidas do passado e reformar seu caráter.
Emmanuel, valendo-se da mediunidade de Chico Xavier, escreveu que – se
a juventude pode ser comparada a esperançosa saída de um barco para importante
viagem e a velhice é a chegada ao porto – a infância “é a preparação”.
Santo Agostinho (Espírito), em importante lição publicada por Kardec no
cap. 14 d´O Evangelho segundo o
Espiritismo, afirma que os pais deveriam, com relação à criança, agir como
o bom jardineiro que não deixa jamais faltar água e carinho às plantas de que
cuida e, no entanto, sabe arrancar os brotos daninhos à medida que os vê
aparecerem na árvore.
O chamado período de infância existe justamente por isso.
Trata-se de uma fase da existência comum a todos os planetas, com
exceção de sua duração, que é maior quanto mais atrasados forem seus habitantes,
como é o caso do planeta em que vivemos atualmente.
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